De reversa a meios de transporte não poluentes: com foco em ESG, empresas investem na preservação do meio ambiente

12/08/2021

A estratégia ESG – Environmental, Social and Governance, ou, em português, Ambiental, Social e Governança, tem incentivado várias ações que, além de buscar mitigar os efeitos da mudança global do clima, colocam as empresas em destaque no mercado.

 

Viveo define novo projeto e avança em iniciativas ESG na área da saúde

Com base no propósito de “Cuidar de Cada Vida”, a Viveo conduziu um profundo estudo para desenvolver o trabalho com foco em ESG e está investindo R$ 20 milhões em iniciativas com o objetivo de ter uma matriz energética mais limpa e em ações que contribuem com o meio ambiente e com toda a sociedade. A companhia prevê que mais R$ 15 milhões sejam investidos anualmente nos próximos três anos.

O estudo definiu 12 temas principais e quatro pilares de atuação, que se relacionam com toda a organização e seus stakeholders: Gestão Íntegra, Desenvolvimento Humano, Ecoeficiência e Soluções para Sustentabilidade.

A Viveo atua na distribuição, no abastecimento e atendimento dos principais prestadores de serviços de saúde, como hospitais, clínicas, laboratórios, home cares, entre outros. A empresa atende atualmente todos os hospitais particulares do Brasil e consegue chegar a 80% desses leitos em até 24 horas.

Na verdade, a Viveo reúne mais de 11 empresas, que atuam desde a fabricação e distribuição de materiais e medicamentos, até gestão de seus clientes: Mafra Hospitalar, Tecnocold Vacinas, Diagnóstica Cremer, Byogene, Biogenetix, Vitalab, Heath Log, Cremer, Flexicotton, Far.me e Daviso. É dona das marcas Cremer, Topz e Embramed.

Frota Verde – A empresa também está investindo em uma frota verde, e já adquiriu quatro caminhões 100% elétricos da JAC Motors, que já estão em processo de fabricação e chegarão em breve. Nos próximos três anos, a Viveo irá substituir o last mile de toda frota de veículos que atendem a grande São Paulo por veículos elétricos. Como referência, um veículo diesel equivalente a este emite 600 gramas de CO2 por km na atmosfera e esta ação tem o objetivo de reduzir em 100% esta emissão.

Pensando em toda a frota da área comercial, que contempla aproximadamente 200 veículos, a Viveo fez uma parceria sustentável com a Movida. Esta é uma iniciativa que consiste em neutralizar as emissões de gases de efeito estufa geradas nos contratos de locação por meio do plantio de árvores nativas no corredor de biodiversidade do Rio Araguaia, um dos maiores corredores de natureza do mundo.

Embalagens – Ainda em termos de logística, outra estratégia já aprovada é a substituição das embalagens EPS (Isopor) e ER (Elemento Refrigerante) no modal rodoviário, que são utilizadas para o transporte de medicamentos e vacinas e distribuídas por meio da Health Log ­– Operadora Logística da Viveo que mantém mais de 90.000 m² de Centros de Distribuição e frota com mais de 200 veículos com ampla cobertura nacional, além de serviços de armazéns gerais e transportes para toda a cadeia de saúde. Estas embalagens serão substituídas por embalagens retornáveis com tecnologia de PCM (Phase Change Material), contribuindo com a redução de resíduos para o setor da saúde.  A empresa estima que a substituição irá reduzir anualmente mais de 10 toneladas de resíduos sólidos.

 

Americanas amplia frota ecoeficiente com carros elétricos e encerrará 2021 com 500 veículos

A Americanas S.A. iniciou a operação com automóveis elétricos no mês de julho último. Com o novo modal, a companhia prevê encerrar o ano com uma frota ecoeficiente de mais de 500 veículos. Além dos automóveis, a frota também será composta por 150 tuk-tuks e 170 bicicletas comuns e elétricas que atuam no last mile.

A iniciativa contribui para as metas da Americanas de ter 10% do total de entregas ecoeficientes em 2021 e de neutralizar as emissões de carbono de toda a companhia até 2025. Os compromissos fazem parte da estratégia ESG da Americanas para mitigar os efeitos da mudança global do clima, tema do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 13 da Agenda 2030 da ONU.

“A Americanas quer ser um player que ajuda a construir a logística do futuro. Os veículos elétricos são mais um importante passo na estratégia de sustentabilidade da companhia e uma alternativa logística para a redução das emissões de carbono, contribuindo para o movimento de transição para uma economia de baixo carbono”, explica Welington Souza, diretor da LET’S, plataforma de logística e fulfillment da Americanas “Com a nova operação, vamos evitar a emissão de mais de 350 toneladas de CO2 equivalente no meio ambiente entre junho e dezembro deste ano”, complementa.

Nova frota – A nova frota de carros elétricos para transporte de cargas contará, inicialmente, com 80 utilitários que atuarão nas áreas metropolitanas de São Paulo, em Campinas e Ribeirão Preto, além da cidade do Rio de Janeiro. Até dezembro deste ano, chegarão outros 100 automóveis, que permitirão expandir a operação da frota elétrica para outras praças, como Belo Horizonte, Curitiba, Recife e Porto Alegre.

Testes realizados pela companhia mostram que cada veículo deste tipo possui autonomia de 200 km a 250 km com uma carga completa de bateria, o suficiente para um dia e meio de operação. “Além dos ganhos ao meio ambiente, os veículos elétricos têm um custo menor de operação. Os gastos com ‘combustível’ chegam a uma redução de 90%, dependendo da faixa de horário do carregamento”, comenta Welington. Outra vantagem apontada é a manutenção do motor que, por ser elétrico, não tem peças mecânicas, óleo, atrito.

Os investimentos na iniciativa incluem a compra de veículos, locação de carregadores e carros elétricos, software de gestão, equipes de motoristas e gestão da frota, e adequação da infraestrutura. A companhia está realizando adaptações em 21 hubs “last mile” nas cidades previstas, incluindo cabeamento de média tensão de energia nos Centros de Distribuição e a implementação da tecnologia para gestão da frota.

A chegada da nova frota de automóveis elétricos irá gerar cerca de 200 oportunidades diretas e indiretas de emprego, incluindo uma equipe dedicada a gerir toda a frota. Os motoristas dos veículos receberão capacitação especial e serão beneficiados por guiar modelos de carros que oferecem maior conforto e ergonomia.

Bicicletas e tuk-tuks elétricos – A Americanas vem cada vez mais investindo em iniciativas ecoeficientes de entrega. Em 2020, a companhia atingiu o marco de 1,8 milhão de entregas com bicicletas e adquiriu uma malha própria de bikes elétricas que operam hoje nas principais capitais do país.

Neste ano, a companhia também anunciou o início da operação com 90 tuk-tuks elétricos nas principais capitais das regiões Sul, Sudeste e Nordeste, e com caminhões movidos a biometano e gás natural, com capacidade para transportar até 23 toneladas de carga.

 

Grupo Moura integra o e-Delivery

O Grupo Moura é parte do e-Consórcio, projeto revolucionário liderado pela Volkswagen Caminhões e Ônibus (VWCO) que impulsionará a produção de caminhões elétricos no Brasil. A empresa é responsável por fornecer os sistemas de baterias de lítio e seus componentes, em parceria com a chinesa Contemporary Amperex Technology Co. Ltd. (CATL), para os novos veículos. Além de garantir o processo de manutenção e pós-vendas, provendo um atendimento local e de qualidade de assistência técnica.

Produzidos em Belo Jardim, PE, com componentes CATL e também com componentes nacionais, os sistemas de baterias atenderão aos modelos e-Delivery de 11 e 14 toneladas. A bateria utiliza a química Lítio, Ferro e Fosfato (LFP), que, segundo a fabricante, se destaca por seu maior tempo de vida útil e maior densidade energética, além de ampla capacidade para suportar ciclos profundos (recargas totais após descargas completas). Tudo isso sem promover oscilações em seu desempenho.

Após a produção em Pernambuco, os sistemas seguem para a fábrica da VWCO em Resende, RJ, onde a Moura está na linha de produção do caminhão, como parte do Consórcio Modular da empresa. As equipes destinadas para o processo foram treinadas para as demandas específicas da propulsão elétrica, tais como montagem da bateria e comissionamento do veículo de alta voltagem – que é quando o veículo elétrico é energizado pela primeira vez, exigindo procedimentos específicos para lidar com tensões superiores a 600 V.

Além de toda produção dos sistemas, a Moura, junto com a VWCO, também deverá viabilizar a destinação final adequada e/ou reciclagem das baterias ao fim da sua vida útil. “A Moura será a responsável por toda cadeia envolvendo as baterias de lítio: do suporte técnico ao projeto, logística e importação de componentes, montagem dos sistemas de baterias e sua instalação nos veículos na fábrica da VWCO seguida da energização dos caminhões, assistência técnica e destinação final”, destaca Fernando Castelão, diretor da divisão de lítio da Moura.

 

Frota da RTE Rodonaves agora conta com caminhões 100% elétricos

No final de 2020, a RTE Rodonaves realizou os primeiros testes com caminhões 100% elétricos, na cidade de São Paulo, em parceria com a JAC Motors. Após os resultados iniciais, a empresa adquiriu seis unidades para integrar a sua frota a partir de maio de 2021.

O modelo iEV1200T está equipado com bateria de fosfato de ferro-lítio de 97 kWh e sistema de regeneração de energia das frenagens e desacelerações por meio do i-Pedal, além de contar com propulsor elétrico, que chega à velocidade máxima de 90 km/h e gera 177 cv de potência.

O caminhão possui homologação para uma autonomia de até 250 quilômetros, de acordo com o padrão europeu NEDC, com emissão zero de CO2. Atrelado a isso, o modelo oferece praticidade, pelas dimensões reduzidas, conforto, baixo custo operacional e de rodagem, tendo capacidade para 7,5 toneladas.

“Estamos confiantes de que a aquisição desses seis veículos elétricos seja o primeiro passo para uma modernização de frota mais verde e cada vez mais sustentável. Caminhamos para um futuro mais responsável e sustentável ambientalmente, e isso é cada vez mais necessário”, afirma João Naves, fundador e presidente do Grupo Rodonaves.

 

 

Reiter Log investe em recursos ecologicamente responsáveis

Para minimizar os impactos de CO2 e continuar a busca pela eficiência energética, a gaúcha Reiter Log, que atua com operações logísticas e transporte de cargas, realizou a compra de 120 caminhões Scania movidos a GNV. Isso representou a maior compra da América Latina de veículos com combustível sustentável.  Segundo Vanessa Pilz, diretora comercial e de ESG da Reiter Log, mesmo que o custo de investimento de uma frota sustentável ainda seja elevado, a empresa acredita e aposta que esse é o caminho para um mundo melhor que está continuamente sendo construído. “Além disso, a Reiter sempre buscou ser a solução para que os clientes atinjam suas metas e compromissos globais também nessa área. Num mundo que é necessário cocriar, apenas juntos podemos encontrar soluções sociais e ambientais para a construção desse melhor futuro”, avalia.  Outro ponto que destaca esse princípio da Reiter Log é a construção da nova matriz e Centro de Distribuição da empresa em Nova Santa Rita, RS. Com investimento de mais de R$ 140 milhões, a empresa adquiriu uma área de mais de 130 mil metros quadrados junto ao Velopark, às margens da BR-386. A construção da nova sede, que tem previsão de inauguração em dezembro de 2021, está sendo pensada para atender a todos os princípios de sustentabilidade.  “O objetivo é alinhá-la com os preceitos da gestão de ESG da empresa, a otimização de recursos hídricos e energia, assim como dar continuidade à já aplicada política de redução de CO2”, explica Vanessa, que também lembra que desde a fundação da empresa isso é uma aposta.  Tanto é que foi pioneira no investimento em veículos 100% GNV em 2014 e a partir de 2015 iniciou uma operação dedicada para a Unilever na distribuição urbana com veículos a etanol. No mesmo ano, por sinal, a empresa passou a utilizar o Mercado Livre de energia. Neste ano, a aposta está no investimento em veículos híbridos GNV/Diesel, 100% GNV e elétrico em sua frota.  Segundo Vinícius Reiter Pilz, CEO da Reiter Log, o investimento vai além do Centro de Distribuição ou da frota. A empresa concretizou uma parceria com a GEO Energética a fim de realizar um mapeamento de biogás. A aposta da Reiter Log é desenvolver projetos customizados que tragam ganhos econômicos, sociais e sustentáveis. “Sustentabilidade se trata de um tripé. Por isso, acreditamos que a economia e o meio ambiente precisam andar juntos”, conclui.

 

 

Adelbras, fabricante de fitas adesivas, tem na logística reversa um dos principais valores

Alinhada com a busca permanente por operações mais sustentáveis e de responsabilidade ambiental, a Adelbras, que produz e distribui fitas e produtos adesivos, segue as diretrizes do Plano Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), com uma meta média e mensal de 22% de logística reversa das embalagens geradas.

“Entendemos que é importante nosso posicionamento com relação ao assunto e esclarecemos ao mercado que a logística reversa faz parte de nossos grandes temas e valores, como, ainda mais importante, é tomarmos ações concretas neste sentido, como é a parceria com o selo Eureciclo que mantemos desde fevereiro de 2021”, revela Marcos Chohfi, gerente de marketing da Adelbras. É preciso ressaltar que o selo Eureciclo comprova a logística reversa de embalagens pós-consumo através de uma plataforma de rastreamento de notas fiscais emitidas por cooperativas e operadores de reciclagem parceiros.

 

 

Furgão da BYD é destaque no emplacamento de veículos elétricos

Os veículos elétricos já são realidade na Europa, EUA e na Ásia, e esta tendência está ganhando espaço no mercado brasileiro. A prova disso é o balanço entregue pela Associação Brasileira de Veículos Elétricos – ABVE, que mostrou que no primeiro semestre de 2021 o crescimento das vendas foi de 84% em relação ao ano anterior, levando ao emplacamento de 13.899 novos veículos. No mês de junho, o crescimento foi de 13% em relação a maio, com 3.507 novos emplacamentos.

Pela primeira, o veículo elétrico mais emplacado no Brasil foi um comercial leve, o Furgão BYD eT3. Em junho, a BYD emplacou no país 82 furgões BYD eT3. Estes veículos foram destinados à TB Green, empresa de soluções integradas de locação de frotas verdes, fornecimento de mão de obra e gestão de resíduos e limpeza urbana.

Os veículos serão operados por empresas de e-commerce focadas na logística verde em São Paulo e no Rio de Janeiro. Carlos Roma, diretor Geral da TB Green, acredita que “a adoção dos 100% elétricos será inicialmente puxada por corporações que busquem de fato cumprir com o ESG, que tenham aplicações de serviço 24/7, que estejam abertas para abastecê-los com energias limpas como a fotovoltaica, e que aqui na TB Green chamamos de projeto ‘Sun to Wheel’. Não é apenas o veículo elétrico, formamos internamente os Green Pilots que pertencem às minorias sociais, dirigem de forma eficiente e dão exemplo de cidadania e comportamento correto no trânsito”.

Já de acordo com Adalberto Maluf, diretor de Marketing e de Sustentabilidade da BYD, “de um lado, governos locais criam incentivos para a logística verde e, de outro, as empresas vêm fortalecendo sua agenda ESG, com a mobilidade elétrica sendo uma das melhores formas de reduzir emissões e construir um ambiente urbano mais limpo e saudável a todos”.

 

VW Caminhões e Ônibus já iniciou as vendas do e-Delivery. Com destaque para a Coca-Cola FEMSA Brasil

A Volkswagen Caminhões e Ônibus iniciou oficialmente, no dia 13 de julho último, as vendas em concessionários autorizados do primeiro caminhão 100% elétrico, o novo VW e-Delivery, nos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo. Inicialmente oferecido nas versões de 11 e 14 toneladas de peso bruto total, o e-Delivery já chega às lojas com uma encomenda de peso: a Coca-Cola FEMSA Brasil adquiriu um lote de 20 unidades do modelo de 14 toneladas.

“Saudamos a Coca-Cola FEMSA Brasil, que atua em 48% do território brasileiro, pela iniciativa da primeira compra neste lançamento, que vai revolucionar o transporte urbano de cargas”, comemora Roberto Cortes, presidente e CEO da Volkswagen Caminhões e Ônibus.

Com a aquisição, a Coca-Cola FEMSA Brasil reforça seu pilar de sustentabilidade e a estratégia de mobilidade sustentável, que tem por objetivo reduzir o impacto da distribuição de bebidas. “Nosso objetivo é sermos líderes em mobilidade sustentável, gerando uma redução significativa na emissão de poluentes. Essa iniciativa se soma a outras ações de eficiência e tecnologia já adotadas ao longo dos últimos anos em nossas operações”, ratifica Ian Craig, CEO da companhia, acrescentando que as 20 unidades do e-Delivery vão entrar em operação até o fim deste ano.

Os novos modelos farão com que a Coca-Cola FEMSA Brasil deixe de emitir 12,6 toneladas de dióxido de carbono ao ano, impacto equivalente ao plantio de 2.232 árvores.

 

Porto Seguro adota guinchos elétricos

Em 2020, a Porto Seguro colocou em funcionamento, em São Paulo, SP, o primeiro guincho elétrico do Brasil – que, em 2021, já teve a frota expandida para cinco veículos –, fabricados pela JAC Motors. “Essa ação reforça o compromisso da empresa em aprofundar seu comprometimento com a gestão ambiental, controlando suas emissões de CO2”, salienta o presidente da empresa, Roberto Santos.

Ele também aponta que um dos benefícios do automóvel totalmente movido a energia elétrica é a redução das emissões de CO2, que são 96% menores, quando comparado ao guincho movido a óleo diesel. “São 1,8 toneladas de CO2 contra 41,9, registrados nos guinchos convencionais. São necessárias 12 árvores para neutralizar as emissões do novo veículo ,enquanto o guincho tradicional necessita de 245.”

Outra iniciativa da empresa foi a instalação de 30 pontos de recarga para veículos elétricos em lojas pelo Estado de São Paulo. O serviço é gratuito para clientes e não-clientes da Porto Seguro, compatíveis com tomada tipo T2, presente em 90% da frota nacional de veículos elétricos.

Porém, muito mais foi feito pela Porto Seguro para reduzir ainda mais o impacto ambiental da emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE) associadas aos veículos que prestam atendimento aos segurados. A empresa possui iniciativas como o Programa Hora da Terra e a utilização de placas solares, responsáveis pela redução de 101 t CO2 e (toneladas de gás carbônico equivalente) de emissões nos escopos 1 e 2 (que tratam de emissões diretas de geradores, veículos e ar condicionado; e indiretas, causadas pelo consumo de energia elétrica) e outras 18.041 t CO2 no escopo 3 (emissões decorrentes das atividades da empresa, mas de fontes que não são controladas ou não pertencem a ela).

O projeto de Logística Reversa destinou 10.279 itens à venda através do Porto Arremate e 2.086 itens em bom estado foram doados para as instituições cadastradas. Foi registrada, ainda, uma adesão de 98% dos Centros Automotivos Porto Seguro (CAPS) em um projeto de diagnóstico ambiental, como destinação dos resíduos de suas operações, dos quais 75% das unidades avaliadas apresentaram melhoria.

 

VLI recicla 50 mil toneladas de sucata metálica entre 2020 e 2021

Para reutilizar matérias primas e evitar o uso de novos recursos naturais em etapas de fabricação, além de contribuir com a geração de economia circular, a VLI – companhia de soluções logísticas que opera terminais, ferrovias e portos – recicla periodicamente sucata metálica. Do ano passado até maio de 2021 destinou 50 mil toneladas do produto à reciclagem.

O especialista em Educação Ambiental da VLI, Itamar Lucas Magalhães, ressalta que a empresa segue a Política Nacional de Resíduos Sólidos, que preconiza a reciclagem. E faz isso em toda a sua operação. “A empresa tem o compromisso de seguir as premissas da Política Nacional de Resíduos Sólidos e os materiais reciclados não se restringem à sucata metálica, que é inerente à operação da companhia. Essa sucata é vendida e, a grande importância, é fomentar a economia circular, dando novos usos a esse material”, explica.  A empresa também recicla papel, plástico e papelão, dentre outros.

Conforme o analista administrativo da VLI, Lucas Domeniquine Dorazio, a reciclagem de sucata metálica ocorre na companhia desde que ela surgiu. “Com essa ação, conseguimos captar receita e ajudar no resultado da empresa por meio de materiais metálicos. Temos contribuído muito com o mercado, pois oferecemos metais que, por sua vez, se transformam em ferro para construção civil.”

O próprio vagão do trem, quando é disponibilizado para venda, tem o mesmo destino da sucata. “Cortamos o vagão e o vendemos para o ciclo de ferros. Chapas são produzidas e farão parte do vagão novamente. Ele volta renovado”, explica.

 

Empresa de logística reversa cresce seis vezes ao trabalhar práticas de ESG em grandes empresas

A Trashin, empresa de logística reversa que realiza gestão de resíduos 360º, cresceu cerca de seis vezes em menos de dois anos. O trabalho já vinha em uma curva ascendente, mas a aceleração veio quando as métricas ESG começaram a ganhar cada vez mais relevância no mercado, tornando as principais atividades da startup necessárias dentro das organizações.

Nascida em Porto Alegre, RS, a Trashin atua em sete estados brasileiros, prestando serviços de sustentabilidade para organizações que querem potencializar suas ações e medir os impactos ambientais, sociais e de governança – métricas ligadas às exigências da ESG.

Além da logística reversa, a startup também opera com a gestão de resíduos, promovendo a economia circular. “Nessas linhas de atuação, temos grandes clientes, como SAP, Unimed, Unilever, P&G, Alpargatas, Sicredi, Shopping D e ESPM”, conta Sérgio Finger, fundador e CEO da empresa.

Com uso da tecnologia, a Trashin torna o processo de gestão de resíduos e de logística reversa das empresas mais fácil e intuitivo. Por meio de um sistema online, disponibiliza ao cliente o total controle sobre as ações de sustentabilidade que ajudam a melhorar os índices exigidos pelas métricas ESG.

“É importante para as empresas ter acesso a todos esses dados, como extrato de coletas, triagens e aproveitamento para a emissão de relatórios e indicadores de sustentabilidade. Por isso, nós disponibilizamos essas informações online para que o cliente possa acessá-las a qualquer momento”, enfatiza Finger.

Estes indicadores, que estão disponíveis no Sistema Online Trashin, podem não só serem formatados para uso em materiais de ESG, como também para GRI – (Global Reporting Initiative).

“A produção do relatório ESG e todas as circunstâncias que o cercam podem representar uma grande vantagem competitiva e um modo inteligente de aprimorar processos e práticas dentro de qualquer empresa, em qualquer setor”, enfatiza Renan Vargas, sócio-fundador da Trashin.

O ‘boom’ que o ESG teve no mercado não foi surpresa para os fundadores da Trashin. Desde o começo da trajetória no sul do Brasil até a chegada em importantes empresas nacionais, eles já percebiam que o tema não era uma moda passageira. “As empresas já estão mais conscientes de sua importância e estão buscando, cada vez mais, ações de sustentabilidade em longo prazo”, aponta Renan, que está liderando pesquisas e estudos sobre ESG na empresa.

De acordo com um relatório da Itaú Asset, as empresas que adotam o ESG conseguem aumentar seu lucro, diminuir custos, reduzir problemas legais, ampliar a produtividade e, ainda, potencializar seus investimentos.

O diretor de marketing da Trashin, Gustavo Finger, afirma que é possível trabalhar com logística reversa de forma escalável sem deixar de prestar um serviço customizado para cada organização. “Neste cenário é preciso atuar de maneira integrada e de acordo com a cultura de cada empresa”.

Gestão de resíduos – Segundo o CEO da Trashin, a gestão de resíduos pode ser a porta de entrada para as empresas que querem implementar o ESG. Dessa forma, consegue integrar os três principais pilares do conceito: o impacto ambiental positivo por meio da destinação correta de resíduos; a geração de valor e renda para os cooperados, sendo este o aspecto social relacionado ao processo; e as métricas, KPI’s, metas e a mitigação de riscos obtidos a partir da gestão de resíduos adotada pelas empresas. Ou seja, características diretamente relacionadas ao pilar de governança.

“A gestão de resíduos pode ser uma iniciativa central nas empresas por ser absolutamente tangível e mensurável. Todas as organizações geram resíduos, então iniciar a adesão e a regularização que o ESG propõe com essa ação, pode ser o primeiro passo a ser dado”, ressalta Sérgio.

Outra prática – A logística reversa pode ser mais uma prática a ser adotada nas empresas. A Trashin desenvolve coletores personalizados e promove coletas de resíduos específicos para organizações que possuem algum material de difícil solução. Esse tipo de ação possibilita transformar esses resíduos em um novo produto ou em matéria prima reciclada, colocando-os novamente na cadeia produtiva.

Entre as iniciativas de sucesso de logística reversa realizadas pela Trashin, a startup criou uma estratégia piloto com a Alpargatas Brasil para dar um novo destino às sandálias Havaianas.

Neste projeto foram instalados coletores em lojas da Havaianas e condomínios de São Paulo, Rio de Janeiro e Recife. Nestes locais os consumidores podem descartar seus chinelos velhos ou sem condições para uso. Todo material coletado é transformado em tatames e tapetes ecológicos para projetos sociais e esportivos.

“Essa iniciativa prova que cada empresa pode escolher uma determinada métrica para acompanhar dentro do ESG. Portanto, na hora de defini-las, cabe a elas escolher as áreas e índices que melhor representam a sua cultura organizacional e que possuem um maior impacto junto aos clientes, fornecedores e colaboradores”, pontua Sérgio.

ESG nos investimentos – Segundo a publicação da XP Investimentos que cita a última Pesquisa de Sustentabilidade da ANBIMA – Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais, mais de 80% dos agentes de investimentos no Brasil já conhecem as métricas ESG, e a grande maioria prioriza o impacto das ações na hora de escolher seus investimentos.

De acordo com outra pesquisa da ANBIMA, apenas uma pequena parcela tem uma área específica (11%), ou com colaboradores diretamente ativos (18%), enquanto o outro grupo (5%) possui um conselho próprio para analisar investimentos ESG.

O panorama atual conta com um número cada vez maior de empresas que compartilham dados relacionados ao ESG.

A B3 – bolsa de valores oficial do Brasil – possuía 30% das 426 companhias listadas compartilhando dados ESG em 2019. Destas, a maioria (24%) mostravam os relatórios considerando os ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU), enquanto a minoria (6%) pretendia, estudava ou elaborava relatórios sobre o tema.

“Para as empresas que têm o objetivo de inserir práticas de ESG, que estão cada vez mais valorizadas hoje em dia, investir em logística reversa pode ser vantajoso, já que ela também permite ter uma redução de custos nos processos produtivos”, finaliza Renan.

 

Grupo HEINEKEN inicia projeto piloto com caminhões elétricos para sua rede de distribuição

O Grupo HEINEKEN, segunda maior cervejaria do País, começou o projeto piloto com caminhões elétricos para sua rede de distribuição. Inicialmente, são cinco veículos, sendo três em São Paulo e dois em Salvador.

A presença de caminhões elétricos na frota de distribuição é parte do compromisso do Grupo HEINEKEN de alcançar a neutralidade de carbono até 2040 e reduzir o impacto ambiental da empresa.

“Nós, do Grupo HEINEKEN, já estamos investindo em soluções sustentáveis em nossa produção por meio do uso de energias renováveis e eficiência energética, e agora estamos ampliando o impacto positivo para todo o ciclo do negócio, chegando até a operação logística. Entendemos que para que possamos promover o desenvolvimento sustentável do nosso negócio, é fundamental que estejamos trabalhando ativamente para preservar os recursos naturais e reduzir ao máximo nossos impactos ambientais”, comenta Daniel Lopes, diretor de Logística do Grupo HEINEKEN Brasil.

Ele lembra que, atualmente, a frota de caminhões de distribuição é própria, compreendendo aproximadamente 800 veículos no total e cobrindo dois terços do território nacional, em especial as capitais. Em alguns territórios, contam com o apoio de parceiros.

Já os novos caminhões são da marca JAC e possuem produtividade equivalente à de um caminhão a combustão, que utiliza a queima de combustíveis, e realizarão a mesma atividade de distribuição urbana de bebidas nas regiões centrais, atendendo aos clientes do Grupo HEINEKEN.

Com zero emissão de CO2 e particulados, a nova frota proporcionará mais conforto e segurança aos colaboradores, pois os veículos possuem menor ruído sonoro, ar-condicionado, câmbio automático, tecnologia de câmera de ré e display touch-screen para conectividade das ferramentas logísticas.

Além disso, os caminhões elétricos contam com autonomia de até 150 km e são equipados com regeneração de energia pelas frenagens (KERS), aumentando a produtividade do sistema logístico da empresa.

“Inicialmente, estamos rodando o projeto piloto que teve início durante o mês de julho. Estamos estudando como faremos a expansão do projeto, mas isso será realizado no médio-longo prazo, com a retirada de carros e caminhões de acordo com sua vida útil e investimentos disponíveis.”

Ainda segundo Lopes, um dos maiores desafios ainda é a disponibilidade de postos de abastecimentos/recargas nas rodovias e cidades e o preço dos veículos, que são entre três e cinco mais caros que os convencionais.

“Como os veículos elétricos fazem parte de uma solução que contribui com benefícios ambientais para o país e a sociedade, seria interessante o incentivo à utilização desses veículos, tais como redução de impostos de importação ou fomento à fabricação nacional”, argumenta o diretor de Logística do Grupo HEINEKEN Brasil.

Ele destaca, também, que, como ainda não é comum encontrar pontos de recarga nas rodovias do Brasil, ou mesmo dentro das cidades, o Grupo instalou carregadores em seus Centros de Distribuição que estão recebendo os caminhões elétricos – eles levam em torno de 6 a 12 horas para carregar completamente. “Assim, no início ou fim das rotas eles conseguem fazer a recarga. De toda forma, a autonomia dos veículos elétricos é satisfatória para os trajetos que percorrem atualmente.”

Lopes completa apontando que, na Europa, o Grupo HEINEKEN também tem implementado caminhões elétricos com projetos pilotos, estudando meios de utilização em larga escala. Porém, o projeto com metas mais audaciosas, até o momento, é o do Brasil.

 

Braspress adquire veículos 100% elétricos

A Braspress recebeu veículos 100% elétricos que circularão nas operações urbanas na cidade de São Paulo. A entrega aconteceu em 26 de julho passado, no megacomplexo Planeta Azul.

Urubatan Helou, diretor-presidente da Braspress, falou das motivações da empresa em possuir veículos elétricos, entre elas, o compromisso com o meio ambiente e os constantes investimentos em tecnologia de ponta. “São veículos absolutamente diferentes do restante da nossa frota de quase 3 mil caminhões porque eles são 100% elétricos. Vamos começar com estes veículos sendo conduzidos exclusivamente por mulheres, que farão parte do programa ‘Rainhas do Volante’”, declarou Helou na ocasião da entrega.

O programa “Rainhas do Volante” é uma ação pioneira de contratação de motoristas mulheres existente na Braspress desde 1998. “A nossa Companhia foi a primeira do País a dar oportunidade para que as mulheres pudessem exercer uma função antes ocupada exclusivamente por homens, ainda na década de 1990. A máxima na Braspress hoje é a de que competência não tem sexo”, explicou Helou.

Os veículos 100% elétricos da JAC Motors têm emissão zero de poluentes, possuem autonomia de 200 quilômetros, transportam até 4 toneladas e serão destinados às operações do Centro de Apoio Operacional Braspress (CAOB) Cantareira, responsável pelo abastecimento da região central da capital paulista. “Além de serem isentos do rodízio municipal, a utilização destes veículos é também a contribuição da Braspress para a melhoria do meio ambiente, pois não existe nada mais necessário e democrático do que o ar que respiramos”, finalizou o diretor-presidente da transportadora.

 

Programa de logística reversa da ABIHPEC soma 655 mil toneladas de materiais recicláveis recuperados

O “Dê a mão para o futuro – reciclagem, trabalho e renda (DAMF)”, programa de logística reversa coordenado pela ABIHPEC – Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos, conseguiu recuperar, em 2020, 121 mil toneladas de materiais recicláveis. O projeto envolveu 147 cooperativas, distribuídas em 104 municípios de 20 estados brasileiros e do Distrito Federal, e beneficiou cerca de 5 mil catadores.

Idealizado e coordenado há 15 anos pela ABIHPEC, o DAMF é realizado em parceria com a ABIMAPI – Associação Brasileira de Biscoitos, Massas Alimentícias e Bolos Industrializados e ABIPLA – Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Higiene, Limpeza e Saneantes de Uso Doméstico e de Uso Profissional.

De acordo com Rose Hernandes, coordenadora do Programa e Diretora de Meio Ambiente da ABIHPEC, o “Dê a Mão para o Futuro” contou de 2013 a 2020 com investimentos de mais de R$ 81 milhões e ultrapassou a marca de 655 mil toneladas de materiais recicláveis recuperados por intermédio de seu sistema de logística reversa, além de atender a sete objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.

O programa proporciona estruturação, com fornecimento de equipamentos, incluindo caminhões e melhoria de infraestrutura às cooperativas, além de suporte técnico, administrativo e assessoria. Em 2020, em função das restrições impostas pela Covid-19, os cerca de 5 mil catadores ainda puderam contar com um auxílio emergencial de R$ 600, totalizando um aporte de R$ 3 milhões. “As cooperativas de catadores (as) de materiais recicláveis foram o elo da cadeia produtiva dentro do contexto da gestão de resíduos sólidos e do Sistema de Logística Reversa que mais rapidamente sofreu os efeitos econômicos da pandemia”, salienta Rose.

Metodologia – Desde 2019, as empresas aderentes ao Programa alimentam, obrigatoriamente em uma plataforma online (SINDADOS), as quantidades de embalagens colocadas no mercado no ano base anterior. As informações estão sujeitas a auditoria independente, o que garante alinhamento com as práticas de governança exigidas pelo mercado.

O programa registra, ainda, a eficiência do trabalho das cooperativas que fornecem os dados referentes à comercialização dos materiais recicláveis e realizam o upload das notas fiscais via um sistema desenvolvido para essa finalidade, os quais passam por um processo de validação, tanto de conteúdo (material, unidades), quanto de exclusividade para evitar colidências (duplicidade de contagem dos resultados de recuperação de materiais).

 

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