Estudo da UPS revela principais tendências na atuação de médios e pequenos exportadores e importadores na América Latina

28/11/2018

A UPS anunciou os resultados da pesquisa Índice de Exportação da América Latina UPS Business Monitor™(BMEI) de 2018. O relatório do BMEI apresenta informações e tendências no comportamento de importação e exportação de pequenas e médias empresas (PMEs), segmento que gera 60% dos empregos na América Latina[1]. O estudo identifica áreas de melhoria para que essas empresas fortaleçam suas negociações, ajudando-as a entender os fatores decisivos nas transações comerciais transfronteiriças e fornecendo dados fundamentais sobre os critérios de tomada de decisão das PMEs.

O BMEI 2018, realizado em parceria com a RGX Global Export Network, entrevistou 2.082 exportadores e importadores de pequeno e médio porte em 11 países latino-americanos e nos Estados Unidos, dos setores industrial, automotivo e tecnológico. Também foram feitas entrevistas detalhadas com 16 representantes de órgãos governamentais e líderes industriais do setor privado com expertise em comércio exterior e e-commerce, cujas respostas forneceram informações contextualizado sobre a região, os países e a indústria.

“Com a América Latina passando por um crescimento maior da exportação e importação nas PMEs, queremos equipar esse setor com uma compreensão mais profunda do comércio transnacional para ajudá-lo a criar estratégias que reduzam as distâncias entre exportadores e importadores”, afirma Ingrid Ritter, diretora de Marketing para a Região das Américas da UPS.

Principais resultados do estudo

O foco do estudo em importadores (compradores) e exportadores (vendedores) revela informações estratégicas sobre quatro áreas de melhoria para que esses agentes comerciais fortaleçam suas transações e impulsionem seus fluxos comerciais.

Fluxos logísticos

O BMEI 2018 pediu que os exportadores avaliassem suas vantagens competitivas sem mencionar preço e qualidade do produto. Os exportadores da amostra total indicaram os serviços de remessa e logística como sua principal vantagem competitiva, com 26% escolhendo essa alternativa de resposta.

Além disso, o levantamento revela um efeito direto dos serviços de remessa e logística nas vendas on-line. Entre os exportadores que indicaram aumento em suas vendas on-line, 41% citaram os serviços de remessa e logística oferecidos a seus clientes como a principal vantagem competitiva.

Fluxos on-line

Setenta e três por cento dos importadores entrevistados na América Latina confirmaram que estão comprando on-line, enquanto apenas 56% dos exportadores na região vendem seus produtos on-line. Setenta por cento dos importadores latino-americanos citaram compras on-line por meio dos websites de seus fornecedores.

Segundo os importadores, o maior obstáculo para realizar transações on-line é a falta ou insuficiência de informações como descrição do produto, fotos e especificações técnicas nos websites de fornecedores ou de e-marketplaces.

A utilização de canais on-line para realizar transações comerciais ainda está aquém dos canais tradicionais, tais como como telefone, encontro presencial e fax. No entanto, o estudo revela que os importadores demonstram uma tendência maior de adotar canais on-line para suas transações do que o exportadores.

Vinte e nove por cento dos exportadores que apontaram um aumento nas vendas on-line afirmaram que a principal motivação desse aumento foi os compradores indicarem que queriam fazer suas compras on-line.

Fluxos de pagamento

Os exportadores localizados nos Estados Unidos demonstraram uma aceitação maior de cartões de crédito e PayPal (39%) do que seus colegas na América Latina (10%), porém os níveis de penetração dos meios de pagamento digitais são baixos até mesmo nos EUA.

O impacto geral das vendas e compras on-line nos custos de transação foi mínimo, com 57% dos exportadores e 50% dos importadores afirmando que não houve mudança. Além disso, 28% dos exportadores e 34% dos importadores relataram aumento nos custos de transação, salientando o fato de que os meios digitais não necessariamente significam barateamento.

Fluxos de fornecedores

PMEs de importação e exportação concordam bastante quando se trata de identificar os principais problemas no relacionamento entre fornecedor e comprador. Os aspectos mais críticos das transações internacionais – excluindo-se preço e qualidade do produto – coincidem. Ambos citaram soluções de remessa e logística, flexibilidade nas condições de pagamento e serviços/atendimento pós-venda como os três principais aspectos problemáticos da relação fornecedor-comprador.

Oitenta por cento dos importadores afirmaram que considerariam trocar de fornecedor, mostrando sua alta propensão de mudar caso lhes forem oferecidas condições melhores. Um pequeno grupo citou a “relação preço-qualidade dos produtos do fornecedor” (44%) e a “relação fornecedor-comprador de longa data” (35%) como as duas principais razões pelas quais não trocariam de fornecedor.

No estudo BMEI 2018, a maioria dos exportadores e importadores relatou ter tido experiências com atraso na entrega (63% e 79%, respectivamente). A principal causa dos atrasos na entrega, citada tanto por exportadores quanto por importadores, foi o atraso na produção.

Destaques por setor

Em relação a fluxos de pagamento, o setor automotivo é o que tem maior nível de aceitação de cartão de crédito nas transações on-line (23%, contra 18% da amostra total) e de uso do PayPal (18%, contra 9% da amostra total).

Nos fluxos on-line, a diferença entre exportadores e importadores no uso de canais on-line identificada na amostra total se mantém na análise por setor, sendo a maior diferença na manufatura industrial (18 pontos percentuais) e a menor, no setor de alta tecnologia (10 pontos percentuais).

Para mais informações e material de divulgação sobre o estudo BMEI, acesse www.pressroom.ups.com

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