Sintonia fina

15/08/2019

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Mais do que apontar as empresas Top do Transporte 2019, a 13ª Pesquisa que orientou a certificação mostrou, mais uma vez, sua afinidade com o comportamento da economia brasileira

 

No momento em que completa 13 anos de realização, mais uma vez, o Top do Transporte mostrou uma sintonia fina com a economia brasileira, ao apontar o comportamento dos embarcadores de cargas com seus fornecedores de transportes, em situações de baixa demanda. Pela primeira vez em toda a história da certificação, os contratantes de fretes que responderam à pesquisa nacional que apontou as empresas Top do Transporte 2019 revelaram um aumento unânime no grau de exigência, relativo aos parâmetros de performance exigidos para o exercício da atividade.

O dado reafirma outra constatação do estudo, que mostrou uma redução de 2,1 para 2,0 no número médio de transportadoras que prestam serviços para a indústria e o comércio, mesmo índice registrado no ano de 2012, quando a economia começou a dar os primeiros sinais de desaquecimento. Em outras palavras, se cai o volume de cargas, nada mais natural que os contratantes de fretes passem a exigir um melhor desempenho das transportadoras rodoviárias de cargas que prestam serviços para eles.

Em sua edição 2019, a 13ª Pesquisa Nacional de Desempenho dos Fornecedores de Serviços de Transportes ouviu um total de 611 embarcadores de cargas, vinculados a 14 diferentes ramos de atividade, mostrando uma evolução de 3% em relação aos 591 respondentes da edição anterior (ver quadro). Esses, por sua vez, relacionaram nada menos que 3.672 transportadoras ou, mais precisamente, 1.213 empresas se eliminadas as duplicidades, já que muitas atendem várias especialidades. Desse total, porém, apenas 81 fornecedores foram certificados como Top do Transporte 2019, por atenderem o regulamento da premiação. Ou seja, terem alcançado a nota mínima 3 (sendo 5 a máxima) e o mínimo de 3 indicações dos contratantes de fretes que participaram do estudo.

Sob a supervisão da Input Consultoria, encabeçada pela pesquisadora Ivone Martins Bogo, a 13ª Pesquisa mostrou uma nova distribuição de forças em relação ao porte das empresas respondentes. Enquanto, em 2018, o predomínio foi dos grandes embarcadores, com 36,38% de participação, esse ano a maior parte dos participantes se identificaram como empresas de porte médio. Essas corresponderam a 37% do universo pesquisado, enquanto as grandes ficaram com 33% e as pequenas com quase 29% (ver quadro).

Outro dado interessante está relacionado à importância dos indicadores, que mostra o grau de exigência dos embarcadores em relação a cada um dos cinco parâmetros de performance, que serviram para avaliar as transportadoras de cargas. Mais uma vez, o Nível de Serviço se revelou como o mais importante fator para a indústria, com 4,05 de média final, seguido da Gestão de Qualidade que somou 4,03. O setor de Metalurgia/Siderurgia se mostrou o mais exigente de todos os demais, com 4,06 de média final; em segundo lugar aparece o setor de Papel/Celulose, que registrou uma média de 4,01. O comércio eletrônico, por sua vez, aparece como o menos exigente (3,77 de média), da mesma forma que a Tecnologia da Informação foi o parâmetro com a menor avaliação (3,76).

 

Novidades no Top 2019

Para a edição 2020 do Top do Transporte, a diretora do Grupo Logweb, Valéria Lima de Azevedo Nannur, co-realizadora da iniciativa, em conjunto com a revista Frota&Cia, anuncia uma grande novidade. “A 14ª Pesquisa irá contar com o apoio de um Conselho Consultivo, formado por embarcadores de cargas que acompanham o nosso trabalho, com o propósito de oferecer subsídios voltados para a melhoria da certificação”. Segundo ela, a iniciativa vai agregar ainda mais valor ao indicador, para servir de referência no mercado de fretes. “Com a ajuda do Conselho, o Top do Transporte poderá cumprir ainda melhor o seu papel, de ajudar os contratantes do serviço na hora de escolher um fornecedor como, também, os próprios transportadores rodoviários de cargas, que buscam a melhoria contínua dos serviços oferecidos ao mercado de fretes”, explica Valéria.

 

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