O setor logístico no Brasil tem apresentado crescimento contínuo nos últimos anos, fortemente impulsionado pelo aumento do comércio eletrônico, pela globalização e pela demanda por cadeias de suprimentos eficientes e responsivas. De 2022 a 2026, estima-se que o setor privado invista R$ 124,3 bilhões em transporte e logística, segundo a Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib).
Além do crescimento do mercado, outra característica notável da atividade no Brasil é a operação realizada majoritariamente por figuras masculinas. No entanto, essa realidade tem mudado ao longo dos anos. Números mais recentes sobre a presença de homens e mulheres no segmento logístico apontam um alto volume de contratação de mulheres no país com alta de 229% no número de vagas ocupadas por elas, se comparado com 2020, segundo a Gupy, plataforma de tecnologia para recursos humanos.
Somente a Total Express, player no setor de logística no Brasil, possui mais de 1.500 mulheres, o que representa 43% da equipe de profissionais, e reforça a importância da presença feminina com mão de olha qualificada em cargos e funções estratégicas e operacionais no setor. Um exemplo da força e do talento que as mulheres têm para oferecer é Ana Gabriela Martins, Head de Planejamento de Operações e Transporte na Total Express. A profissional compartilhou sua jornada profissional e os desafios enfrentados ao longo dos 12 anos de empresa, quando ingressou como trainee, percorrendo diferentes etapas até alcançar sua posição atual.
Sua rotina como Head de Planejamento envolve o dimensionamento de recursos, análise de demanda, compra de insumos e controle de gastos, especialmente no setor de frete. A responsabilidade de equilibrar qualidade de serviço e resultados financeiros também são destacadas pela especialista. No entanto, há diversas conquistas significativas nesse processo, como a promoção de colegas de equipe e o sucesso de projetos de otimização que contribuíram para o crescimento exponencial da Total Express.
Ana Gabriela gerencia uma equipe de mais de aproximadamente 400 pessoas eressalta o desafio de conciliar a operação diária com a entrega de resultados planejados e a vida pessoal e maternidade. Pontua a evolução da empresa em relação à diversidade e inclusão, reconhecendo avanços significativos. “Na Total Express, buscamos remover barreiras e promover um ambiente mais acolhedor às mulheres, especialmente em relação à licença maternidade e reintegração ao trabalho”, afirma a executiva. Atualmente, a empresa oferece às funcionárias 2 meses a mais de licença maternidade do que prevê a lei. Nos últimos 5 anos, foram mais de 200 licenças-maternidade concedidas.
Quanto ao futuro, Ana Gabriela expressa o desejo de seguir crescendo dentro da carreira executiva, permanecendo no universo da logística e contribuindo para o crescimento internacional da empresa.
Mulheres na Total Express
Além de possuir quase metade do quadro de colaboradores formado por mulheres, 973 mulheres (63%) se autodeclaram negras (pretas ou pardas). Atualmente, são 17 mulheres transexuais e 229 pertencem ao público LGBTQIAPN+. Falando especificamente sobre liderança, as mulheres representam 35% do total de líderes (140), com 49% das mulheres negras ocupando cargos de liderança (69).
“À medida que o setor logístico avança no Brasil, a presença feminina se estabelece como um fator fundamental e significativo na transformação e no aprimoramento das operações logísticas em todo o país, contribuindo assertivamente para um mercado ainda mais inovador, resiliente e sustentável. Essa é uma mudança necessária que não traz benefício apenas para os negócios, mas para toda a sociedade”, afirma Paula Cavalcante Castelo Branco, Diretora Executiva de Gente e Gestão da Total Express.