Mesmo diante do tarifaço dos Estados Unidos a produtos nacionais, as exportações brasileiras registraram resultado positivo em agosto, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex/MDIC). O Brasil exportou US$ 29,9 bilhões, enquanto as importações somaram US$ 23,8 bilhões, gerando um saldo positivo de US$ 6,1 bilhões, crescimento de 3,9% em relação ao mesmo mês de 2024, quando as exportações ficaram em US$ 28,74 bilhões.
No acumulado de janeiro a agosto de 2025, as exportações brasileiras totalizaram US$ 227,6 bilhões, avanço de 0,5% frente ao mesmo período do ano anterior (US$ 226,5 bilhões). Já as importações aumentaram 6,9%, passando de US$ 172,9 bilhões para US$ 184,77 bilhões. Com isso, a corrente de comércio – soma de exportações e importações – chegou a US$ 412,35 bilhões, alta de 3,2% em relação a 2024.

Exportações brasileiras geram empregos e fortalecem o mercado interno
Além de movimentar a balança comercial, o comércio exterior tem reflexos diretos no emprego e na renda. Estudos apontam que empresas exportadoras aumentam, em média, 37% o número de empregados, o que demonstra que a internacionalização amplia o faturamento e também gera postos de trabalho no Brasil.
Apesar desse potencial, especialistas avaliam que muitas companhias ainda não exploram o mercado externo. Para Cristiane Fais, CEO da Accrom Consultoria em Logística Internacional, é preciso superar barreiras de informação e percepção. “O Brasil tem um universo de empresas que poderiam exportar, mas não fazem por falta de informação ou por acreditarem que o processo é complexo demais. A queda dessa barreira mental é fundamental, porque exportar amplia competitividade, garante mais segurança financeira e fortalece a marca no cenário internacional”, afirma.
Adaptação frente a barreiras comerciais
Mesmo com desafios impostos por barreiras comerciais de outros países, o Brasil segue consolidando sua posição no comércio global. Para Cristiane Fais, o desempenho de agosto mostra que as empresas nacionais estão se adaptando para manter a competitividade e proteger seus resultados, mesmo diante de um contexto de tarifaço dos EUA e de outras restrições internacionais.









