Docas do Rio tem dois entre os dez principais portos públicos do Brasil
Os dois maiores portos administrados pela Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ) – Porto do Rio de Janeiro e Porto de Itaguaí – estão entre os dez principais portos públicos do país no primeiro semestre de 2021 e, se somadas às movimentações dos quatro portos sob sua gestão, incluindo também Niterói e Angra dos Reis, a companhia possui o segundo maior complexo portuário público, sendo a segunda maior Autoridade Portuária do Brasil em termos de volume movimentado. Os dados são do Estatístico Aquaviário da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), divulgados recentemente.
O relatório indica que o Porto de Itaguaí cresceu 28,87% na primeira metade deste ano, em relação ao mesmo período de 2020, e é o terceiro porto público em toneladas de cargas movimentadas, segundo o ranking da Antaq. Com quase 26 milhões de toneladas no primeiro semestre, o Porto de Itaguaí também registrou o terceiro maior crescimento entre os principais portos organizados do país. Ainda de acordo com a análise da agência reguladora, o Porto do Rio de Janeiro apresentou o maior crescimento entre os dez primeiros colocados no ranking dos portos organizados do país, com um incremento de 33,46% na movimentação, atingindo quase 5 milhões de toneladas no primeiro semestre de 2021.
O Porto de Itaguaí tem o minério de ferro como principal carga movimentada, com um total de 22,5 milhões de toneladas no primeiro semestre, registrando um incremento de quase 30% na movimentação desse produto. Destaca-se também o aumento de 20,37% na movimentação de carga conteinerizada. Já no Porto do Rio de Janeiro, o destaque é a alta de 25,86% na movimentação de carga conteinerizada em comparação com o mesmo período de 2020 e vale mencionar o aumento de 62% na movimentação de granéis sólidos.
Primeiro semestre – Os portos do Rio de Janeiro, Itaguaí, Niterói e Angra dos Reis movimentaram, juntos, um total de 30,6 milhões de toneladas de cargas ao longo do 1º semestre de 2021. De acordo com a análise divulgada pela Autoridade Portuária, trata-se do melhor resultado dos últimos cinco anos. Em todos os meses, de janeiro a junho deste ano, houve um incremento na movimentação de cargas em relação a 2020, resultando em um crescimento no 1º semestre de 2021 de cerca de 6,8 milhões de toneladas, o que corresponde a um aumento de 28,5% em relação ao mesmo período do ano passado. O relatório aponta também que, do total de cargas, o Porto de Itaguaí movimentou 26,1 milhões de toneladas e o Porto do Rio de Janeiro movimentou 4,5 milhões de toneladas no 1º semestre de 2021, tendo sido junho o mês de maior movimentação do porto, desde o início da série histórica analisada (janeiro de 2016). Segundo o diretor de Negócios e Sustentabilidade da Docas do Rio, Jean Paulo Castro e Silva, “o bom desempenho do Porto de Itaguaí deve-se à retomada dos patamares de exportação de minério de ferro que não vinham sendo observados desde 2018, capturando o bom momento da commodity no mercado internacional”. O estudo indica ainda que as cinco cargas mais significativas para os portos da Docas do Rio tiveram alta, na comparação do 1º semestre de 2021 com o 1º semestre de 2020, conforme a seguir: minério de ferro (5,5 milhões de toneladas ou +33,3%); carga conteinerizada (618 mil toneladas ou +19,4%); carvão (185 mil toneladas ou +25,8%); minério de ferro pelotizado (83 mil toneladas ou +11,7%); e coque (144 mil toneladas ou +29,4%).
HyperloopTT anuncia novo projeto sustentável para transporte de cargas em portos
A empresa de tecnologia de transportes ultrarrápidos e sustentáveis Hyperloop Transportation Technologies (HyperloopTT) anuncia o lançamento do HyperPort, um sistema de carga de alta velocidade e solução de frete para operadores portuários. Capaz de realizar o transporte de contêineres por centenas de quilômetros em velocidade de avião, suas cápsulas têm capacidade para dois contêineres padrão, ou high-cube de 20 pés, ou um contêiner de 40 a 45 pés, segundo a fabricante.
O HyperPort pode mover 2.800 contêineres por dia em um ambiente fechado, o que elimina passagens de nível. Isso aumenta não só a agilidade da operação, mas também a confiabilidade, eficiência e segurança do trabalhador portuário.
O sistema, desenvolvido em parceria com a Hamburger Hafen und Logistik AG (HHLA), operadora do porto de Hamburgo, na Alemanha, passa por revisão e certificação do design.
Assim como o sistema de transporte de passageiros hyperloop, que está em estudo de viabilidade no Sul do Brasil, o HyperPort não depende de grandes subsídios governamentais para ser adotado.
“O HyperPort traz a nova era do transporte de cargas. Com a mesma tecnologia do nosso sistema de passageiros, adaptada para a realidade dos portos, a solução resolve problemas logísticos, aumenta a capacidade e eficiência e, ao mesmo tempo, diminui a poluição e o congestionamento em portos ao redor do mundo. É uma solução que pode ser implementada em qualquer lugar e traz benefícios econômicos, sociais e ambientais, como a redução da pegada ambiental devido ao seu sistema zero emissões”, comenta o diretor da HyperloopTT na América Latina, Ricardo Penzin.
Porto de Imbituba bate recorde histórico de operação mensal
O Porto de Imbituba fechou julho com uma dupla celebração: fez o melhor resultado operacional mensal de sua história e ultrapassou pela primeira vez as 700 mil toneladas movimentadas em um único mês. Ao todo, foram transportadas 717,8 mil toneladas, um crescimento de aproximadamente 30% em relação ao realizado em julho de 2020. O recorde anterior era de 681,9 mil toneladas, alcançado em maio deste ano. Houve 28 atracações de navios em Imbituba em julho. Os maiores volumes foram de coque, seguido dos granéis agrícolas (farelo de soja, milho, trigo e malte), ureia, hulha betuminosa, contêineres, sal, celulose, soda cáustica e geradores. As importações representaram a maioria das operações (63,3%), seguida das exportações (28,2%) e cabotagem (8,5%).
Estruturas de apoio às balanças – No fim de julho, foram entregues as novas plataformas e escadas de apoio às balanças rodoviárias 1 e 2 do Porto de Imbituba. As estruturas foram construídas em Polímero Reforçado com Fibra de Vidro (PRFV), material com alta resistência à corrosão, indicado para regiões próximas ao mar.
“As novas estruturas trazem um ganho significativo para a proteção dos caminhoneiros durante as atividades de pesagem, e representam um investimento eficiente em materiais adequados ao cenário portuário, alinhando a segurança dos trabalhadores com a sustentabilidade de nossa infraestrutura no longo prazo”, destaca o diretor de Administração e Finanças da SCPAR Porto de Imbituba, Fabrício Debortoli.
Maersk acelera a descarbonização da frota com oito grandes navios neutros em carbono
No primeiro trimestre de 2024, o grupo A.P. Moller – Maersk apresentará o primeiro de uma série inovadora de oito grandes navios porta-contêineres capazes de operar com metanol neutro em carbono. Os navios serão construídos pela Hyundai Heavy Industries (HHI) e têm uma capacidade nominal de cerca de 16.000 contêineres (equivalente a vinte pés — TEU). O acordo com a HHI inclui uma opção para quatro embarcações adicionais em 2025. A série substituirá as embarcações mais antigas, gerando uma economia anual de emissões de CO2 de cerca de um milhão de toneladas.
As embarcações apresentam configuração de motor bicombustível. O gasto de capital adicional (CAPEX) para a capacidade de combustível duplo, que permite a operação com metanol, bem como combustível convencional com baixo teor de enxofre, estará na faixa de 10 a 15% do preço total. Isso permitirá que a Maersk dê um salto significativo em seu compromisso em dimensionar soluções neutras em carbono e liderar a descarbonização da logística de contêineres.
As embarcações serão projetadas para ter um perfil operacional flexível e apresentarão uma configuração de propulsão de metanol desenvolvida em colaboração com fabricantes como MAN ES, Hyundai (Himsen) e Alfa Laval, que representam um aumento significativo da tecnologia do limite de tamanho anterior de aproximadamente 2.000 TEU. Os navios serão classificados pelo American Bureau of Shipping.
Parceria – A Maersk firmou parcerias para produzir combustível verde para o primeiro navio a operar com metanol neutro em carbono. A REintegrate, subsidiária da empresa dinamarquesa de energia renovável European Energy, estabelecerá uma nova instalação para produzir, aproximadamente, 10 mil toneladas de e-metanol que o novo navio consumirá anualmente. “A Maersk trabalhará em estreita colaboração com as empresas no desenvolvimento da instalação. Esta parceria pode se tornar um modelo de como dimensionar a produção de combustível verde por meio da colaboração com parceiros em todo o ecossistema da indústria, proporcionando experiências valiosas à medida que progredimos em nossa jornada para descarbonizar as cadeias de abastecimento de nossos clientes”, afirma Henriette Hallberg Thygesen, CEO da Fleet & Strategic Brands, AP Moller – Maersk. A instalação usará energia renovável e CO2 biogênico para produzir o e-metanol, previsto para começar em 2023. A energia necessária para a produção será fornecida por uma fazenda solar em Kassø, localizada no sul da Dinamarca.
A REintegrate possui um histórico comprovado de produção de combustível verde com um laboratório de testes em Aalborg. A nova instalação será sua terceira instalação de e-metanol, já que eles também estão construindo uma nova instalação em Skive, com previsão de início em 2022.
Porto do Açu alcança recorde histórico de movimentação no Terminal Multicargas
O Porto do Açu alcançou recorde histórico de volume de movimentação no Terminal Multicargas. De janeiro a junho de 2021, foram 804 mil toneladas movimentadas, número maior do que o registrado durante todo o ano de 2019, até então o recorde de movimentação do terminal.
A operação que marca este resultado foi finalizada em 1º de julho, com a movimentação de 51,5 miltoneladas de granel mineral, pelo Navio Bulk Destiny, vindo de Houston (EUA), com destino a cimenteiras localizadas em Minas Gerais e no Rio de Janeiro.
No último semestre, o T-MULT bateu recordes de movimentação mensal em dois meses: janeiro, com 165 mil, e maio, com 170 mil toneladas, reforçando a evolução contínua de resultados do terminal.
Operadores de VTS certificados internacionalmente – Profissionais do Porto do Açu, que já integravam a equipe do Centro VTS (Serviço de Tráfego de Embarcações) do complexo portuário, no Norte do Estado do Rio de Janeiro, foram os primeiros operadores de VTS da América do Sul a participar de um treinamento virtual para operação do sistema de monitoramento aquaviário. O curso inédito em modo remoto possibilitou a qualificação dos colaboradores, que, até então, tinham seus cursos ministrados por instituição brasileira, credenciada pela Autoridade Marítima Brasileira, que suspendeu os cursos presenciais durante a pandemia. Os três operadores do Açu estavam em uma das primeiras turmas virtuais da divisão de treinamento e consultoria do Australian Maritime College, um instituto especializado da Universidade da Tasmânia, que capacita profissionais de portos como Brisbane, Sydney e Melbourne, credenciado junto à Autoridade Marítima da Austrália (AMSA). O grupo teve dez dias de aulas teóricas sobre gerenciamento de tráfego marítimo, operação de equipamentos e atuação em casos de emergência, além de atualização sobre regulações e normas de procedimento. Os operadores também tiveram a oportunidade de colocar em prática o que aprenderam, usando simuladores, interagindo com colegas e instrutores de outros países. O Porto do Açu é o primeiro do país a contar com VTS, e o único porto privado que possui o sistema. O Centro VTS realiza monitoramento do tráfego aquaviário no Açu desde 2015. O desafio técnico prioritário é manter o serviço em conformidade com o exigido pela Autoridade Marítima, ampliando a segurança das operações. Por conta de sua operação ininterrupta e diligente, o Centro VTS já evitou acidentes na sua área de competência, bem como auxilia a Autoridade Marítima na divulgação de informações SAR (busca e salvamento). A contribuição do VTS para o ordenamento do tráfego aquaviário no Porto do Açu pode ser traduzida em números: no último ano, o sistema possibilitou a realização de mais de 7mil manobras de entrada e saída de embarcações sem acidentes ou fatos da navegação.
Inovações no Porto Sem Papel garantem mais eficiência ao setor portuário
O Porto Sem Papel (PSP), sistema criado pelo Governo Federal para modernizar os portos brasileiros, acaba de ganhar cinco novas funcionalidades que garantem maior eficiência e economia nas operações portuárias. Apenas uma delas já deve gerar uma economia anual de cerca de R$ 2,6 milhões para o setor portuário.
Desenvolvido pelo Serpro, o programa é uma parceria do Ministério da Infraestrutura, por meio da Secretaria Nacional de Portos e Transportes Aquaviários (SNPTA), e a Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia.
“O sistema é, sem dúvida, importante para os portos brasileiros, pois controla o acesso das embarcações na nossa costa. Este pacote de evoluções implementado mostra que o Governo Federal e o Serpro estão trabalhando fortemente para destacar a posição do Porto Sem Papel no cenário da transformação digital. São melhorias que garantem mais eficiência, economia e facilidade para o setor portuário e seus usuários”, avalia a consultora de negócios do Serpro, Caroline Almeida, uma das responsáveis pela tecnologia.
Inovações – A principal novidade é a unificação dos logins do PSP e do Portal Único de Comércio Exterior (Pucomex). Com o mesmo login, o usuário acessa os dois sistemas por um único caminho. “A mudança vai gerar mais eficiência para a realização das operações portuárias. Elas fazem parte de um conjunto de iniciativas com o objetivo de modernizar e digitalizar cada vez mais os portos brasileiros”, destacou o secretário nacional de Portos e Transportes Aquaviários, Diogo Piloni.
Outra funcionalidade, chamada de “Parceiros da Estadia”, tem o potencial de gerar uma economia anual de cerca de R$ 2,6 milhões ao setor portuário. Ela permite que a agência de navegação, responsável por criar o Documento Único Virtual (DUV), conceda autorização para que empresas possam adicionar alterações em documentos, como solicitar ingressos a bordo ou, ainda, cadastrar tripulantes e passageiros.
Já a integração ao sistema da Marinha para pagamento da Tarifa de Utilização de Faróis (Sistuf) traz mais agilidade ao processo de download da Guia de Recolhimento da União (GRU) e à geração do termo de compromisso. Com a funcionalidade, os agentes têm um ganho de tempo de cerca de 2,8 meses por ano.
Uma segunda integração, essa com o Sistema de Informações Sobre o Tráfego Marítimo (Sistram), permite à Marinha do Brasil um maior controle sobre as embarcações, seja em trânsito ou atracadas em portos brasileiros.
Por fim, foi criada uma funcionalidade que permite a avaliação dos serviços do Porto Sem Papel pelos agentes de navegação. Com ela, os usuários podem apontar melhorias e sua satisfação com o sistema.
Porto do Itaqui cresce 32% no primeiro semestre de 2021
Com mais de 15 milhões de toneladas de cargas movimentadas no primeiro semestre deste ano, o Porto do Itaqui cresceu 32% em relação ao mesmo período de 2020. A maior alta foi registrada nas cargas de granéis líquidos, com 90% acima do que foi movimentado nos seis primeiros meses do ano passado. Se considerarmos somente as operações de entreposto, o aumento chegou a 441%. Também houve aumento na movimentação de soja (19%) e de carga geral (7%). O volume registrado nessa metade do ano corresponde a 80% do total planejado para o ano em granéis líquidos, 53% em granéis sólidos e 52% em carga geral. Só em junho passaram pelo porto público do Maranhão 2,8 milhões de toneladas de cargas, um volume 19% superior ao que foi movimentado em junho de 2020. Os granéis líquidos cresceram 143%. Já as quase 330 mil toneladas de fertilizantes movimentadas quebraram o recorde mensal anterior, alcançado em agosto de 2019, quando foram importadas 310 mil toneladas desse tipo de carga.
Expectativa – Considerado um dos principais portos do agronegócio brasileiro e hub de combustíveis da região Centro-Norte do país, o Porto do Itaqui firma-se também como referência em gestão e eficiência operacional. Tanto que, ainda no primeiro semestre de 2021, o Porto subiu mais um degrau e agora está no top quatro dos portos públicos em movimentação de cargas, de acordo com o ranking da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).
Os números do semestre fortalecem a tendência de fechar 2021 com mais de 27 milhões de toneladas movimentadas (o volume planejado para o período é de 26,3 milhões de toneladas). A movimentação de soja ficou dentro do esperado e deve chegar ao final do ano acima dos 13 milhões de toneladas, somando as operações do Tegram e da VLI, que em 2020 totalizaram 12,1 milhões de toneladas. O crescimento no volume de granéis líquidos também confirma as projeções e deve continuar em alta em curto e médio prazos, com a conclusão das obras do Tequimar-Ultracargo (ainda neste ano), ampliação do Terminal da Granel Química e o recente arrendamento de mais quatro áreas para movimentação, armazenagem e distribuição de combustíveis.
Investimentos – Foram assinados, em agosto último, os contratos de arrendamento de quatro novos terminais destinados à movimentação, armazenagem e distribuição de granéis líquidos no Porto do Itaqui. Dos quatro terminais leiloados, três foram arrematados pela Santos Brasil Participações – que marcam a entrada da empresa no segmento de granéis líquidos –: IQI03, IQI11 e IQI12. O IQI13 ficou com a Ultracargo. O investimento total dos empreendimentos é de mais de R$ 800 milhões. Serão ampliados dois terminais que já estão em operação e construídos dois novos, o que praticamente vai dobrar a capacidade de armazenamento de combustíveis do Porto do Itaqui. As áreas arrendadas integram o planejamento estratégico da EMAP – Empresa Maranhense de Administração Portuária e foram disponibilizadas para exploração de investidores privados por meio de contratos de arrendamento. Ao final do prazo contratado – um período de 20 anos, prorrogáveis por no máximo 70 anos – os terrenos temporariamente cedidos são devolvidos à administração pública.
Porto Itapoá finaliza o primeiro semestre com aumento de 40% nas importações e de 11% na movimentação de contêineres
O Porto Itapoá registrou um aumento de 41,3% nas importações no primeiro semestre de 2021. Foram quase 70 mil contêineres, contra 48 mil no mesmo período de 2020. As exportações tiveram um peso menor, mas ainda assim foram 8,5% maiores que o mesmo período do ano anterior: quase 50 mil contêineres em 2021 contra 45 mil em 2020.
Nas cargas de cabotagem houve um crescimento de 9,7%. Foram mais de 15 mil contêineres neste primeiro semestre de 2021, contra pouco mais de 13 mil movimentados neste período em 2020. Considerando a movimentação total, o Porto Itapoá teve um aumento de 11,3%: 238 mil contêineres em 2021 contra 214 mil nos primeiros seis meses de 2020.
Do total de cargas movimentadas pelo Porto Itapoá cerca de 50% são de empresas de outros estados que buscam a eficiência do Terminal catarinense, principalmente para a importação de eletrônicos, entre outros itens. A outra metade da movimentação é de cargas de empresas de Santa Catarina, incluindo automóveis e autopeças, motores elétricos, metalmecânica, linha branca e exportação de carga frigorificada, atendendo a forte agroindústria do Estado. Outra operação em que o Porto Itapoá vem sendo reconhecido é o de cargas especiais chamadas BreakBulk, como foi o caso da exportação de duas lanchas de grande porte para os Estados Unidos.
Investimentos – Os investimentos no complexo portuário da Babitonga, onde está o porto, devem incluir a dragagem de aprofundamento do canal de acesso à baía até 2022. Essa obra vai ampliar de 14 metros para 16 metros a profundidade do calado dos navios, permitindo receber grandes embarcações de até 400 metros.
Com essa demanda crescente, o Porto Itapoá já planeja a nova etapa de expansão que está orçada em R$ 1,5 bilhão e tem previsão de conclusão em cinco anos. Com isso, a capacidade de movimentação anual de até 1,2 milhão de TEUs (unidade de medida de contêineres) vai superar a marca de 2 milhões de TEUs por ano.
Wilson Sons implementa projeto inédito de estufagem de trigo em contêineres no Tecon Rio Grande
A Wilson Sons, em conjunto com parceiros logísticos, implementou um projeto inédito no Tecon Rio Grande: o de estufagem de trigo a granel em contêineres. O trigo é acondicionado diretamente no contêiner, o que gera uma série de vantagens tanto para os produtores quanto para os clientes compradores. O projeto, em parceria com as empresas Gomes e Marques, Aliança Navegação e Suporte Corretora, já está em funcionamento com cabotagem ao Amapá. Esse modelo operacional tem um grande potencial também para a exportação de trigo a granel em contêiner.
A estufagem em contêiner abre a possibilidade de produtores alcançarem e captarem novos mercados, uma vez que não é necessário o afretamento de um navio com o produto, como ocorre no caso do granel. Isso beneficia os produtores menores que, com menores investimentos e mesmo em períodos de entressafra, conseguem atingir mercados distantes. Além do acesso a mercados alternativos, outros benefícios da modalidade são o menor índice de perda de grãos e o baixo custo em despesas extras, além da independência das condições climáticas para sua realização.
A operação de estufagem é realizada com um basculador de contêiner. Nos casos em que o trigo chega em carretas graneleiras, o material é tombado numa moega e transferido para um silo, sendo, na sequência, realizado o carregamento do contêiner de forma direta.
Gustavo Leite, diretor da Suporte Corretora, consultoria de grãos que presta apoio a cerealistas e cooperativas, relata que uma das vantagens da estufagem é a flexibilidade do embarque, que permite o envio de mercadorias com uma frequência muito maior que em uma operação granel. Outro benefício é a possibilidade de expandir negócios. “A logística em contêiner permite a descarga em portos alternativos, possibilitando a expansão da oferta a outros clientes. Realizamos a primeira operação com um embarque para Santana, no Amapá, e justamente por ser nesta modalidade se viabilizou o acesso a um novo cliente”, conta.
Outro ponto positivo é a confiabilidade do produto, já que não há perda de identidade. No caso do granel, padrões de diferentes qualidades enchem o silo graneleiro. “A segregação do produto é um aspecto importante na estufagem, pois garante que não se perca identidade do grão e permite rastreabilidade do produto, reduzindo riscos de contaminação”, diz Leite.
O Tecon Rio Grande tem serviços semanais, tanto de cabotagem como de longo curso, possibilitando acesso ao trigo gaúcho para todos os continentes. “Isso é um grande diferencial para o segmento de grãos, já que abre a possibilidade de operar com um estoque menor, ou seja: embarques fracionados, maior giro da mercadoria e ganho de fluxo de caixa”, finaliza Paulo Bertinetti, diretor-presidente do Tecon Rio Grande. Seal Sistemas
Como parte do movimento para reforçar sua atuação como integradora de soluções completas para toda a cadeia de distribuição, a Seal Sistemas anuncia duas contrataçóes. A primeira é de Marco Aurélio Prometti como diretor Comercial. O executivo também será Head da Seal Logistics – unidade de negócios dedicada à oferta, implementação e sustentação de tecnologias avançadas para o mercado logístico. Prometti liderou divisões comerciais e de compras, logística e Supply Chain em companhias como Alpargatas, Xerox, Grupo Pão de Açúcar, Grupo Cencosud, Grupo MGB e Mambo. Ele é graduado em administração, com pós-graduação em marketing pela ESPM e MBA pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). A segunda contratação é de Emerson Felipe, como diretor Comercial para a nova vertical de negócios, dedicada ao mercado de educação. Felipe tem quase 20 anos de experiência em áreas como serviços de facilities, segurança da informação, tecnologia, marketing, vendas e varejo. Graduado em sistema da informação e administração de empresas, atuou na gestão de projetos de grandes multinacionais de aviação, transporte, petróleo e mineração, além de acumular premiações concedidas por algumas das maiores empresas globais de tecnologia.