Empresas com fábricas no Norte e Nordeste pressionam o governo pelo cancelamento do AFRMM (adicional ao frete marítimo) sobre mercadorias originadas ou destinadas a portos dessas regiões.
O benefício expira em 8 de janeiro e não foi renegociado.
A volta da alíquota de 10% sobre o frete trará uma despesa de R$ 70 milhões para associadas da Abal, segundo a entidade, que representa o setor de alumínio.
Um frete mais caro teria “impacto exponencial” na Alcoa, cuja fábrica é no Pará, diz o presidente da empresa no país, Otavio Carvalheira.
“Algumas indústrias têm a possibilidade de usar o modal rodoviário. Nós, não.”
Entidades setoriais foram à Brasília nas últimas semanas para pedir que a situação seja resolvida via medida provisória, mas a crise na arrecadação pesa contra a demanda.
Em 2014, a isenção de AFRMM para operações de cabotagem originadas ou destinadas ao Norte e Nordeste representaram uma renúncia fiscal de R$ 468,6 milhões, segundo a Receita Federal.
Fonte: Folha de S. Paulo