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Mercado 10 de agosto de 2018

Setor naval para de demitir, aponta pesquisa

Depois de perder mais de 50 mil vagas de trabalho nos últimos quatro anos, a indústria naval deve seguir sem demissões significativas até o final de 2018. É o que revela a pesquisa “Perspectivas e Negócios da Indústria Naval Brasileira”, iniciativa do portfólio de Infraestrutura da UBM Brazil, uma das maiores promotoras de eventos B2B do mundo, que mapeou as perspectivas de trabalho e negócios do setor com base nos profissionais e empresários que visitaram, entre 2015 a 2017, a Marintec South America, principal feira do setor naval e offshore realizada no Brasil.

A pesquisa, feita no mês julho, entrevistou 43 profissionais da cadeia da indústria naval e offshore, dos segmentos da construção naval, consultoria e projetos, fornecedores de equipamentos e produtos, e apontou que 73% dos gestores não pretendem dispensar colaboradores neste ano. A pesquisa, que foi concentrada nas capitais de São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e no Distrito Federal, revelou ainda que 49% dos entrevistados pretendem realizar novas contratações.

O especialista e consultor da Ivens Consult, Ivan Leão, entende que o número reflete a estabilização no volume de empregos. “A construção naval já atingiu seu chão, deve manter a faixa dos 30 mil empregos diretos e voltar a contratar a partir de 2019”, defende.

Leão acrescenta que a preocupação atual é com o Estaleiro Atlântico Sul (EAS), em Pernambuco, que entrega ano que vem os últimos navios petroleiros para a Transpetro e o Estaleiro BrasFels, no Rio de Janeiro, controlado pela Keppel Marine, de Cingapura, que finalizou a integração de módulos do FPSO Campos dos Goytacazes (MV29) para a japonesa Modec. Entretanto, já existe um movimento, com o anúncio que a Modec contratou a Keppel para integração de módulos do FPSO Carioca, que será realizado no BrasFels, para produção no campo de Sépia, em 2021.

“Deve ocorrer um hiato entre a finalização das obras atuais e a próxima leva de contratações. A regularidade dos leilões da ANP também inicia uma fase de contratações continuadas no segmento offshore”, diz o consultor da Ivens Consult.

Previsão de faturamento – Outro dado que chama a atenção na pesquisa organizada pela UBM Brazil é o fato das empresas terem conseguido manter o volume de atividades: 56% dos entrevistados afirmam que a projeção de faturamento para 2018 é superior a do ano passado. Para 46% dos empresários que participaram da pesquisa, o faturamento deve aumentar entre 5 e 10% e, para outros 10% dos entrevistados, a expansão pode superar em 15 e 20% o ano de 2017.

A pesquisa realizada serviu também como um termômetro para avaliar as expectativas para a próxima edição da feira Marintec South America, principal evento do setor na América do Sul, que acontece de 14 a 16 de agosto, das 13 às 20 horas, no Centro de Convenções SulAmérica, Rio de Janeiro (RJ). O levantamento apontou que 45% dos entrevistados percebem na feira uma ferramenta de prospecção, uma vez que fecharam novos contratos após o evento, em decorrência do primeiro contato feito na Marintec.

“O resultado da pesquisa fortalece o papel da Marintec South America como o local ideal para networking e as novas prospecções. O fechamento de negócios depois da feira é uma prova inconteste da função da feira como plataforma de prospecção comercial e consolidação institucional para as empresas que participam da cadeia da indústria naval brasileira”, comenta o diretor do portfólio de Infraestrutura da UBM Brazil, Renan Joel.

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