Locadores: com reaquecimento da economia, setor espera aumento das negociações

28/01/2019

O novo cenário político tem enchido de esperança as empresas que atuam com locações de equipamentos logísticos. Mesmo que o crescimento seja gradual, não há quem duvide que o mercado está começando a melhorar.

 

Os últimos tempos foram de turbulência na política e na economia do país. Com a definição do novo governo, as empresas que atuam no setor de locação de empilhadeiras esperam que a situação comece a melhorar e os resultados sejam sentidos mais fortemente por todo o mercado.

Fazendo um balanço do segmento em 2018, Eduardo Makimoto, diretor da Aesa (Fone: 11 3488.1466), distribuidora da marca Clark, observa que o mercado retomou o otimismo no segundo semestre, alavancado principalmente pela eleição presidencial.  “A indústria vinha em uma descendente, atingindo o vale em meados de 2018, impulsionada pela incerteza e catalisada pelo cenário externo. Porém, após o período de eleições, houve uma mudança na confiança da indústria, fazendo com que contratos que estavam sendo negociados por mais de dois anos se concretizassem. Com isso, tivemos um crescimento na ordem de 10% e passamos a funcionar em regime de horas extras para atender à grande demanda do mercado.”

Carlos Fernandes, diretor comercial da Coparts Peças, Pneus, Serviços e Locações (Fone: 11 2633.4000), que trabalha com as marcas Hyundai, Paletrans, Manitou e Rodaco, define 2018 como muito instável. Pelo lado negativo, ele cita as eleições, a Copa do Mundo e o excesso de feriados. “Enfim, foi um ano que se apresentou como o fundo do poço, mas que agora começamos lentamente a subir. Pelo lado positivo, conseguimos, através da política, mudar o rumo do Brasil, de uma situação de queda livre e desânimo generalizado para uma expectativa de justiça, honestidade e transparência do setor público, que reflete diretamente em todas as nossas atitudes e resultados diários.”

Instabilidade também está na fala de Edivaldo Ferreira, gerente comercial da Brasil Fort’s Empilhadeiras (Fone: 11 7729.0065), que trabalha com multimarcas. “A instabilidade do mercado gerou muita apreensão, contudo, entendemos que, para o mercado de locação, o saldo foi positivo. Se, por um lado, muitas empresas diminuíram suas operações ou até mesmo fecharam as portas, por outro, muitas companhias que sempre optaram por frota própria ficaram apreensivas em aumentar o ativo e descapitalizar o caixa, escolhendo locar. Assim, além de compensar perdas, terminaram favorecendo o crescimento desse setor”, avalia.

Foi um ano de muitas incertezas para Marcelo Yamamoto, gerente da SDO Equipamentos (Fone: 19 3256.2800), que trabalha com várias marcas e é dealer da Hangcha. “A política de protecionismo do governo Trump, aumentando tarifas e abrindo uma ‘guerra’ com a China, afetou os mercados mundiais.  A alta expressiva do dólar frente ao real e o possível resultado das eleições foram preponderantes para a postergação de investimentos por parte das empresas.”

Por outro lado, Yamamoto conta que é cada vez mais crescente a decisão da substituição da compra de empilhadeiras por locação, movimento que possibilitou o crescimento de 11% no faturamento da SDO em comparação a 2017.

Foi, realmente, um ano atípico, na opinião de Enéas Basso Junior, diretor comercial da Eletrac Indústria (Fone: 11 4523.3890), que atua com as marcas Hyster e Still, entre outras. “Tivemos processos de locação muito disputados e clientes priorizando menor preço acima de tudo. Pelo lado positivo, abriram-se mais oportunidades, devido ao grande número de renegociações”, reconhece.

Carlos Henrique Filizzola, gerente comercial de rental e logística da Tradimaq (Fone: 31 2104.8007), distribuidora das empilhadeiras Yale, fala em um ano desafiador. “Mesmo tendo sido melhor que 2017, houve uma certa recuperação no primeiro semestre e uma estagnação muito forte no segundo, fruto da natural incerteza causada pelos acontecimentos políticos e econômicos e pela forte polarização das eleições”, expõe.

O ano de 2018 iniciou com baixa demanda de locações e prestação de serviços decorrente da crise política e econômica brasileira, analisa Eduardo de Almeida D’Elboux, gestor de custos e orçamentos da Elba Equipamentos e Serviços (Fone: 31 3555.2600), que trabalha com vários fabricantes, como Hyster, Kalmar e Paletrans.

Ele conta que, a partir de outubro de 2018, a demanda começou a aumentar, o que a empresa espera que irá se manter em 2019, como consequência das condições mais propícias à retomada do crescimento econômico do país.

Além deste cenário, D’Elboux lembra que a cotação do dólar influencia diretamente no preço de venda de novas empilhadeiras. “O dólar, que iniciou 2018 na casa de R$ 3,30, chegando a atingir R$ 4,10, prejudicou os investimentos e os planejamentos das renovações das frotas”, observa.

Os últimos anos foram bem difíceis para o setor de locação, segundo José Carlos Storino, diretor comercial da MT Empilhar (Fone: 11 94770.5320), multimarcas. “Observamos queda total de oportunidades de negócios e queda brutal de preços.”

No entanto, para Fabiana Souza Cinto, gerente de locação da Kion South América – Linde e Still (Fone: 11 4066.8100), 2018 foi um ano muito positivo. “Os grandes BIDs ocorreram e, o mais importante, eles foram finalizados, diferentemente de 2017, quando observamos muitos estudos, porém, sem conclusão.” Além disso, ela cita o retorno do interesse dos clientes por novas tecnologias e controles, alavancando as cotações e os projetos de locação.

“Depois de vários anos com manutenção do faturamento bruto, o que, devido à crise, é de se comemorar, em 2018 os resultados foram ainda melhores, com aumento no faturamento bruto de 15%, em razão do crescimento na quantidade de equipamentos disponíveis para locação”, revela Fábio Pedrão, diretor executivo da Retrak Comércio e Representações de Máquinas (Fone: 11 2431.6464), dealer do Grupo Kion, detentor das marcas Linde e Still.

Como aspectos negativos no ano que se passou, cita a não aprovação de reformas estruturais necessárias e a instabilidade política. Segundo Pedrão, o alto custo dos financiamentos dificulta o crescimento em médio e longo prazos.

O setor de locação de empilhadeira vem crescendo de maneira vertiginosa, de acordo com Francisco Carlos C. Danyi, diretor da Eletrofran Comércio e Serviço (Fone: 11 3858.8132), que trabalha com multimarcas. “Como ponto positivo, cito a terceirização de atividades. Como negativo, a burocracia governamental.”

Mauricio Karwatzki, consultor de rental da Makena – Máquinas, Equipamentos e Lubrificantes (Fone: 51 3373.1180), que trabalha com a marca Yale, aponta como aspecto negativo em 2018 a greve dos caminhoneiros, e, como positivo, a reação da economia com o fim das eleições.

Na análise de Antonio Carlos Rubino, diretor da Trax Rental do Brasil (Fone: 11 4468.7777), que trabalha com multimarcas, 2018 foi um ano em compasso de espera, por várias razões. “Agora com o cenário político já definido, começa um movimento de renovação de contratos, embora a maioria ainda seja para renovação com máquinas usadas. Poucas das renovações e dos contratos fechados foram com equipamentos novos”, observa.

 

Expectativas em alta

Após anos seguidos de pessimismo, os indicadores apontam para um cenário de otimismo para 2019. É o que observa Pedrão, da Retrak, quando fala das perspectivas para o setor neste ano que se inicia. “Um novo governo democraticamente eleito terá a força necessária para promover reformas voltadas ao crescimento sustentável. A Retrak continuará com sua política de aumento em sua frota de locação e modernização com mais de 2.000 equipamentos”, anuncia.

Pedrão aproveita para salientar que locar é sempre mais vantajoso que comprar. “O cliente aluga quando precisa e devolve equipamentos ociosos. A manutenção dos equipamentos é feita por equipe de manutenção especializada, o que garante maior disponibilidade da frota.”

Por sua vez, Danyi, da Eletrofran, espera crescimento na ordem de 8%, isso com investimento em novos equipamentos e sem mudanças drásticas na política econômica do país.

Para 2019, a previsão da Jungheinrich (Fone: 0800 819 9001) é de um crescimento de 10%, como comenta Lars Mohlmann, gerente corporativo de locação e usados da empresa no Brasil, que trabalha com as marcas Junghenrich e Ameise.

De acordo com ele, há uma tendência de substituição de equipamentos a combustão por elétricos, com o uso da bateria de chumbo-ácido ou com a tecnologia de lítio, e aumenta cada vez mais o foco na redução dos custos logísticos através da otimização do parque de máquinas. “Por exemplo, no transporte interno e na separação de pedidos, as empilhadeiras são substituídas por equipamentos menores, como transpaleteiras e selecionadoras de pedidos, que realizam o mesmo trabalho com menor custo”, diz.

Outra oportunidade, ainda segundo Mohlmann, é a troca por equipamentos do mesmo tipo, mas de menor capacidade para reduzir os gastos com manutenção e combustível. Mais uma tendência notada pela Jungheinrich é a substituição de equipamentos próprios por frotas terceirizadas com o serviço oferecido pelo fabricante. “O cliente contrata a disponibilidade das máquinas conforme a necessidade. A responsabilidade de garantir este nível de serviço é do fornecedor. Desta forma, o cliente pode aplicar seu capital próprio em outro lugar, investindo em unidades fabris e estrutura de vendas”, ressalta.

Basso Junior, da Eletrac, espera um ano de retomada com mais força, incluindo projetos mais estratégicos visando não apenas menor custo, mas também com visão holística e de olho em ganhos consistentes em longo prazo, tanto para os clientes quanto para os locadores, com foco inclusive na renovação de frotas.

As expectativas também são positivas para a Kion, pois a empresa já tem processos com expectativa de conclusão no início deste ano. “Além disso, os clientes que possuem contratos de locação vencendo em 2019 demonstram que sofrerão BIDs, diferentemente dos anos anteriores, quando os contratos, na maioria das vezes, foram prorrogados com as mesmas máquinas”, explica Fabiana.

Também o reflexo dos processos de BID retomados no final de 2018 deve fazer de 2019 um ano surpreendente para a BYD do Brasil (Fone: 19 3514.2550), como conta Henrique Antunes, diretor de vendas América do Sul da empresa. Por sua vez, Karwatzki, da Makena, acredita em um governo sério e, consequentemente, no aquecimento econômico.

Yamamoto, da SDO, também está otimista. “Os resultados das eleições garantirão a busca pela ética e a retomada do crescimento do país. É certo que medidas duras serão propostas e terão de ser aprovadas, mas a confiança e a credibilidade nos governantes estão de volta. Já é perceptível uma maior procura para a locação de equipamentos”, expõe.

Outro otimista é Filizzola, da Tradimaq. “Apesar da incógnita de um novo governo, com uma visão tão diferente em relação aos últimos, estamos vislumbrando um crescimento de 15% a 20% no mercado de empilhadeiras, principalmente devido ao represamento que o período de recessão e de incerteza causou nas empresas”, conta.

A companhia acredita que diversos investimentos que foram adiados serão retomados e projetos mais ousados sairão da gaveta, ajudando a reaquecer o mercado de equipamentos, que, segundo ele, tanto sofreu nos últimos anos.

Rubino, diretor da Trax Rental, também aposta nessa melhora. “Muitas empresas estavam em compasso de espera para definição da política e economia”, comenta. Segundo ele, as empresas que têm empilhadeiras próprias as estão substituindo por locadas, pois encontram maior rapidez no atendimento e custos menores.

Já a Aesa está se preparando para uma grande demanda de locação. “Temos estoque de máquinas, homens, recursos e novas tecnologias, prontos para serem colocados em operação. Acreditamos, com base em conversas informais com a liderança de algumas montadoras da região do ABC, que existe uma tendência de terceirização, não só de equipamentos, mas de toda a cadeia que não faz parte do core business da empresa. Com isso, vemos oportunidades de locar equipamentos de movimentação industrial”, revela Makimoto.

Fernandes, da Coparts, também diz que as perspectivas são boas. “Se em 2018 já sentimos algumas melhorias, acreditamos que teremos um ano de crescimento em 2019, porém, deve ser muito lento, pois o novo governo precisa que sejam feitos diversos ajustes nas contas públicas para refletir em melhores resultados para as empresas.”

Concorda com ele Storino, da MT Empilhar, que acredita que a recuperação será gradativa, mas lenta, para novas oportunidades de negócios. “Porém, pelo represamento de frotas paradas, achamos que o valor de locação será ainda muito baixo.”

Vai pelo mesmo pensamento D’Elboux, da Elba. “A expectativa é de um lento e gradual crescimento, tanto em locações quanto na prestação de serviços com equipamentos e mão de obra, na medida em que as diretrizes do novo governo possibilitarem um ambiente de negócios mais favorável aos investimentos e ao desenvolvimento socioeconômico do país.”

Falar em expectativas no momento é muito difícil, na análise de Ferreira, da Brasil Fort’s. “Se por um lado vemos euforia e vontade de investir, há os que não acreditam e acabam estagnando o mercado. De qualquer forma, a maioria dos pequenos e médios empresários entende a locação como uma opção segura e mais eficaz em relação à compra de equipamentos, o que deixa os locadores esperançosos de um 2019 melhor do que foi 2018.”

 

Novos nichos

Perguntamos aos entrevistados se é possível apontar novos nichos de mercado que estão usando empilhadeiras. D’Elboux, da Elba, observa um contínuo aumento na utilização de matérias-primas paletizadas na indústria em geral. “Especialmente na construção civil, em função ao aumento do custo de mão de obra, acreditamos que o uso de empilhadeiras para realizar operações de carga e descarga irá reduzir os custos com a movimentação. Neste mercado existe maior demanda para empilhadeiras com capacidade de 2,5 e 3,0 toneladas”, aponta.

Outro mercado com potencial de crescimento, ainda na opinião de D’Elboux, é o de empilhadeiras com capacidade acima de 20 toneladas. “Neste caso, é comum a utilização de acessórios especiais, como eletroímãs acoplados para realização de operações com cargas diferenciadas.”

Karwatzki, da Makena, comenta que o setor metalmecânico está reagindo e, com isso, as máquinas de 2,5 toneladas são mais procuradas. Para Pedrão, da Retrak, Operadores Logísticos, atacado e varejo têm despontado no segmento de atuação da empresa.

Para a BYD, que disponibiliza a tecnologia de lítio, Antunes diz que o grande nicho são as empresas com trabalho severo (3 turnos) e que anteriormente usavam só GLP, como as dos setores de bebidas, automobilística e alimentos, “nas quais o lítio é indiscutivelmente a melhor opção”. Na grande maioria, são máquinas contrabalançadas de 2,5 toneladas.

Por sua vez, Ferreira, da Brasil Fort’s, salienta que as empilhadeiras são ferramentas cada vez mais essenciais às empresas, seja qual for o ramo, a operação e a necessidades de carga. “Elas já entendem que verticalizar e maximizar as operações são essenciais. Portanto, é necessário que as fabricantes comecem a se adequar a empilhadeiras de baixa capacidade de carga que sejam compactas, rodem em ambientes diversos e consigam elevações consideráveis. Atualmente encontramos pouquíssimas opções de empilhadeiras a combustão interna, de preferência a GLP ou gasolina, novas ou seminovas no mercado, mas são um tipo de produto que faz falta e que, com certeza, tem um público carente”, observa.

 

As mais usadas

No Brasil, as máquinas de 2,5 toneladas contrabalançadas a combustão são bastante usadas. Outra capacidade muito comum, segundo D’Elboux, da Elba, é de 4,5 toneladas. Danyi, da Eletrofran, acrescenta também as empilhadeiras elétricas com capacidades de 1,5 a 2,5 toneladas.

A tendência e as necessidades continuam muito parecidas as dos últimos anos, de acordo com Basso Junior, da Eletrac. “As operações logísticas estão focadas em transpaleteiras e retráteis de grande altura, e as indústrias, em empilhadeiras a GLP de 2,5 toneladas com a tendência de substituição por contrabalançadas elétricas, porém, como estas são mais caras, a troca vai sendo postergada, aguardando a retomada da economia”, expõe.

Segundo ele, empilhadeiras a combustão ainda têm um grande peso no mercado. “Contudo, a cada ano que passa, as elétricas vêm ganhando mais espaço, principalmente as multinacionais que trazem esta tendência de suas matrizes, o que deve continuar em 2019.”

Makimoto, da Aesa, também aponta que os equipamentos a combustão estão dando lugar para os elétricos contrabalançados, em razão da não utilização de combustível, não emissão de CO2, maior ergonomia e disponibilidade. “Veremos nos próximos anos uma intensa migração neste sentido. A Aesa, em parceria com a fabricante Clark, tem se preparado para este cenário, desenvolvendo novos equipamentos com baterias de lítio, que garantem um desempenho superior aos equipamentos a combustão.”

Por outro lado, Makimoto considera que as máquinas a combustão não estão fadadas a desaparecer do mercado. “Sempre haverá o nicho que demande este tipo de equipamento. O que ocorre é que a proporção de elétricos versus a combustão penderá cada vez maior para os elétricos”, diz.

Rubino, da Trax Rental, comenta que houve um crescimento na demanda por equipamentos elétricos, tanto frontais quanto empilhadeiras retráteis. “Devido ao aumento do preço do GLP (P20), hoje o custo operacional de uma empilhadeira a combustão e de uma elétrica está muito próximo, sobretudo com as vantagens em relação ao meio ambiente por parte das máquinas elétricas, que não são poluentes, não emitem ruído e nem calor.”

Storino, da MT Empilhar, também enxerga as possibilidades de crescimento de máquinas elétricas, porém, considera que as variações cambiais serão um grande obstáculo para novas oportunidades.

“Permanecem sendo os mais usados os equipamentos de 2,5 a 7 toneladas, que sempre foram os principais do mercado, entretanto, há hoje diversas máquinas intermediárias a estas capacidades que tem sido cada vez mais utilizadas”, expõe Filizzola, da Tradimaq.

Esta tendência, segundo ele, trouxe uma certa especialização das operações e, consequentemente, uma melhor adequação dos equipamentos aos requisitos dos clientes. “Reiteramos que há uma vontade muito clara de utilização de elétricos onde for possível, como ocorre no mercado internacional em geral”, acrescenta.

Filizzola diz que há uma intenção evidente da indústria quanto à utilização de energias mais limpas e confiáveis, como é o caso das baterias de lítio.  “A gestão de baterias sempre foi um gargalo na disponibilidade e vida útil dos equipamentos e esta tecnologia tende a acabar com essa dificuldade. Outra vertente importante é a aplicação de tecnologias mais evoluídas de telemetria, monitoramento e gestão inteligente de frotas, otimizando a utilização dos equipamentos e melhorando significativamente a performance das operações”, expõe.

Para Ferreira, da Brasil Fort’s, as empilhadeiras a GLP, para a capacidade de 2,5 toneladas, representam cerca de 70% das locações da empresa. “Ainda esperamos um crescimento maciço das empilhadeiras elétricas, principalmente por estarmos em uma região (Guarulhos, SP) em que as indústrias de transportes não têm tanta exigência de capacidade de carga e contam com plantas mistas, com áreas abertas e fechadas.”

Sobre a tendência crescente do uso de empilhadeiras elétricas em substituição às de GLP, Yamamoto, da SDO, revela que as empresas que ainda não optaram pela mudança estão solicitando estudos comparativos de benefícios e custos operacionais.

Entre as elétricas, que é o segmento de atuação da BYD, as retráteis hoje têm uma demanda consolidada, de acordo com Antunes. “As máquinas mais procuradas são as com torre entre 10 e 12 metros.  E os rebocadores industriais vêm nos surpreendendo. As indústrias têm optado por essa solução, pois reduz o número e o tempo de movimentações”, expõe.

Pedrão, da Retrak, lembra que aumentar a produtividade nos armazéns é o objetivo das empresas, por isso alguns equipamentos merecem destaque, como os retráteis com elevação igual ou maior que 12 metros, que garantem alta densidade de estocagem; e as transpaleteiras elétricas, utilizadas para reduzir o custo nos armazéns. “As empilhadeiras foram projetadas para empilhar, e as transpaleteiras apenas para transportar os produtos em longas distâncias. Time perfeito para a economia”, resume.

Mohlmann, da Jungheinrich Brasil, comenta que ainda há muitos processos manuais na cadeia logística das empresas. Um exemplo é a seleção de pedidos ou carga de carretas com paleteiras manuais. “Porém, hoje em dia o despacho rápido de cargas é uma das necessidades fundamentais para atender às expectativas dos clientes. Esperamos, cada vez mais, a substituição dos equipamentos manuais pelos elétricos, que trazem um aumento significativo de produtividade, ou seja: mais paletes movimentados no mesmo tempo.”

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