Gerente da Gol defende transporte de cargas mais veloz e menos burocrático

20/04/2017

Tempo é recurso precioso e elemento que, nas empresas que operam transporte de cargas, agrega valor e impacta na qualidade do serviço. Por essa razão, o ganho de velocidade se destaca como um dos objetivos centrais para o gerente operacional de cargas da Gol, Rodrigo Ribeiro, o jovem gestor cujos trabalho e trajetória a série Futuro do Transporte destaca nesta semana.

Aos 29 anos ele é o responsável pelo setor que movimentou mais de 90 mil toneladas de cargas pelos céus do Brasil em 2016 (resultado que dá à Gol cerca de 30% de participação nesse mercado).

Rodrigo Ribeiro.jpgA experiência para liderar a área vem da trajetória de mais de uma década na companhia aérea, na qual ingressou quando cursava o segundo semestre de Aviação Civil na Universidade Anhembi Morumbi. Nesses dez anos, passou por diferentes áreas: auxiliar de rampa, agente de aeroporto e auditor na área de segurança. O primeiro cargo de gestão foi como coordenador de security, quando tinha apenas 23 anos. Depois, assumiu a gerência corporativa de aeroportos, até chegar às cargas.

A ascensão rápida exigiu muito aprendizado. Nesse processo, ele destaca o apoio e a convivência junto a profissionais com mais tempo de carreira: “era muito desafiador e até delicado, mas eu tinha sempre inspiração em gestores que souberam me dar a mão e me ajudar a saber como eu deveria ou não agir”, conta. Treinamentos oferecidos pela empresa e pós-graduações complementaram a formação e a preparação para os novos desafios.

Rodrigo salienta, também, a importância de ter passado por diferentes áreas da companhia. Segundo ele, conhecer a dinâmica dos processos em cada setor lhe dá mais assertividade e agilidade na tomada de decisões, característica importante para “fazer a carga chegar no destino dentro do prazo contratado e garantir a integridade da carga”, as missões precípuas da gerência que comanda.

Gerenciar o transporte aéreo de cargas envolve realizar avaliações constantes e projetar a demanda, lidar com a imprevisibilidade, cruzar a base de voos para otimizar as entregas e analisar, ainda, outras variáveis decisivas para envio das encomendas, como a quantidade de passageiros, o total de bagagens e o limite de carga que pode ser transportada. “Estamos sempre entendendo como encaixar a demanda, para fazer o transporte o mais rápido possível, garantindo sempre a segurança e a integridade dos produtos”, explica.

Ao final, isso deve resultar em uma experiência positiva para os clientes. Na avaliação do gestor, essa preocupação é essencial para alcançar resultados sempre melhores. “Praticar empatia, entender o que o cliente está precisando, como ele vai se beneficiar desse tipo de transporte e agregar valor ao seu produto, porque estamos falando de uma cadeia logística”, enumera.

E como a atividade transportadora é meio para movimentar a economia do Brasil, quando ela é realizada de forma mais eficiente, todo mundo ganha.

Para o gerente operacional de cargas da Gol, a inovação deve ser posta a serviço da redução dos prazos de entrega e do aumento da satisfação dos clientes. Por essa razão, ela não se materializa somente em novas tecnologias, mas também nos processos que envolvem o transporte das mercadorias.

Ele conta que cada etapa que integra o negócio é revisada e melhorada “para reduzir o tempo como um todo, porque tempo é um recurso que não tem volta, e isso agrega valor para o cliente”. A análise, assim, vai desde o atendimento – quando o cliente chega para despachar uma carga -, passando por documentação, escolha dos voos, até o pouso e desembarque dos produtos. “Isso é muito desafiador porque dependemos de muitos outros dados. Quando o avião pousou, são 30 minutos de solo e que todos têm de fazer sua parte para que funcione bem”.

Dessa forma, é necessário eliminar atividades desnecessárias, encontrar soluções mais rápidas para procedimentos comuns e, se possível, automatizá-los. Ao final, o serviço tende a ser cada vez mais eficiente.

E esse ganho de eficiência, na avaliação de Rodrigo, não é um objetivo exclusivo da Gol ou do modal aéreo: é algo que permeia todo o setor transportador.

Porém, para chegar lá, não basta que as empresas melhorem o próprio serviço; o comprometimento do poder público é crucial. “O custo logístico é muito alto, as dificuldades logísticas são muito grandes no Brasil. O transporte, em si, é rápido. Mas existe muita morosidade e burocracia que deixam o transporte lento”, avalia Rodrigo. E, quando o futuro chegar, o transporte precisará estar mais rápido, mais limpo e menos burocrático.

Compartilhe:
615x430 Savoy julho 2025
Veja também em Conteúdo
Pesquisa revela avanço na conscientização dos caminhoneiros e maior identificação de exploração sexual nas estradas
Pesquisa revela avanço na conscientização dos caminhoneiros e maior identificação de exploração sexual nas estradas
Prêmio NTC destaca os melhores fornecedores do transporte rodoviário de cargas do Brasil em 2025
Prêmio NTC destaca os melhores fornecedores do transporte rodoviário de cargas do Brasil em 2025
Grupo Lebes aposta em verticalização e logística avançada para sustentar expansão no Sul do país
Grupo Lebes aposta em verticalização e logística avançada para sustentar expansão no Sul do país
Diagnóstico inédito sobre seguros portuários revela entraves e riscos climáticos em terminais autorizados
Diagnóstico inédito sobre seguros portuários revela entraves e riscos climáticos em terminais autorizados
LTP Capital assume controle da ABC Empilhadeiras e amplia atuação na locação de equipamentos
LTP Capital assume controle da ABC Empilhadeiras e amplia atuação na locação de equipamentos
Fulwood conclui primeira fase de condomínio logístico em Pouso Alegre (MG) 100% locado
Fulwood conclui primeira fase de condomínio logístico em Pouso Alegre (MG) 100% locado

As mais lidas

01

Tendências que vão redefinir a logística em 2026: tecnologia, integração regional, sustentabilidade e novos fluxos globais
Tendências que vão redefinir a logística em 2026: tecnologia, integração regional, sustentabilidade e novos fluxos globais

02

Demanda global por transporte aéreo de carga cresce 2,2% em maio, segundo IATA
Demanda global de carga aérea cresce 4,1% em outubro e marca oito meses de alta

03

Concessões de rodovias em 2026 somam R$ 158 bilhões e ampliam segurança nas estradas, analisa Sinaceg
Concessões de rodovias em 2026 somam R$ 158 bilhões e ampliam segurança nas estradas, analisa Sinaceg