Em termos de inovação nas empilhadeiras importadas, e também como tendência, o grande destaque fica por conta das baterias de lítio que, segundo os entrevistados, apresentam inúmeras vantagens.
No caso de importação de empilhadeiras, dois fatores podem ser considerados.
O primeiro é colocado por Armando Campanini Neto, gerente de Vendas da SGB Máquinas e Equipamentos. Para ele, os custos de importação ainda são um grande problema. “Poderia haver menos burocracia nos processos de importação que nos causa altos custos.”
O outro fator é apontado por Rafael Kessler, diretor geral da Combilift no Brasil: a dificuldade de prever a demanda, já que ainda há casos de clientes que pensam em equipamentos de movimentação na última etapa de seus projetos. “Para minimizar esta questão desenvolvemos parceria com o fabricante das torres de nossas empilhadeiras, de matriz italiana, mas com uma filial em Indaiatuba, SP, o que reduz o prazo de entrega para alguns de nossos modelos.”
Mercado
Fazendo uma análise do mercado no que se refere à importação de empilhadeiras, Marcelo Yoem, da Zuba Comércio de Máquinas e Equipamentos Industriais, destaca que 2019 foi um ano instável, acreditando que a maioria dos importadores não investiu fortemente. Mas, por outro lado, ainda segundo Yoem, a venda de peças genuínas obteve aumento significativo. “2020 não será um ano de grandes projeções, mas demanda sempre irá existir, com crescimento moderado”, completa.
Pelo seu lado, Kessler, da Combilift, lembra que, em 2019, apesar de um começo lento, os resultados no segundo semestre vieram sólidos e, principalmente, as perspectivas para os próximos anos.
Em relação a 2020, o diretor geral destaca que, além do avanço de projetos que estavam na “gaveta”, identificaram a chegada de empresas estrangeiras que conhecem Combilift de suas operações na origem. No caso da SGB Máquinas e Equipamentos, Campanini Neto revela que 2019 foi um ano de recuperação, com melhoria em relação ao ano de 2018. Já 2020 está se mostrando um ano promissor em termos de previsão – existe uma forte expectativa de investimento de muitas empresas.
Inovações
Falando das inovações em relação às empilhadeiras, como tendência, Kessler, da Combilift, observa que o avanço é no rumo de maior autonomia das baterias, veículos autônomos e supervisão de frota. “Consideramos estas características acessórias, nosso foco continua sendo equipamentos muito robustos e confiáveis, de fácil operação e manutenção.”
O diretor geral da Combilift no Brasil também lembra que a empresa desenvolveu, recentemente, soluções para otimizar radicalmente a desova e estufagem de contêineres, a movimentação simples de cargas até 16 toneladas, empihadeiras elétricas até 12 toneladas e a empilhadeira de corredores estreitos com capacidade de três toneladas.
Já Campanini Neto, da SGB Máquinas e Equipamentos, quando fala em tendência, diz que a qualidade e a confiabilidade dos produtos melhoram ano a ano, principalmente nos equipamentos de origem asiática. Baterias de Ions de Litio são a mais recente tendencia do mercado global. “Devido à necessidade de automatização das empresas, as empilhadeiras mais comercializadas são os equipamentos classe III – stacker e transpaleteiras elétricas. Tambem existe uma tendência de máquinas frontais (classe I)”, completa o gerente de Vendas da SGB Máquinas e Equipamentos.
Finalizando, Yoem, da Zuba, também ressalta que os equipamentos de pequeno porte já estão sendo fornecidos com baterias de lítio, que possui maior vida útil e autonomia. Por outro lado, continua o profissional, pensando em espaço, os clientes procuram por equipamentos de movimentação capazes de transitar nesses corredores estreitos.