O Porto do Itaqui, no Maranhão, encerrou 2024 com um volume movimentado de 34 milhões de toneladas, sendo o quarto maior porto público do Brasil, de acordo com o estatístico aquaviário da Antaq. Ele é a principal porta de entrada de combustíveis do país e a maior saída de grãos, com destaque para a soja, que registrou sua maior movimentação histórica no ano, com 13,74 milhões de toneladas.
A VLI, empresa de logística integrada que conecta portos, ferrovias e terminais, é responsável por parte significativa da operação logística no Porto de Itaqui. A companhia administra o Terminal Portuário São Luís (TPSL), localizado em São Luís, que movimenta cargas como soja, farelo de soja, milho, ferro gusa e manganês.
O TPSL aproxima o Brasil das rotas de navegação com a Europa e os Estados Unidos, sendo fundamental para o escoamento de produtos da região Centro-Norte. Esse escoamento inclui cargas oriundas do Terminal Integrador Palmeirante e do Terminal Integrador de Porto Nacional, no Tocantins, além de receber cargas de terminais de terceiros e de clientes conectados pela Ferrovia Norte-Sul e pela Estrada de Ferro Carajás.
Com um berço de atracação, o TPSL conta com dois armazéns, quatro silos e três pátios de armazenagem. A capacidade total de armazenamento é de 220 mil toneladas destinadas a grãos e 200 mil toneladas para produtos siderúrgicos.

Inovações
A VLI contribuiu para a eficiência das operações do Porto de Itaqui com a implementação de tecnologias e processos otimizados. Entre as inovações, o Sistema de Planejamento de Embarque e Desembarque de Navios (Speed), que reduziu em 50 horas mensais o tempo de operação nos portos.
O Air Draft, outra tecnologia adotada, permite o recebimento de navios com menor quantidade de água nos tanques de lastro, aumentando a capacidade de carga e reduzindo o tempo de operação por navio em até 14 horas.
“Em julho de 2024, o TPSL registrou seu maior recorde de movimentação, com 718 mil toneladas de grãos transportadas, 4,35% a mais do que no mesmo período do ano anterior. Parte desse crescimento é atribuída à eficiência proporcionada pelo Air Draft”, explica Douglas Marques, gerente-geral de Portos e Terminais Norte da VLI.
No setor ferroviário, o algoritmo Fuelytics otimizou a condução das locomotivas, resultando na economia de 3 milhões de litros de diesel e na redução de 7 mil toneladas de CO2. Já o sistema Leader, de condução semiautônoma, trouxe uma economia de até 3,5% no consumo de combustível no Corredor Norte.

Expansão das operações
Entre 2014 e 2023, a VLI investiu mais de R$ 14 bilhões na expansão e modernização de sua infraestrutura. Em 2023, a companhia adquiriu 168 vagões Hopper HTT e três locomotivas para operações na Ferrovia Norte-Sul, com um investimento aproximado de R$ 200 milhões.
“Nossos investimentos garantem mais eficiência e competitividade ao agronegócio brasileiro, que vai crescer no Corredor Norte. O novo Centro de Controle Operacional no TPSL, inaugurado em abril de 2024, trouxe modernização, automação e mais segurança para as operações portuárias. Estamos preparados”, disse Ederson Almeida, diretor de operações do Corredor Norte da VLI.

Em 2023, a VLI registrou recordes de movimentação no Corredor Norte, atingindo 14,5 bilhões de TKU, superando os 14,1 bilhões de 2022. No TPSL, movimentou 5,6 milhões de toneladas no último ano, demonstrando sua importância na logística de exportação do Brasil.
Com uma atuação que abrange aproximadamente 8.000 km de ferrovias, nove terminais intermodais e sete estruturas portuárias, a companhia está presente em cerca de 300 municípios, distribuídos em 10 estados e no Distrito Federal, empregando mais de 7.000 pessoas. Em 2023, movimentou 61 milhões de toneladas em suas ferrovias e 43 milhões de toneladas nos portos.
A jornalista viajou ao Maranhão a convite da VLI.
