Na última terça-feira (29), a empresa que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP) recebeu o primeiro veículo 100% elétrico. Totalmente silencioso e com zero emissões de CO2, o modelo D9W 20.410, da marca chinesa BYD, oferece uma autonomia de 250 km por carga, além de contar com um sistema de freios regenerativos, que auxilia no carregamento da bateria sempre que houver frenagens.
O gerente de manutenção da TCP, Fernando Reis, aponta que “outra vantagem observada para a escolha deste modelo está na suspensão pneumática, a qual permite rebaixar o veículo na altura da carroceria, facilitando a entrada de passageiros, ou elevar o ônibus para superar quaisquer obstáculos na via”.
Devido às medidas de segurança e ao grande espaço do terminal, que atualmente conta com 480 mil m², os ônibus são o principal meio de locomoção usados dentro da TCP para deslocar os colaboradores aos postos de trabalho. Com o novo modelo elétrico, a frota atual passa a ser de três veículos.
Outra medida sustentável recente da empresa foi a eletrificação de dois RTGs (pórticos para contêineres sobre pneus). Os investimentos fazem parte da estratégia do terminal para reduzir a emissão de gases de efeito estufa (GEE), tornando as operações mais sustentáveis.
Concluído em 29 de agosto, o processo de eletrificação dos dois RTGs, usados para movimentar os contêineres que chegam ao terminal pela ferrovia, levou três meses. “Além da redução de 95% nas emissões de CO2 em cada equipamento, a conversão também representa uma diminuição de 90% no custo de manutenção, o que se traduz em uma melhora na confiabilidade e na disponibilidade das máquinas”, explica Fernando.
Estes RTGs também ganharam um novo sistema de automação, responsável pela correção de translado (auto-steering), garantindo que o operador não precise mais controlar a direção do equipamento sobre as faixas de rolamento. Atualmente, a TCP conta com 29 RTGs e outros 11 devem chegar até o final de 2023.
25 anos de investimentos em produtividade
Em 2022, a TCP aplicou mais de R$ 370 milhões em obras de infraestrutura e na aquisição de novos equipamentos, como a compra de 11 novos RTGs, a expansão da área reefer (responsável por armazenar contêineres com controle de temperatura), e a ampliação do gate (portões de entrada e saída de veículos). Atualmente, a capacidade de movimentação máxima do terminal é de 2,5 milhões de TEUs (20 pés de comprimento de contêiner) por ano.