Estudo da iProspect aponta tendências para 2017

05/04/2017

Entender o aprofundamento da economia digital, as mudanças no comportamento do consumidor, sua jornada de compra e os impactos nos negócios das empresas são os objetivos do “Future Focus”, estudo global com grandes empresas de 120 países de todo o mundo, incluindo o Brasil, promovido pela iProspect, agência de marketing digital full performance presente em 54 países.
O estudo contou, também, com a participação das áreas de audiência e estratégia da iProspect dos países em que atua, além de profundo Desk Research. O “Future Focus” mostra que a revolução digital é uma realidade nos negócios, ou seja, a dinâmica econômico-social já foi alterada, tendo o mundo digital como centro dela. Não por acaso, uma pesquisa da MI T Sloan aponta que as empresas que já incorporaram essa visão são 26% mais eficientes que seus pares.
O presidente da iProspect Brasil, Rodrigo Turra, explica que “em 2016, o mundo atingiu 3,6 bilhões de usuários da internet, 50% da população mundial. Esses usuários estão cada vez mais conectados, principalmente por meio de dispositivos móveis cada vez mais potentes e flexíveis. Essa constante conectividade digital criou uma nova economia, a economia digital, na qual negócios tradicionais são virados de ponta cabeça, marcas nascidas no meio digital criam novas categorias e consumidores têm expectativas cada vez mais elevadas em relação a produtos e marcas. Entregar crescimento e lucratividade neste contexto exigirá das marcas uma reinvenção de suas metodologias de atuação”.
O estudo aponta que as marcas se moverão de um modelo de simples coleta de dados para um modelo de dados estratégicos. Isso significa identificar dados confiáveis e relevantes para o negócio e organizá-los continuamente e com agilidade por meio de ferramentas adequadas, retroalimentando o negócio. “Nenhum dado específico responde a todas as perguntas. O valor real é extraído quando, justamente, se faz as conexões corretas entre os dados disponíveis”, afirma Turra.
Nesse sentido, o principal desafio é monitorar as interconexões entre a jornada de compra on-line e off-line. O Google, por exemplo, fez grandes progressos nesta área monitorando essa conexão nos últimos 18 meses. A empresa afirma ter medido mais de 1 bilhão de visitas a lojas que agora podem ser ligadas ao Google Adwords para dar uma estimativa de conversões e proporcionar insights sobre o comportamento do consumidor. “Notas digitais e cartões de fidelidade também são soluções úteis para monitorar a inter-relação entre meios digitais e compras off-line”, completa o presidente da iProspect Brasil.
O Future Focus apontou também que a tecnologia de dispositivos conectados móveis é a que mais estimula as empresas (32%), enquanto que integrar as jornadas de consumo on-line e off-line é a prioridade de negócios para 40% dos respondentes. Em termos de investimento de marketing por canais, os focos serão buscas pagas (22%) e redes sociais (18%).

NOVAS E CRIATIVAS SOLUÇÕES
Outra tendência identificada é que veremos mais e mais empresas investindo em ações ou metodologias de coleta de dados primários do consumidor para além dos tradicionais sistemas de CRM e o tracking de navegação de sites e aplicativos. A própria produção de conteúdo dirigido pode ajudar as empresas a realizar a coleta de informações importantes.
O comércio conversacional promete ser a nova “onda” com empresas desenvolvendo aplicações para venda de produtos em aplicativos de conversa como o WhatsApp. “No exterior, já temos exemplos de empresas com plataformas funcionais de venda em aplicativos de conversa. Já é possível comprar roupas, pedir um taxi ou delivery de comida”, afirma Turra.
Na mesma linha, há uma tendência de integrar ainda mais mídias com links diretos para compras. Por exemplo, o Pinterest desenvolveu uma aplicação que permite comprar a partir de um clique na foto de um produto desejado. O Facebook e o Google estão desenvolvendo aplicações nesta linha também. Isso é importante, pois de acordo com um relatório da eMarketer, até o fim de 2016, 43% da população mundial já terá realizado alguma compra online. Com um faturamento global em 2020 de até US$ 4 trilhões, o e-commerce continuará sendo um dos segmentos com crescimento mais rápido na economia digital. Outra característica importante do e-commerce, é que ele será cada vez mais sem fronteiras, com consumidores adquirindo produtos de fornecedores em todo o mundo.
O estudo apontou, por fim, a emergência da busca por voz – logo as estratégias de busca paga devem se adaptar a essa realidade –, o uso mais amplo da inteligência artificial para agilizar respostas para consumidores e uma maior integração dos pontos de contato das empresas com seus públicos, facilitando, assim, o relacionamento.

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