Nova modalidade de crédito da Fretebras distribuiu R$ 140 milhões para transportadoras

12/05/2022

Menos de um ano depois de ter lançado sua operação de crédito, a Fretebras, maior plataforma online de transporte de cargas da América Latina, atingiu a marca de R$ 140 milhões em financiamentos para transportadoras. A solução de capital de giro da logtech tem como missão ajudar seus clientes a fortalecerem seus negócios na recuperação pós-pandêmica no setor de transporte rodoviário de cargas.

“As transportadoras estão embarcando de vez na busca de motoristas através de soluções digitais como uma forma de seguir atendendo clientes em todas as localidades. O desafio é que as embarcadoras, que são as donas das cargas, passaram a pagar as transportadoras com prazos cada vez mais extensos, enquanto os custos da operação logística, como diesel, contratação de motoristas autônomos e manutenção da frota, são praticamente imediatos. Este cenário causou um impacto profundo no caixa das empresas, que deixaram de aceitar novos clientes por não serem capazes de honrar com seus compromissos”, analisa Thiago Chueiri, diretor de Fintech da Fretebras.

Segundo ele, a proposta da Fretebras é se apoiar no histórico de transações das transportadoras em sua plataforma para conseguir um cálculo melhor dos riscos e poder oferecer crédito em uma modalidade diferente, vinculada apenas ao CTe (Conhecimento de Transporte Eletrônico). “De dezembro para janeiro, o volume de crédito ofertado aumentou em 50%, e de janeiro para fevereiro registramos uma alta de 30%.”, explica.

Para utilizar a solução, a Fretebras leva em consideração fatores como volume de fretes publicados na plataforma, o histórico de relacionamento, se existem reclamações contra a transportadora, entre outras questões. Caso a solicitação seja aprovada, a empresa informa a taxa e o limite de crédito ao contratante, que recebe o valor antecipado em até 24 horas na conta digital da Fretebras.

A Confederação Nacional do Transporte (CNT) revelou, em um estudo do ano passado, que 43,4% das transportadoras solicitaram créditos no ano passado, e, destas, 46,4% tiveram sua solicitação negada, demonstrando que os modelos tradicionais de antecipação de recebíveis condenavam as empresas. O estudo ainda destacou que quase 56% das que tiveram respostas negativas usariam os recursos como capital de giro; pouco mais de um terço solicitaram empréstimo em virtude de capacidade comprometida de pagamento, enquanto quase um quinto afirmou possuir restrições de crédito.

Sudeste e Sul foram regiões que mais adotaram o modelo de crédito digitalizado

A região Sudeste tem absorvido a maior parte dos créditos da Fretebras, com São Paulo na liderança do ranking dos Estados que mais demandam capital de giro (21%). Na sequência aparece a região Sul, representada pelo Paraná, que obteve 20% do volume de crédito. Completando o top 5, a região Centro Oeste aparece com Mato Grosso do Sul (14%), Mato Grosso (12%) e Goiás (11%), respectivamente. Já no Nordeste, o Estado mais relevante foi a Bahia, representando 3% das empresas que solicitaram capital de giro.

“Sem dúvida a liderança de São Paulo é um termômetro do Estado com maior ritmo de crescimento na recuperação pós-pandêmica do país, o que reflete na busca das empresas por soluções financeiras mais acessíveis para continuar se recuperando”, observa Chueiri.

O segmento de fretes de insumos para a construção tem mostrado maior apetite para créditos digitais

Analisando por setores, as transportadoras que atendem o ramo de construção foram as que mais demandaram capital de giro, com 32% do valor total financiado. Estas transportadoras buscaram novas alternativas de crédito, principalmente por conta do custo de mão de obra e das despesas com materiais e equipamentos. Outra categoria de destaque foi a dos transportes do Agronegócio, com 28%.

“Apesar do aumento da taxa de juros, usar soluções digitais como a da Fretebras permite que as transportadoras tenham acesso a uma modalidade de crédito que difere das linhas tradicionais. Isso possibilita que as empresas continuem crescendo”, finaliza Chueiri.

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