O setor logístico brasileiro vive um momento de reconfiguração. De um lado, o governo retoma o planejamento de longo prazo com o Novo PAC, que promete destravar gargalos históricos em rodovias, ferrovias, portos e hidrovias. De outro, a iniciativa privada se mobiliza para incorporar tecnologia, eficiência energética e diversidade para incrementar competitividade e sustentabilidade. O conjunto de reportagens desta edição reflete esse cenário em transformação — e os desafios de torná-lo realidade.
Na matéria sobre o Novo PAC, mostramos como o programa busca recuperar a capacidade de investimento público e estimular parcerias privadas em logística. O destaque está nas concessões de rodovias e hidrovias, na ampliação da malha ferroviária e na modernização dos portos.
O Novo PAC também reforça a agenda de descarbonização, ao priorizar projetos de baixo carbono e soluções multimodais mais sustentáveis.

Esse debate continua na reportagem sobre a desestatização de hidrovias amazônicas, que analisa o potencial transformador das concessões privadas nas rotas do Madeira, Tocantins e Tapajós. O modelo promete modernização, redução de custos logísticos e integração com outros modais, fortalecendo o escoamento da produção agrícola e mineral do Norte e Centro-Oeste.
A transformação digital também ganha espaço na pauta desta edição. Na matéria sobre os novos modelos de contratação/compra de tecnologia, são discutidos temas como o modelo SaaS e o pay-per-use, que oferecem previsibilidade, atualização constante e escalabilidade — características essenciais para operações logísticas dinâmicas. Ainda assim, a compra definitiva de sistemas persiste em setores que valorizam controle total sobre dados e customizações. A reportagem mostra que o equilíbrio entre custo, governança e inovação define o sucesso na digitalização logística.
Mas eficiência não é apenas questão de infraestrutura e tecnologia: também passa pelas pessoas. A matéria sobre diversidade e inclusão na cadeia de suprimentos evidencia como a pluralidade de perfis e perspectivas fortalecem a inovação e a capacidade de resposta das empresas diante de crises e mudanças de mercado. Políticas inclusivas ampliam a criatividade, melhoram a gestão de riscos e reforçam a imagem corporativa diante de clientes e investidores atentos aos compromissos ESG.
Fechando esta edição, duas matérias conectam a logística à produtividade nacional e à modernização regulatória. Na que aborda a safra de verão 2025/26 e os gargalos logísticos, destacamos as projeções de recorde na produção de grãos e as pressões que isso impõe a uma malha ainda limitada. Sem expansão rápida em rodovias, ferrovias e portos, o país corre o risco de ver a supersafra se transformar em congestionamento — e prejuízo. Já na que aborda o vale-pedágio eletrônico, o foco é a digitalização de um dos pontos mais sensíveis da operação rodoviária: o pagamento de pedágios. O novo sistema promete mais transparência, controle e segurança financeira, beneficiando transportadoras e caminhoneiros autônomos, além de reduzir a burocracia e facilitar a fiscalização.
Estamos sempre atentos aos caminhos do setor, e quem ganha é o leitor, que está sempre atualizado.
Aproveite. Boa leitura.
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