Primeiro Aeroporto Industrial do país, em BH, oferece benefícios fiscais para exportação

25/06/2020

O Aeroporto Internacional de Belo Horizonte promoveu nesta quinta-feira (25/06) um programa ao vivo para debater as contribuições que o Aeroporto Industrial pode trazer para a economia brasileira. Inaugurado pela BH Airport, concessionária do aeroporto, trata-se de um projeto inédito que prevê benefícios fiscais a empresas exportadoras que estiverem instaladas dentro do sítio aeroportuário. O empreendimento tem grande potencial para elevar a competitividade das empresas brasileiras no contexto internacional, além de atrair novos investimentos externos para o Brasil.

O primeiro Aeroporto Industrial do Brasil conta com uma área disponível de 750 mil metros quadrados. O número de empresas que poderá abrigar depende da área que cada uma demandará. De toda forma, há uma expectativa de atração de cerca de 250 empresas, ao longo dos próximos anos, o que tende a gerar milhares de empregos e renda. O projeto contempla áreas comuns, como vestiário, business center, refeitório, entre outros.

Ele é destinado a empresas que tenham como foco principal a exportação de produtos manufaturados, utilizando matérias-primas importadas em seu processo produtivo. Além disso, essas empresas terão a facilidade de importar matérias-primas e exportar sua produção utilizando o modal aéreo, acessando mercados internacionais e nacionais de forma rápida, eliminando o custo e o risco com o transporte rodoviário.

Para o diretor-presidente da BH Airport, Marcos Brandão, assim como a Zona Franca de Manaus foi uma iniciativa inovadora na década de 60, o Aeroporto Industrial é um projeto pioneiro em Minas. “Temos potencial para receber investimentos privados da ordem de R$ 3,5 bilhões nos próximos anos. Estamos em uma região estratégica, com localização geográfica privilegiada, que favorece a consolidação de um hub de negócios na região”, avaliou.

O governador Romeu Zema também ressaltou a importância do empreendimento, sobretudo para o crescimento da economia mineira. “Localizado em uma região estratégica, o Aeroporto Industrial trará mais competitividade às empresas, que terão tratamento tributário diferenciado e mais facilidade para comercializar seus produtos. O empreendimento será um motor para a retomada do crescimento da nossa economia”, estimou.

Para o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes Freitas, a estrutura é fundamental no atual momento de pandemia do novo coronavírus, em que estão em discussão as cadeias de produção global e em que se rediscute a industrialização e a importância da infraestrutura. “Esse é o primeiro exemplo de aeroporto industrial no Brasil, com regime especial que vai atrair empresas e gerar empregos”, disse, diretamente de Brasília.

O senador mineiro Antonio Anastasia, vice-presidente do Senado, também aposta em um futuro promissor para o empreendimento. “Esse é um sonho de mais de duas décadas, resultado de muito planejamento e empenho que vai gerar frutos muito positivos para Minas Gerais”, destacou.

Também participou do programa Flávio Roscoe, presidente da Fiemg – Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais. “O Aeroporto Industrial irá catalisar a integração de indústrias mineiras com alto conteúdo tecnológico comum, possibilitando a elas a oportunidade de crescimento acelerado e aumento de produtividade.”

A Clamper, especializada em equipamentos contra surtos elétricos, será a primeira empresa a ocupar um espaço no aeroporto, com início das operações em julho. Segundo Marcelo Lobo, CEO da marca, a nova estrutura trará mais competitividade e agilidade, tanto para operações no mercado interno quanto no externo. “Já temos atuação forte na América Latina e agora, com as facilidades operacionais e logísticas do Aeroporto Industrial, estamos mirando nos Estados Unidos, onde nosso produto tem aderência”, disse.

Participaram, ainda, do programa, o secretário Nacional de Aviação Civil, Ronei Glanzmann, e o subsecretário-geral da Receita Federal, Decio Rui Pialarissi.

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