Eletrobras destina R$ 147 milhões para obra na Hidrovia Tietê-Paraná no estado de São Paulo

A Eletrobras repassou, na última sexta-feira (13/06), R$ 147,7 milhões para dar continuidade às obras de ampliação do canal de navegação de Nova Avanhandava, na Hidrovia Tietê-Paraná, no estado de São Paulo. O investimento integra o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e foi formalizado por meio de um Termo de Compromisso com o Governo do Estado, via Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (SEMIL).

Eletrobras destina R$ 147 milhões para obra na Hidrovia Tietê-Paraná no estado de São Paulo

A intervenção é considerada estratégica para o equilíbrio entre geração de energia e o escoamento da produção agrícola, favorecendo especialmente os estados conectados pela hidrovia. A Tietê-Paraná possui 2,4 mil quilômetros navegáveis, interligando seis estados brasileiros e operando com 30 terminais intermodais.

O projeto prevê o derrocamento do pedral de Nova Avanhandava, iniciado em maio de 2023, com a retirada de 552 mil metros cúbicos de rochas, o equivalente a 600 piscinas olímpicas. A obra deve ser concluída até o primeiro semestre de 2026 e permitirá o aprofundamento do canal em 3,5 metros, numa calha com 60 metros de largura e 16 km de extensão.

Com a ampliação, haverá mais flexibilidade na operação das UHEs Três Irmãos e Ilha Solteira, conciliando o uso múltiplo das águas para navegação, geração de energia e sustentabilidade ambiental.

Desde a sua capitalização, a Eletrobras passou a realizar repasses anuais de recursos para o desenvolvimento regional e a revitalização ambiental, conforme determina a legislação. Esses valores, oriundos da outorga paga à União, são geridos por um comitê coordenado pelo Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional, em conjunto com o Ministério de Minas e Energia.

Para Bruno Eustáquio de Carvalho, diretor de Relações Institucionais da Eletrobras, o repasse é a materialização de uma política pública integrada, que une sustentabilidade, impacto social e cooperação entre os entes federativos. Segundo ele, trata-se de uma “obra estruturante para o país, viabilizada por meio da parceria entre o governo federal, o DNIT, o estado de São Paulo e a própria Eletrobras”.

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