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Modal Marítimo 17 de julho de 2024

Log-In Logística Integrada desenvolve programa para minimizar efeitos da falta de marítimos

O baixo número de profissionais marítimos é um desafio que tem deixado o mercado de navegação em alerta. Dados de uma pesquisa realizada pela Fundação Vanzolini e pelo Centro de Inovação em Logística e Infraestrutura Portuária da USP (Cilip) indicam que, até 2030, será necessária a formação de 4 mil oficiais da Marinha Mercante.

No Brasil, a certificação dos profissionais marítimos é realizada exclusivamente pela Marinha, em três anos de estudo (complementados com até 2 anos de prática a bordo), através das Escolas de Formação de Oficiais de Marinha Mercante (EFOMM), o Ciaga (Rio de Janeiro-RJ) e o Ciaba (Belém-PA). Esses cursos são abertos anualmente, mas o número de vagas oferecidas está muito aquém do que o mercado brasileiro necessita.

Além disso, compete à entidade realizar os Exames de Revalidação para Oficiais de Náutica e de Máquinas (ERON/EROM), que, além de pouquíssimas vagas, são cursos que podem levar até nove meses para serem concluídos.

Essa escassez de marítimos brasileiros no mercado, especialmente Oficiais de Máquinas e Náutica, tem trazido grandes dificuldades de contratação pelas Empresas Brasileiras de Navegação, e tem sido um gargalo no Crescimento da Cabotagem, visto que o emprego de tripulantes brasileiros nos navios que operam neste tráfego é obrigatório.

Visando minimizar os impactos das informações reveladas no estudo, encomendado pela Associação Brasileira de Armadores de Cabotagem (ABAC) e pelo Sindicato Nacional das Empresas de Navegação Marítima (Syndarma), a Log-In Logística Integrada acaba de abrir inscrições para o Programa ReIntegrar No Mar, projeto cujo objetivo central é permitir que 1º Oficial e Chefe de Máquinas, com certificações expiradas, retomem suas atividades de navegação.

De acordo com a Diretora de Gente, Cultura e Transformação Digital da Log-In, Andréa Simões, a medida adotada pela empresa não é suficiente para solucionar o problema de déficit de profissionais, mas contribui para reinserção de marítimos no setor. “A falta de mão de obra pode prejudicar drasticamente o desenvolvimento do segmento, podendo causar a redução das operações e interrupção da possibilidade de expansão de frotas. Desta maneira, cabe não só às grandes organizações oferecerem alternativas que ajudem a lidar com esse cenário, como é o caso deste projeto, mas principalmente às autoridades responsáveis buscarem alternativas que possam de fato sanar este problema”, aponta.

Apesar dos cursos oferecidos pela marinha, a Gerente de Consultoria Interna da Log-In, Paula Oliveira, explica que o programa chega a realocar os marítimos de maneira mais ágil. “Em apenas três meses, na modalidade de estágio, a Log-In consegue apoiar na reintegração e revalidar as certificações desses profissionais em tempo recorde, gerando equipes de maquinistas ainda mais qualificadas para a frota da companhia”, comenta.

Programa ReIntegrar No Mar

Durante o projeto, os participantes serão designados para os navios da Log-In, com base nas necessidades operacionais, tendo uma experiência completa nos serviços de cabotagem e longo curso. Ao todo, serão disponibilizadas duas vagas: uma para 1º Oficial e uma para Chefe de Máquinas, com salário integral referente às categorias.

Além disto, os participantes contarão com todos os benefícios oferecidos aos atuais colaboradores, como planos de saúde e odontológico, extensivos para dependentes, acesso aos programas “Viva Bem”, focado em saúde física, emocional e social e “Amor de Mãe”, destinado a gestantes, além de auxílios como Gympass, vale transporte e vale alimentação.

Após o período de estágio, a Log-In poderá oferecer um contrato de permanência por 18 meses, diante dos resultados obtidos a partir das avaliações feitas durante o programa. “O compromisso com o desenvolvimento do nosso time já é marca registrada da Log-In. Acreditamos que valorizar e despertar oportunidades para pessoas engajadas é o caminho para fomentar um mercado cada vez mais competitivo”, afirma Andréa.

Processo seletivo

Para participar do programa, os candidatos interessados devem possuir Ensino Superior Completo, Caderneta de Inscrição e Registro (CIR) para revalidação, experiência prévia em navios e, como diferencial, já ter atuado com contêineres, além de contar com os comprovantes de vacinação das quatro doses contra a Covid-19 e o Certificado Internacional de Febre Amarela.

As inscrições devem ser realizadas até o dia 30 de julho, na página da Gupy, através do link. Após as análises dos cadastros, os participantes selecionados passarão por entrevistas com a equipe de Recursos Humanos e com a Gestão. Em seguida, receberão a Carta Proposta e, por fim, será concluída a contratação.

Para Andréa, o programa representa uma oportunidade significativa para destacar os atuais desafios enfrentados pelo setor de navegação e, além disso, reintegrar ao mercado profissionais exemplares. “Esta iniciativa é o primeiro passo não apenas para suprir as atuais necessidades de mão de obra, mas também reconhecer a importância dos marítimos para a eficiência operacional de nossos navios e de toda a cadeia marítima”, finaliza.

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