Alpinistas certificados ainda são minoria na indústria e construção civil

25/07/2015

Apesar de norma publicada há um ano pelo Ministério do Trabalho regulamentar a atividade, estima-se que só 5% das empresas a cumpram

Navios, plataformas de petróleo, prédios, indústrias e outdoors – todas essas estruturas têm em comum a necessidade de construção, manutenção ou operação nas alturas. Para isso, o alpinista industrial é o profissional indispensável. A atividade foi regulamentada em abril de 2014 – por meio de um anexo à NR-35, que dispõe sobre o acesso por corda -, mas ainda é realizada de forma informal em muitos setores.

O acesso por corda consiste em subir, descer, movimentar cargas, maquinários e criar vias de acesso para inspeções e todo trabalho externo feito em alturas superiores a dois metros. Parece com o alpinismo de aventura, mas com preocupações de segurança maiores. “Trabalhamos com equipamentos reserva de segurança, assim como dispositivos autoblocantes, trava quedas e técnicas apuradas de movimentações, já que os ambientes são perigosos, com superfícies cortantes ou muito quentes”, explica Abraão Salvado, gerente do curso de acesso por corda da Invista Profissional.

Não é só uma questão de segurança, no entanto. Profissionais especializados em acesso por corda têm desempenho otimizado em diversas atividades. Eles rendem até três vezes mais se comparados ao trabalho realizado com andaimes em áreas como pintura industrial, solda, caldeiraria, manutenção de maquinário e de navios acima da lâmina d’água, etc.

“As fornecedoras da Petrobras, por exemplo, só trabalham com alpinistas industriais certificados”, conta Salvado. Ainda assim, o gerente da Invista estima que no Rio de Janeiro apenas 5% das empresas de construção civil, instalação de banners e escoramento de encostas sigam a nova norma.“Além de estarem suscetíveis a multas da fiscalização, que tem sido cada vez mais intensa, elas colocam em risco seus profissionais, despreparados para a função”, afirma.

(Fonte e Foto: Invista Profissional)

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