Embarcadores: Agilidade e características dos produtos eletroeletrônicos impõem uma logística cuidadosa e ágil

12/08/2021

A maioria dos embarcadores participantes desta matéria especial se utiliza de vários modais, como o rodoviário, o aéreo e até a cabotagem, mas sempre considerando, além das características dos produtos, a rapidez na entrega, em tempos de e-commerce.

 

Robert Bosch: Operação logística centralizada

A Robert Bosch atua em nove países, com o gerenciamento de toda a operação logística para a América Latina de maneira centralizada, com foco em transportes nacionais e internacionais, comércio exterior, bem como armazenagem. Além disso, a gestão de demanda é feita pelas próprias unidades de negócio e cada planta da Bosch realiza sua intralogistíca.

“Temos grande volume de importação, principalmente da Alemanha, China e EUA, mas também temos fluxos com menor volume em todo o mundo. Assim, para transportes internacionais usamos Operadores Logísticos. Para transportes locais, com foco no modal rodoviário, utilizamos parceiros terceirizados, seja no inbound ou no outbound, e, especificamente para o Brasil, após o impacto da nova legislação de piso de fretes, iniciamos algumas rotas com veículos próprios, projeto ainda em expansão”, comenta Toni Cassaro, diretor de Operações Logísticas da Robert Bosch América Latina.

Ele também explica que a atuação é E2E (end-to-end) na operação logística Robert Bosch, o que implica em diferentes soluções para melhor obter o nível de serviço esperado pela organização e pelos seus clientes. “Assim, temos grandes fluxos de importação com cerca de 10 mil embarques aéreos e nove mil embarques marítimos por ano, principalmente com origem na Europa (Alemanha, em específico), China e EUA.”

No que diz respeito aos fluxos locais, envolvem uma diversidade de perfis de cargas, sejam eles fracionados LTL (less than truck load) ou lotação FTL (full truck load), que compreendem anualmente algo superior a 270 mil embarques. “Temos presença em todas as províncias e estados dos 10 países em que atuamos, principalmente pela distribuição de nossos produtos para o mercado de reposição de peças automotivas e ferramentas elétricas. Por exemplo, no Brasil temos cerca de 35 mil pontos de entrega e, obviamente, temos um grande fluxo nas regiões metropolitanas, com destaque para São Paulo e Curitiba, mas o foco é manter a excelência e a satisfação do nosso cliente em todas as localidades atendidas pela Robert Bosch.”

Cassaro ressalta que, em se tratando dos fluxos locais, usam principalmente o modal rodoviário, mas possuem uma abrangência muito grande em todo o país, o que os motivou a buscar soluções mais otimizadas, tanto em custo como em leadtime, que elevem a entrega ao cliente final. “Temos em nosso middle mile cabotagem como o principal meio de ligação entre nossos Centros de Distribuição de Curitiba, PR, e Recife, PE, e o modal aéreo para região norte do Brasil. Nesta região, especificamente, atuamos também com o modal fluvial para o last mile.”

Por falar em Centros de Distribuição, o diretor de Operações Logísticas destaca que a operação da empresa é continental, contando com nove armazéns operados por parceiros que somam 40.500 m².

No Brasil, contam com três CDs próprios: Campina Grande do Sul, PR – região metropolitana de Curitiba: 20.000 m²; Itupeva, SP: 25.000 m²; e Cabo de Santo Agostinho, PE – região metropolitana de Recife: 2.000 m².

“Temos CDs terceirizados na maioria dos países da América Latina – exceto no Brasil – e parcerias com Operadores Logísticos mundiais. Além disso, dependendo do país, temos operadores locais. Atuamos na Argentina, Colômbia, no Chile, Peru, Panamá, Uruguai, Paraguai e Equador.”

Desafios – Atualmente, o maior desafio da Robert Bosch é reagir adequadamente à oscilação de volumes (neste momento alta) e à escassez de infraestrutura, ocasionada pela pandemia. Ser proativo em relação a desvios, sustentar diversas variáveis e se manter competitivo nos custos envolvidos também são os desafios diários.

“Na Robert Bosch, a solução é o time, são as pessoas. Possuímos uma equipe diversa, vibrante e experiente, que é, sem dúvida, a base de nosso sucesso. Somado ao time, temos tecnologia, seja em nossos sistemas de gestão, seja por novas soluções desenvolvidas in house, por exemplo, aplicando recursos de data science e digitalização.”

Pela linha de produtos da Bosch pode-se ver que o principal diferencial da logística da empresa é, certamente, a diversidade de produtos com os quais trabalham, desde pequenas peças de acessórios para ferramentas elétricas até grandes equipamentos industriais. Isso os levou a desenvolver conhecimento em diferentes modais e tipos de serviço para compor um portfólio de soluções bastante robusto. “Além disso, ponto fundamental de nossa excelência é termos nossos principais CDs com operações próprias, processo que traz inúmeros desafios, mas permite uma operação com qualidade assegurada.”

Já falando sobre os diferenciais da logística da empresa em benefício dos clientes, Cassaro afirma que eles esperam o mesmo que esperam da marca Bosch, qualidade e confiabilidade. “Entregamos isso com um gerenciamento de ponta a ponta de toda a cadeia logística. Como mencionado anteriormente, nosso escopo é E2E (end-to-end) na operação logística, assim temos controle de muitas etapas e fatores – desde a importação até a distribuição final. Exemplo mais recente disso é nosso foco em digitalização, por isso contamos com um time de especialistas logísticos trabalhando com desenvolvedores front-back end, estatísticos e cientistas de dados na criação de uma plataforma Bosch de tracking de nossos fluxos e cargas, com desdobramento desta mesma ferramenta para nossos KPIs de performance de operação, totalmente integrada com nosso ERP, TMS e WMS.”

Na Bosch, a principal adequação para se adaptar ao mercado foi a decisão de ter os CDs próximos ao cliente final. Decisão difícil, tendo em vista o investimento em si e toda a complexidade do projeto de implementação, porém foi isso que facilitou o desenvolvimento da malha de last mile da empresa, permitindo leadtimes menores de entrega. Além disso, estão estrategicamente próximos aos principais portos do país – Suape, Santos, Paranaguá e Itajaí –, o que deu a possibilidade da implementação de fluxos de cabotagem e agilidade no first mile.

E, como já citado, a tecnologia é o pilar estratégico da logística na Robert Bosch que, atualmente, conta com sistema de gerenciamento de comércio exterior – eComex para Brasil, por exemplo; sistema de gerenciamento de transporte, tendo desenvolvido o seu próprio módulo para outbound; sistema de gerenciamento de armazenagem, estando a empresa em migração das suas operações próprias para o módulo EWM da SAP, permitindo integração total com o ERP; e foco em automação e digitalização dos processos, tendo desenvolvido e implementado um sistema de automação para conferência de faturas de transporte. “Também desenvolvemos diversos RPAs – Robotic Process Automation nas operações de comércio exterior e estamos em fase de desenvolvimento da nossa própria plataforma de Tracking and Trace.”

Pandemia – O diretor de Operações Logísticas da Robert Bosch América Latina lembra que com a pandemia, houve uma redução na oferta de vários serviços, o que elevou a pressão para manter os níveis de performance nos patamares pré-Covid, e também elevou o custo.

Vale ainda dizer que, especificamente no cenário da distribuição local dos produtos e cargas, a pandemia causou a aceleração da implementação dos fluxos de e-commerce, mudando o perfil de carga que se opera e desafiando toda a cadeia.

“Entendo que a mudança do perfil de consumo e fluxos mais focados em B2C é algo que certamente não irá desaparecer das pautas logísticas. O ponto desconhecido é em que patamar os negócios irão estacionar e qual o share entre o comércio tradicional e e-commerce.”

Tecnologia e Serviços – O Grupo Bosch é líder mundial no fornecimento de tecnologia e serviços com operações divididas em quatro setores de negócios: Soluções para Mobilidade, Tecnologia Industrial, Bens de Consumo e Energia e Tecnologia Predial.

“Como uma empresa líder em IoT, a Bosch oferece soluções inovadoras para casas e cidades inteligentes, mobilidade e indústria conectadas.”

A empresa busca por uma mobilidade sustentável, segura e fascinante e utiliza sua expertise em sensores, software e serviços, assim como sua própria nuvem de IoT para oferecer aos seus consumidores conectados múltiplas soluções a partir de uma única fonte. O objetivo estratégico do Grupo Bosch é disponibilizar inovações para uma vida conectada com produtos e soluções que contêm inteligência artificial (IA) ou que foram desenvolvidos ou fabricados por meio da IA. Com isso, a Bosch aprimora a qualidade de vida em todo o mundo com produtos e serviços inovadores concebidos para fascinar e, assim, cria “Tecnologia para a Vida”, completa Cassaro.

 

Steck: Várias plataformas e uma logística rodoviária

Líder no fornecimento de materiais elétricos para usos residencial, comercial e industrial, a Steck Indústria Elétrica possui mais de 50 linhas de produtos, de acordo com as mais rigorosas normas nacionais e internacionais de segurança e qualidade. Presente em 18 países, conta com uma fábrica e um Centro de Distribuição em São Paulo, uma fábrica em Manaus, AM, uma unidade na Argentina, uma na Colômbia e outra no México.

Para atendimento dos marketplaces, a empresa trabalha com estoque avançado de produtos, com sistema de reposição automática, de modo a garantir disponibilidade de produtos na ponta e a pronta entrega para os clientes.

O maior fluxo da linha de automação residencial, Smarteck, é comercializada através do mercado on-line.

Para atendimento das vendas do site, operam com uma empresa Full Commerce, garantindo o melhor atendimento para os clientes B2C.

Em termos de transporte, a Steck trabalha com duas transportadoras rodoviárias terceirizadas para o atendimento de todos os clientes no Brasil. E o seu processo de distribuição é realizado através do CD em Arujá, em São Paulo, utilizando o modelo fracionado, no qual os transportadores parceiros redespacham os produtos a todos os clientes, usando a estrutura local do transportador nas principais cidades do Brasil.

“Os transportadores estão instalados com estrutura própria (Posto Avançado – PA) para maior velocidade e acuracidade dos despachos através das integrações entre o transportador e o sistema Steck”, explica Fernanda Bereki, gerente de Supply Chain da empresa.

O CD próprio está localizado em um condomínio logístico, com espaço de 8.100 m². “Contamos com sistema robusto de armazenagem com sistemas de iluminação fotovoltaica (economia energética), iluminação de LED, ventilação e integração via coletor de dados em todos os subsistemas do CD.”

Fernanda também destaca que entre os grandes desafios da Steck está a sustentação do negócio para manter o melhor Nível de Serviço para todos os seus clientes no Brasil. “Temos como grande objetivo manter uma logística rápida e competitiva, indo ao encontro das atuais necessidades dos consumidores.”

E, para garantir o bom nível de serviço, apostam na integração do seu sistema com o dos transportadores, garantindo maior velocidade no fluxo de entrega e maior rastreabilidade do processo.

“Aqui na Steck operamos com os nossos transportadores in loco, dentro do nosso Centro de Distribuição. Daqui, todas as entregas são expedidas já roteirizadas, o que garante maior velocidade no fluxo de distribuição a partir do sorter e automização de separação de produtos conforme o destino. Considerando as nossas integrações e modelo logístico, somos capazes de garantir um alto nível de serviço aos nossos clientes.”

Como se pode perceber, a Steck busca ter uma operação logística bem automatizada e, para isso, também opera com o sistema ERP Protheus Totvs para armazenagem e transportes, 100% automatizado, através de coletores de dados. Além da sincronização dos pedidos via EDI e de reposição automática aos clientes.

A gerente de Supply Chain informa, também, que a Steck está em constante evolução de seus processos e automatização de suas atividades logísticas e de distribuição.

“Durante a pandemia houve aumento de consumo dos nossos produtos, em função das pessoas estarem mais em casa e arrumando suas casas, e também cresceu a necessidade e o interesse nos produtos de automação domiciliar e, por consequência, houve oportunidade de aumentar a nossa oferta logística. Hoje, temos um parceiro Full Commerce que cuida da venda do nosso site e, para os marketplaces, atuamos com alta disponibilidade de estoque e entrega imediata, especialmente para produtos da linha Smarteck. Considerando apenas o Mercado Livre, usamos o Mercado Envios, com coleta diária realizada em nosso CD de Arujá.”

Fernada finaliza apontando que acredita que as mudanças trazidas pela pandemia vieram para ficar, uma vez que acompanham uma evolução de mercado, de hábitos e de consumo. “E, claro, a cadeia de suprimentos precisa acompanhar esse movimento de modo a atender os anseios dos nossos clientes, entregando disponibilidade de produtos e agilidade de entrega.”

 

Fibracem: Just in Time para abastecimento de linha

A Fibracem Teleinformática trabalha com todas as categorias de produtos na linha de passivos. Os principais produtos estão na família de caixas de emenda e terminais óticos, cabos, racks, DIOs e conectorização, além de toda a gama de produtos complementares para garantir a rede passiva dos clientes.

O seu time de apoio logístico é próprio e o transporte é terceirizado – apenas nas movimentações entra as unidades são utilizadas frotas próprias, na maior parte das vezes.

“Hoje temos três veículos próprios, que fazem o trabalho de retirada junto aos fornecedores no Paraná e movimentação entre Matriz (Pinhais) e Centro de Distribuição (Pinhais), trabalhando em um modelo Just in Time. No trajeto Matriz x Linhares trabalhamos com frota terceirizada (três viagens por semanas), assim como no atendimento ao cliente, que é pulverizado entre vários parceiros.”

Ainda segundo Eryck Ribeiro El-jaick, diretor de planejamento e operações da Fibracem, a empresa utiliza apenas o transporte rodoviário, já que nos principais trechos de atendimento é a única forma para atender.

Hoje a Fibracem possui três unidades fabris e dois Centros de Distribuição que ficam localizados em Linhares, ES, e Pinhais, PR. “Estamos atuando da seguinte forma: Matriz Pinhais = 7.500 m² de área construída e 15.000 m² de área total; Fábrica Linhares com Centro de Distribuição = 8.000 m² de área construída e 40.000 m² de área total; Centro de Distribuição Pinhais = 5.200 m² de área construída e 12.000 m² de área total; Fábrica de Injeção Pinhais = 3.200 m² de área construída e 7.000 m² de área total.”

Falando sobre os maiores desafios logísticos enfrentados pela empresa, El-jaick cita complexidade da malha rodoviária no Brasil, com um País de dimensão territorial continental, e dificuldade com modais alternativos. “É preciso maior investimento na malha ferroviária e nos portos no Brasil.”

Diferenciais da logística – Com relação aos diferenciais da logística da empresa, levando em conta o tipo de produto transportado e armazenado, o diretor de planejamento e operações destaca que no apoio logístico trabalham hoje com sistema de abastecimento de linha Just in Time. Já na parte de atendimento do 2nd tier, atuam com uma vasta gama de transportadoras especialistas em determinadas regiões, para atender da melhor forma possível as necessidades locais.

“Atendemos todo o portfólio de rede passiva para nossos clientes, o que traz um grau de complexidade industrial e logístico muito grande, mas facilita a vida do cliente, que recebe tudo de um único fornecedor.”

El-jaick também informa que estão adaptando a sua operação logística para trabalhar com WMS e acompanhamento de nível de serviço interno para medir e garantir a padronização dos seus parceiros.

 

Grupo Rcell: Logística para atender vários produtos e canais

A logística do Grupo Rcell compreende Operadores Logísticos e transportadoras terceirizadas. Em Serra, ES, atuam com a FedEx Brasil. Já no CD em Itajái,SC, a responsável é a Flex Modal Armazéns Gerais e, em São Paulo, SP, a operação é própria.

Com relação às transportadoras, utilizam: BR Samor, KM Cargo, Braspress, DHL, Correios, TNT/FedEx e ainda outras que estão em processo de cadastramento.

“Como utilizamos transportadoras terceirizadas é difícil precisar quantos veículos são utilizados. Diariamente temos um alto fluxo de demandas, onde as transportadoras retiram as mercadorias nos três CDs, levam para suas bases e, assim, distribuem para todo o Brasil”, explica Alexandre Della Volpe Elias, diretor de Marketing do Grupo Rcell.

Por sua vez, Mônica Murno, diretora Operacional, destaca que, além do transporte rodoviário, é utilizado o modal aéreo. “Esse tipo de deslocamento acontece quando temos cargas de alto valor agregado, como, por exemplo, celulares. Outra função desse tipo de translado é para termos maior agilidade nas entregas dentro do Brasil”, diz Mônica.

O CD próprio do Grupo fica em São Paulo, SP, e possui área total de 1.500 m². Os outros dois CDs, que possuem a mesma metragem do CD próprio, são terceirizados e ficam em Serra, ES, e Itajaí, SC. Em Serra, a responsável pelo CD é a FedEx. Já em Itajaí/SC, o CD pertence à Flex Modal Armazéns Gerais.

Desafios – Falando sobre os maiores desafios logísticos enfrentados pela empresa, Alexandre destaca que, com os mais de 19 anos de atuação no segmento, alguns desafios foram sendo superados com o passar do tempo e ganho de expertise. “Atualmente, a Rcell é capaz de entregar o produto em até um dia útil para todo o Brasil. Nossos desafios atuais passam por reduzir custos logísticos e de transporte, mas sem perder a eficiência na entrega para o cliente, e isso se aplica também para as novas categorias de produtos que a empresa começou a trabalhar recentemente.”

Ele continua: “Com os desafios atuais, estamos em processo de cadastramento de novas transportadoras com foco maior em regiões específicas, que possam reduzir custos logísticos e de transporte, mas sem perder a eficiência na entrega para o cliente. Com a operação logística para as novas categorias de produtos que a empresa começou a trabalhar recentemente, estamos procurando novos Operadores que tenham expertise de atuação no segmento desses produtos em questão.”

Por sua vez, Mônica destaca os diferenciais da logística da sua empresa, levando em conta o tipo de produto transportado e armazenado, revelando que procuram manter um padrão de cuidados especiais com cada pedido, tendo em mente que a satisfação dos clientes é o mais importante para a Rcell. “Focamos em agilizar ainda mais os processos de faturamento, expedição, transporte e monitoramento de todas as NF´s, assim o cliente tem todo o suporte que precisar, além de receber o seu produto o mais rápido possível”, diz a diretora Operacional.

Por falar em clientes, Mônica também destaca os diferenciais da logística da empresa em benefício destes. “Buscamos soluções junto com as transportadoras para que as entregas sejam realizadas de acordo com o SLA prometido. Com isso, o pequeno varejo, que possui estoques reduzidos, pode contar com a eficiência de entrega da Rcell para manter seu portfólio de produtos sempre atualizados. Dessa maneira, nossas entregas são realizadas no menor prazo e com máxima eficiência, gerando menores custos e ganhos de escala.”

O Grupo Rcell implantou o WMS Sankhya no CD de São Paulo, SP, além de fazer investimentos em novas tecnologias para agilizar os processos operacionais internos.

“As empregabilidades do WMS são muitas e destacamos: gerenciamento e automatização de todos os processos logísticos; maior eficiência no gerenciamento do CD, otimizando espaço, controlando entrada e saída dos produtos (FIFO) e assertividade de inventário, entre outras funções; estudo para inclusão de tecnologia IoT para os processos logísticos internos e tecnologias de realidade aumentada; no transporte, foi desenvolvido o leilão de frete, onde é possível escolher qual é o menor custo de frete, com melhor SLA de entrega”, diz Alexandre.

Liderença – O Grupo Rcell, líder no segmento de distribuição de smartphone e games no Brasil, trabalha nos segmentos de smartphones, games, informática e eletro, com a venda para o B2B.

Também está iniciando a operação com novas linhas de produtos, como os das linhas branca e marrom e de climatização, dentre outras, aumentando o portfólio e diversificando os ramos de atuação. Já a Webfones, braço da Rcell voltado para o público final (B2C), atua nos segmentos de informática, eletrônicos, eletroportáteis, smartphones, acessórios de telefonia, ar-condicionado e ventilação, bem-estar, saúde, ferramentas e equipamentos de limpeza.

Além disso, no segundo semestre de 2020, em parceria com o Mercado Livre, o portal lançou o Web-Mercadinho, um e-commerce focado na venda de produtos de supermercado (FMCG – Fast Moving Consumer Goods, ou Bens de Consumo de Movimento Rápido).

Além da parceria com os grandes varejistas do país, como Magazine Luiza, Casas Bahia e Amazon, entre outros, e excelente penetração junto a importantes redes regionais, como Gazin, Eletrosom, Casa & Video, Muffato, Nagem, MFarma e Condor, o Grupo Rcell está atento às necessidades dos pequenos e médios varejistas e adotou também uma série de estratégias para ajudá-los a renovar seus estoques e superar este momento de pandemia.

E, mesmo em um período de tantas incertezas como foi 2020, o Grupo acumulou um crescimento vertiginoso em todas as divisões, com destaque para a Webfones, canal digital voltado para o B2C que atingiu um crescimento de 360%.

 

Soprano: Produtos diversificados exigem uma logística acurada

A Soprano indústria Eletro Metalúrgica possui uma linha de produtos bastante diversificada: fechaduras, ferragens, cadeados, disjuntores, interruptores, fechaduras e componentes para móveis, caixas térmicas, garrafas térmicas, utilidades domésticas, produtos para refrigeração, placas, inversores e sistemas fotovoltaicos.

Por isto, tem uma logística bastante diversificada, utilizando 100% de estruturas terceirizadas, sendo as operações divididas em Fretes Pesados (Interfábrica), realizadas com Operadores Logísticos (Irapuru e AGV), e Frete de Distribuição (Fracionado), para as operações de Last Mile, utilizando empresas como FL Brasil, BBM e Patrus.

No Frete Pesado são utilizados em média quatros veículos/dia, com capacidade de 25 toneladas, nas rotas: Caxias/Farroupilha, RS, para Campo Grande, MS;  Campo Grande, MS, para Bauru, SP; Campo Grande, MS, para São Jose dos Pinhais, PR; e Campo Grande, MS, para Caxias do Sul, RS.

“Já no fracionado, são entregues em média 500 NF´s por dia (Grupo Soprano como todo). Nessa volumetria estima-se utilizar em torno de 70 veículos, compartilhados com demais clientes das transportadoras”, comenta Valter Jose Sonda, diretor de Operações da Soprano, lembrando que utilizam, também, o transporte aéreo, para atender a urgência do cliente.

Para a armazenagem, a empresa tem dois CDs de expedição, um localizado em Campo Grande, que expede as divisões Metálica, Eletrica e Gases, e outro em Farroupilha, que expede as Utilidades Plásticas.

Mesmo com toda esta estrutura, Valter aponta que são enfrentados vários desafios logísticos. Por exemplo, agilidade, para conseguir manter o prazo competitivo, estando em torno de 700 km mais distante que os principais concorrentes. Outro desafio é a conciliação dos negócios do Grupo na mesma operação, ou seja, conseguir conciliar na mesma operação de transporte, materiais elétricos, gases de refrigeração, utilidades plásticas, metais e componentes, entre outros, gerando, assim, mais confiabilidade no processo ao cliente final, melhorias na gestão de custos e ganhos de prazos.

Por fim, outro desafio é a gestão de custos, ou seja, conseguir atribuir custo justo ao processo de transporte, para que os produtos cheguem ao mercado consumidor também com valores justos e acessíveis.

O diretor de Operações aponta, também, como estes desafios são enfrentados: Engajamento Operacional, com escalonamento de carregamentos e direcionamento de esforços para o melhor atendimento dos clientes; rotas dinâmicas e direcionadas, ganhando tempo no transit time e sendo mais competitivo; e gerindo parcerias ganha-ganha com os fornecedores, com negociações e prazos transparentes e ações contínuas de melhorias.

Aliás, estas medidas também apontam para os diferenciais da logística da Soprano: utilização de empresas de referência do mercado como seus parceiros de entrega; rotas Itinerantes, que agilizam e aproximam os mercados; e flexibilidade junto às necessidades dos clientes.

“A logística da Soprano está estruturada para as necessidades do cliente, com acompanhamento e gestão de agendas de entrega, agilidade e transparência nas tratativas, atendimento personalizado e custo apropriado ao produto que trabalha”, comenta Valter. Ele também revela que o mercado vem passando por renovação muito acentuada, focado no e-commerce e tempo de atendimento. A segmentação da Soprano está ligada a comercio/varejo, o que fez com que a empresa promovesse ações para trazer agilidade e confiabilidade aos processos, para abastecer seus clientes na velocidade que os mesmos precisam para se manterem competitivos nas revendas físicas, comparado ao mercado eletrônico.

Por traz destas ações está toda uma tecnologia adotada pela empresa: Gerenciamento de Docas – Utilizado para gerenciar os espaços de carregamento e agilizar a expedição de materiais volumosos; WMS – Utilizado para agilizar a armazenagem, expedição e controle de estoques; Software de Gestão de Fretes, para auditar, monitorar e alinhavar valores pagos, gerir agendas de entregas, monitorar e controlar os desempenhos dos parceiros de entrega; BI – Associado ao Software de Gestão, a Soprano utiliza o BI, para monitorar os índices de desempenho SLA, KPIS e gerir os controles de tempo e qualidade.

Pandemia – Sobre o que mudou na logística da empresa em função da pandemia, o diretor de Operações aponta que a logística dentro do Grupo Soprano teve uma reformulação, com uma nova estrutura (equipe corporativa), direcionamento para qualidade e primando pela troca de conhecimento com fornecedores e executando em conjunto ações de resiliência com fornecedores e clientes para ultrapassar o momento pandêmico.

Também houve a busca por novas parcerias, com fornecedores regionais especializados no perfil de carga da Soprano, e atendimento mais próximo ao cliente, buscando interagir de forma a evitar que os fatores sanitários externos não impactassem na execução das atividades logística, e o grau de atendimento junto aos clientes continuasse em nível satisfatório.

“As mudanças realizadas são atemporais, pois são ajustes direcionados às novas exigências de mercado e às necessidades de consumo dos clientes. O foco e o direcionamento para agilidade e qualidade formam o alicerce para ganhos logísticos a médio e longo prazo dentro do Grupo”, completa Valter.

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