A liberação parcial de microchips pela China reforçou o papel da logística emergencial para assegurar o abastecimento das montadoras e evitar perdas bilionárias no setor automotivo, responsável por cerca de 20% do PIB da indústria nacional. Embora o anúncio do presidente da Anfavea, Igor Calvet, tenha trazido algum alívio, ainda persiste o risco de interrupções caso os componentes não cheguem às linhas de produção em tempo hábil.
A suspensão temporária da exportação de semicondutores pela China, no início de outubro, agravou a preocupação no Brasil e em outros mercados globais. O movimento ocorreu após a intervenção do governo holandês na Nexperia, empresa chinesa sediada na Holanda e responsável por 40% do mercado mundial de chips utilizados em veículos. Como esses componentes estão presentes em grande parte dos modelos produzidos no país, o alerta se estendeu à cadeia automotiva dos Estados Unidos, Europa, Ásia e do próprio Brasil.

Microchips e risco de ruptura na cadeia automotiva
Cada veículo pode conter entre 1.000 e 3.000 microchips, o que torna a produção altamente sensível a qualquer ruptura global. Dessa forma, o impacto de uma interrupção seria imediato, podendo afetar cerca de 130 mil empregos diretos e 1,3 milhão de postos indiretos em toda a cadeia produtiva, segundo a Anfavea.
Para o especialista em logística emergencial, Marcelo Zeferino, CCO da Prestex, a situação exige operações rápidas e integradas. “A logística emergencial de alta performance permite que os chips cheguem às montadoras com velocidade e precisão, inclusive nas regiões mais afastadas, como o Nordeste e o Centro-Oeste, onde o risco de ruptura pode ser maior”, afirma.
Zeferino explica que a Prestex tem acionado protocolos específicos, incluindo rotas dedicadas, desembaraço aduaneiro acelerado e monitoramento em tempo real, a fim de agilizar o fluxo das entregas. Segundo ele, “com uma operação estratégica, utilizando o aéreo e o rodoviário, é possível reduzir em até 70% o tempo médio de entrega em áreas críticas”.
Ações emergenciais para manter a produção
A Prestex, que atua há 23 anos no segmento de logística emergencial, mantém parcerias com diferentes modelos de aeronaves cargueiras, atendendo todos os estados brasileiros. “Em uma estratégia emergencial, é possível iniciar uma operação de charter em menos de 1 hora, isso, dentro de um cenário automotivo, não é diferencial, é exigência”, observa Zeferino.
A possibilidade de paralisação das linhas de produção é especialmente relevante no Brasil, onde o setor automotivo tem papel expressivo na indústria. Em um contexto de juros altos e demanda moderada, qualquer interrupção pode afetar o faturamento das montadoras e reduzir a competitividade do país.
Continuidade produtiva com logística emergencial
Marcelo Zeferino destaca ainda que “o foco da Logística Emergencial e da Prestex é garantir continuidade produtiva às indústrias brasileiras, conectando tecnologia, planejamento e execução emergencial em um único modelo de operação”. Ele acrescenta que a empresa está entre as que mais realizam voos fretados na América do Sul. “De um helicóptero até um 777, a empresa está apta para atender sob qualquer circunstância com resposta imediata”, conclui.









