O setor logístico encerra o ano e estamos atentos às tendências que devem marcar 2026. Transformações globais e o ritmo da economia influenciarão investimentos em infraestrutura e tecnologia, enquanto digitalização, automação e inteligência artificial seguem impulsionando novos modelos de operação. Metas ambientais e políticas de descarbonização já afetam custos e prazos, exigindo adaptação das empresas. As novas rotas comerciais, o avanço do e-commerce e a consolidação dos marketplaces devem ainda redefinir fluxos de carga e a gestão de estoques. Haja planejamento.
Nesse contexto, o planejamento logístico anual mantém papel central. A combinação de dados históricos, indicadores e métricas orienta previsões mais precisas e ajuda a antecipar sazonalidades. O desafio está em tornar os planos mais dinâmicos diante de mudanças abruptas, equilibrando tecnologia, análise e experiência humana, além de evitar erros recorrentes na definição de metas e expectativas.

Outro movimento decisivo é o avanço do social commerce, que transforma o comportamento de compra ao acelerar decisões por meio de vídeos e lives. A logística passa a operar sob o impacto de picos repentinos de demanda, exigindo estoques sincronizados em tempo real, fretes rápidos e integração direta entre plataformas e operadores. A experiência de entrega ganha peso, especialmente para pequenos vendedores e influenciadores, enquanto cresce a pressão por velocidade com responsabilidade ambiental.
No campo regulatório, o novo entendimento da ANTAQ sobre a cobrança de demurrage de contêineres amplia o debate sobre fundamentos jurídicos, equilíbrio entre armadores, importadores e terminais e efeitos na previsibilidade contratual. A mudança pode influenciar disputas, reforça a importância do compliance e da transparência e afeta a dinâmica de devolução de contêineres, com possíveis impactos na eficiência portuária.
Os investimentos previstos no novo Plano Nacional de Ferrovias e no PAC reacendem a discussão sobre o futuro do modal. A dúvida central é se representam transformação estrutural ou apenas reforço pontual. Mesmo com mais de R$ 230 bilhões projetados, a execução enfrenta entraves históricos. O setor privado permanece relevante, mas o modelo de concessões gera questionamentos. O corredor bioceânico Brasil–Peru aparece como rota estratégica capaz de alterar fluxos e ampliar o alcance geopolítico. A expansão ferroviária pode reduzir o Custo Brasil e contribuir para metas ambientais, mas depende de integração com portos e rodovias e de inovação em sinalização e automação.
Com estes cinco temas tratados nesta edição da revista Logweb, encerramos a publicação neste ano de 2025.
E, neste final de ciclo, agradecemos a todos os leitores que acompanharam nossas análises ao longo do ano e seguimos juntos para mais um período de debates e transformações no setor.
Feliz 2026.
Os editores
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