A projeção para o primeiro trimestre, no setor de embalagens de papelão ondulado – considerado termômetro da economia –, é de crescimento de 5,2%, mantendo o desempenho positivo do mercado, visto desde julho. A expectativa é da Associação Brasileira de Embalagens de Papel (Empapel). Na análise da entidade, o comércio eletrônico é um dos motores que puxam a constante alta.
Na Mazurky, indústria especializada no desenvolvimento e fabricação de caixas de papelão e acessórios de papelão ondulado situada em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, o fechamendo do segundo semestre de 2020 apresentou 21% de crescimento real. Em janeiro, o aumento foi de 27% na comparação com o mesmo período do ano passado. Com o ritmo intenso de trabalho, a indústria precisou contratar 20 funcionários temporários para atender a demanda.
“O e-commerce já vinha fixando-se como preferência da população e, com a pandemia, isso cresceu e consolida-se a cada dia. Quando você vende online, você reempacota o produto. Então, realmente tem sido um fator de muita importância nos bons resultados do setor”, ressalta o diretor da Mazurky, Eduardo Mazurkyewistz.
O aquecimento da indústria esbarra na alta dos preços e na escassez de matéria prima para a fluência da produção. “Desde setembro, o fornecimento de matéria prima vem sendo feito com cota, limitando a capacidade de produzir mais e, consequentemente, de crescer”, fala o diretor da Mazurky. Para driblar a situação e não colocar em risco o atendimento à demanda do primeiro trimestre de 2021, a empresa teve que importar insumos de fora do país. “Não é a situação mais confortável, em razão da alta do câmbio e da demora em a chegada do material, mas é a saída no momento, para atendermos aos pedidos e minimizar possíveis desabastecimentos”, diz Mazurkyewistz.