O Third-Party Logistics Study 2026 marca o 30º aniversário da pesquisa que se tornou referência global na análise da cadeia de suprimentos e da relação entre transportadoras e operadores logísticos. O estudo, desenvolvido pelo Dr. C. John Langley, professor da Penn State University e professor emérito da University of Tennessee, é patrocinado pela NTT DATA e pela Penske Logistics. A edição mais recente destaca o fortalecimento das parcerias estratégicas na logística e o papel crescente da tecnologia e dos talentos na eficiência operacional.
De acordo com o relatório, o setor vive um momento de transformação em resposta a desafios como aumento das tarifas globais, oscilações de demanda e pressões por sustentabilidade. A publicação analisa como as relações entre transportadoras e operadores logísticos estão evoluindo de modelos puramente transacionais para colaborações estratégicas, baseadas em confiança, integração de dados e inovação tecnológica.

Os dados do estudo revelam que 81% das transportadoras consideram as interrupções na cadeia de suprimentos o principal fator que impulsiona novas formas de parceria, enquanto 76% destacam a otimização de custos por meio da colaboração e 57% mencionam a transformação digital. Do lado dos operadores logísticos, os principais impulsionadores são a demanda por visibilidade de ponta a ponta (61%), a oferta de serviços de valor agregado (61%) e a redução de custos colaborativa (56%).
Os contratos e benefícios financeiros também desempenham papel essencial nessa aproximação. Entre as transportadoras, 67% utilizam acordos de volume ou capacidade garantidos, 62% contam com rescisões flexíveis e 57% adotam prorrogações contratuais. Já entre os operadores, 72% trabalham com metas de melhoria contínua, 61% garantem volume e 56% adotam prorrogações semelhantes.
O relatório mostra ainda que a tecnologia é um fator decisivo na seleção de parceiros logísticos: 90% das transportadoras consideram as capacidades tecnológicas um critério crítico. A maioria dos respondentes já utiliza análises avançadas (80% dos transportadores e 81% dos operadores), além de soluções de inteligência artificial (IA) e aprendizado de máquina, adotadas por 67% e 73%, respectivamente. As principais barreiras à adoção de novas tecnologias incluem limitações financeiras, falta de talentos especializados, aversão ao risco e dificuldades de escalabilidade.
Para o Dr. C. John Langley, o setor de operadores logísticos “cresceu e se transformou significativamente nos últimos 30 anos”, respondendo com resiliência a um ambiente de negócios cada vez mais complexo. Já Shanton Wilcox, vice-presidente sênior de consultoria de cadeia de suprimentos da NTT DATA, afirmou que esta edição é singular: “Pela primeira vez, vemos uma sobreposição entre uma condição comercial significativa — o aumento das tarifas globais — e os avanços materiais da tecnologia habilitadora, como a IA. Essa combinação oferece motivação e capacidade para lidar com a volatilidade do mercado.”
Por sua vez, Stacy Schlachter, vice-presidente sênior de vendas da Penske Logistics, destacou a importância da colaboração contínua: “O relatório deste ano aprofunda as relações entre transportadores e operadores logísticos, mostrando como as parcerias eficazes e as novas tecnologias se tornam essenciais para o sucesso das operações.”









