A logística nacional vive um momento de transformações profundas. Em Atacado e Distribuição, a adoção de sistemas ERP surge como resposta à pressão por mais eficiência, controle de estoques e agilidade nas decisões. Mas os desafios vão além da tecnologia: resistência interna, integração entre sistemas e erros na implementação exigem visão estratégica e capacitação das equipes.
No cenário externo, o acordo entre União Europeia e Mercosul impõe uma revisão urgente da infraestrutura logística. Portos, ferrovias e hidrovias precisarão acompanhar um possível aumento nas exportações, além de atender a padrões rigorosos de rastreabilidade e sustentabilidade. A descentralização dos polos logísticos e a adoção de modais alternativos poderão ampliar a competitividade do Brasil.
Nesse contexto, projetos como a Ferrogrão ganham relevância. A ferrovia pode transformar a exportação de soja, ligando regiões produtoras ao mercado asiático com mais eficiência e menor custo. A obra promete reconfigurar rotas, reduzir a dependência do modal rodoviário e tornar o produto brasileiro mais competitivo, desde que vença obstáculos ambientais e operacionais.
Nos pátios e armazéns, a prevenção de acidentes com produtos perigosos e cargas pesadas é prioridade. Ações como sinalização, organização de espaços, uso de EPIs, inspeções e treinamentos são fundamentais. Cultura de segurança precisa ser um valor corporativo — não apenas um protocolo.
Já no e-commerce, o desafio está em atender consumidores cada vez mais exigentes. Entregas rápidas, logística reversa eficiente e personalização da experiência exigem integração tecnológica, novas estratégias de last mile e parcerias com operadores. O custo logístico precisa ser controlado sem comprometer a qualidade do serviço.
Nos aeroportos, o transporte de cargas – em especial farmacêuticas – exige investimentos em infraestrutura refrigerada, pessoal capacitado e integração modal. A demanda cresce e a competitividade depende da prontidão dos terminais e da articulação com toda a cadeia logística.
Por fim, a escassez de motoristas no transporte rodoviário impõe uma crise silenciosa. O envelhecimento da categoria, a falta de atratividade da profissão e os entraves regulatórios dificultam a reposição da mão de obra. Soluções envolvem programas de formação, tecnologia embarcada, melhorias nas condições de trabalho e até a discussão sobre mão de obra estrangeira.
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