Distribuidores: Reuniões on-line com clientes e fornecedores são o principal legado da pandemia para o setor

11/01/2022

Realizadas para tratar de qualquer tema, desde tratativas comerciais, soluções técnicas, treinamentos, ajustes contratuais, as reuniões virtuais romperam as fronteiras territoriais e trouxeram soluções tão eficientes quanto as reuniões presenciais.

Também no segmento de vendas (distribuição) de empilhadeiras, 2021 se mostrou diferenciado. “O ano começou com uma perspectiva não muito favorável para a venda de empilhadeiras novas, devido ao alto custo das máquinas e à baixa expectativa para o crescimento industrial, reflexo da pandemia. Com isso, o mercado de usadas deu uma boa aquecida, tanto para venda, quanto para locação, se tornando uma opção economicamente mais viável para os usuários finais. Além disso, muitas empresas optaram por reformar seus equipamentos, o que acabou gerando um bom crescimento na prestação de serviços e venda de peças para os distribuidores”. A análise é de Célio Neto Ribeiro, CEO da SGB Máquinas e Equipamentos.
Pelo seu lado, Jorzafar Fonseca da Silva, gerente da Tecfork Máquinas Eirelli, diz que nesse período de pandemia tiveram que acompanhar os seus clientes e se reinventar, tanto para fazer o atendimento como para distribuir os equipamentos. “Tivemos uma grande conquista neste período, um cliente da área de construção civil fechou um contrato para atender todo o Brasil. E tivemos que nos adequar às regras e procedimentos, aprender como lidar com o vírus para preservar a saúde, tanto dos nosso colaboradores como dos nossos clientes com os quais temos contato físico. Outro fator que trouxe muita influência para o nosso segmento foi o aumento dos preços, tanto para transporte internacional quanto a variação cambial – os preços dos equipamentos alcançaram patamares nunca antes vistos”, diz o gerente.
Sidney Matos, CEO da Up Load Equipamentos, completa dizendo que a pandemia se mostrou um grande desafio ainda em 2021, porém agora sabemos um pouco mais sobre esse inimigo oculto. “As reuniões presenciais retornaram e aumentou a percepção mais acurada das necessidades dos clientes, nos possibilitando, assim, auxiliar no encontro de uma solução cujo custo-benefício seja o melhor. Quanto ao cenário econômico-financeiro, nos deparamos com um aumento expressivo de custo de peças, principalmente das importadas. O repasse para os preços finais foi um trabalho de demonstração para os clientes que encontraram aumento de custo em todos os segmentos da economia.”

Perspectivas
Ribeiro, da SGB Máquinas e Equipamentos, acredita que o cenário para venda de máquinas novas será melhor em 2022, principalmente para o segmento de máquinas elétricas, que terão uma presença maior no mercado, prevalecendo a locação de máquinas em relação à compra. “Os mercados de venda de peças, serviços, contratos de full service e reforma de máquinas deverão ter um crescimento maior do que em 2021. Em nosso caso, aumentamos a nossa infraestrutura, tanto na área de armazenagem, quanto de oficina, e planejamos contratar mais profissionais para atender a essa demanda que virá em 2022.”
Silva, da Tecfork, também otimista, acredita no potencial do mercado e que, no pós-pandemia, muitos clientes irão renovar suas frotas e modernizá-las também.

Pandemia
Por falar em pandemia, o CEO da SGB Máquinas e Equipamentos aponta que a maior mudança trazida por ela foi a consolidação, no segmento, dos trabalhos home office e as possibilidades de reuniões virtuais realizadas para tratar de qualquer tema, desde de tratativas comerciais, soluções técnicas, treinamentos, ajustes contratuais, etc., rompendo as fronteiras territoriais e trazendo soluções tão eficientes quanto as reuniões presenciais, com a vantagem de oferecer, além da agilidade, um baixo custo para os envolvidos. “Acredito que esse aprendizado será aperfeiçoado a cada dia, não vejo mais o nosso segmento sem essas possibilidades”, completa.
Silva, da Tecfork, também diz que as reuniões on-line são algumas das mudanças que vieram para ficar. “Se torna muito mais prático fazer as reuniões on-line do que presencialmente, fora o ganho de tempo no translado até o cliente. Alguns treinamentos, inclusive, podem ser ministrados dessa forma, e estão tendo grande aceitação.”

Tecnologias
As novas tecnologias embarcadas nas empilhadeiras elétricas já as tornaram as mais eficientes do mercado, tanto na disponibilidade e, principalmente, pelo baixo custo de manutenção e consumo. “Acreditamos que as empilhadeiras com baterias de lítio serão, a partir de 2022, consolidadas no mercado brasileiro de movimentação de materiais. As vantagens são enormes”, diz Ribeiro, SGB Máquinas e Equipamentos, agora falando sobre as novas tecnologias aplicadas às empilhadeiras.
Ele é completado por Silva, da Tecfork, que também destaca que os equipamentos elétricos, de uma forma geral, estão vindo com grande força neste pós-pandemia, frente ao custo elevado dos combustíveis fósseis. Estes equipamentos proporcionam, além de uma manutenção mais rápida, uma grande economia financeira. “Com o desenvolvimento das baterias de lítio, que estão cada vez mais eficientes e seguras, os equipamentos elétricos tendem a dominar o mercado. Eles, além de econômicos, são mais limpos e resistentes, e as novas tecnologias também estão tornando esses equipamentos cada vez mais aplicáveis a operações que antes não eram.”
Fabio Pedrão, diretor executivo da Retrak Comércio e Representações de Maquinas – cujas análises incluídas na matéria sobre o segmento de locação são também aplicadas ao setor de distribuição – revela que cada vez mais as máquinas estão mais rápidas na operação. Isto exige operadores cada vez mais bem treinados. Produtividade e segurança caminham de braços dados.
Os sistemas de monitoramento de equipamentos fornecem informações precisas sobre a quantidade de horas trabalhadas dos equipamentos. São informações importantes para quantificar o número de equipamentos na operação. A utilização de baterias de íons de lítio continua crescente. Ainda cara para utilização em 1 turno de operação, mas vantajosa para usos em 2 e 3 turnos de operação. Continuando a redução nos custos dessas baterias, elas vão dominar o mercado em um futuro breve.
“Neste contexto, vale lembrar que o Brasil tem uma particularidade não comum no mundo: a grande necessidade de equipamentos na última semana do mês. Isto decorre em razão de um problema cultural. As empresas deixam pra fazer suas promoções ao final do mês para cumprir suas metas. Com isso, muitas operações precisam de um número maior de equipamentos para movimentar na última semana do mês. Ah!!! E o cliente, sabedor disso, deixa pra comprar na última semana do mês pra aproveitar as promoções”, completa Pedrão.

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