A Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG) estruturou o Projeto Conceitual Avançado de Engenharia do Hub de Biometano, com o objetivo de injetar biometano no Sistema de Transporte nacional. A iniciativa alinha-se à Lei do Combustível do Futuro, que estabelece metas de descarbonização para produtores e importadores de gás natural, incluindo a incorporação gradual de biometano na matriz energética brasileira.
A proposta da TBG inclui a criação de hubs modulares, com potencial de conexão por dutos dedicados ou por modal rodoviário, como caminhões de GNC e GNL. O modelo de negócio foi desenvolvido com base nas melhores práticas internacionais, levando em consideração o arcabouço regulatório brasileiro e o diálogo com o mercado. O Contrato de Conexão para o Biometano já foi submetido à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para avaliação.

Localizado em uma região com alta concentração de usinas sucroalcooleiras, o traçado do gasoduto Brasil-Bolívia (GASBOL) apresenta condições favoráveis para a produção e integração do biocombustível. De acordo com a TBG, o potencial mapeado é de cerca de 3 milhões de metros cúbicos por dia, considerando usinas nos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, além de outros ao longo da malha.
A conexão ao sistema nacional de transporte de gás amplia significativamente as possibilidades de comercialização do biometano, permitindo que produtores regionais tenham acesso a consumidores em diferentes pontos do país. Isso fortalece o cumprimento da meta de 1% de biometano nas operações de gás natural a partir de 2026, com aumento gradual até 10%.
“O Hub de Biometano da TBG é de suma importância tanto para a transição energética quanto para a adição de uma fonte adicional de suprimento. Temos a vantagem competitiva da nossa localização geográfica privilegiada devido à concentração da produção agrícola na região Centro-Sul do país”, afirmou Jorge Hijjar, diretor comercial da companhia.
A iniciativa também se posiciona como um instrumento de apoio ao Plano Nacional Integrado das Infraestruturas de Gás Natural e Biometano (PNIIGB), desenvolvido pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). A proposta visa estruturar a oferta, a demanda e a infraestrutura do setor, e atualmente está em fase de consulta pública.
O biometano, derivado de resíduos orgânicos, possui características de intercambiabilidade com o gás natural, podendo ser utilizado em aplicações residenciais, industriais, comerciais e no abastecimento veicular. A TBG já atua fortemente nesses segmentos nos estados de Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Com o projeto do Hub de Biometano, a TBG se consolida como um ator estratégico na expansão do mercado de biocombustíveis e no apoio à descarbonização da matriz energética nacional.









