Transporte aéreo: crise gera oportunidades de expansão para novos segmentos do mercado

04/04/2016

O ano de 2016 para o setor de transporte aéreo de carga terá um crescimento tímido em comparação com 2015, segundo as perspectivas apresentadas pela IATA – International Air Transport Association. O cenário mais positivo sinaliza aumento de 3% no volume transportado globalmente. Entretanto, as previsões para os mercados da América Latina, entre os quais o Brasil é o mais representativo, indicam continuada retração, conforme demonstrado no ano passado, quando a queda foi de 6%, de acordo com a IATA.

De fato, para Eduardo Rodrigues Calderon, diretor de cargas da GOL Linhas Aéreas Inteligentes (Fone: 0300 1152001), as perspectivas não são nada otimistas. “A tendência é a redução da produção e, consequentemente, a queda da movimentação de envio de cargas em função da recessão esperada pelos principais órgãos de pesquisa. Poderá ocorrer, também, uma migração para o modal rodoviário, reduzindo ainda mais o uso do modal aeroviário”, conta.

Realmente, o cenário é bem desafiador para 2016, mas Dionísio Santos, gerente de produto aéreo da Allink Air (Fone: 11 3254.9766), é da opinião de que são nessas épocas de dificuldades que surgem excelentes oportunidades ocasionadas pela própria necessidade de parcerias e o fortalecimento de negócios. “Este ano não será diferente de 2010, porque também aproveitamos essa crise para alavancar novos negócios, principalmente devido à elevação da variação cambial, que acaba por colocar os produtos brasileiros em escala de maior competição no mercado externo”, adiciona.

No entanto, ele lembra que a burocracia, a morosidade em liberações de mercadorias e os custos altíssimos de toda a cadeia de serviços acabam tornando o desempenho de setor negativo, fazendo com que muitas oportunidades sejam canceladas ou perdidas para outros mercados no exterior, que são mais estruturados e com custos menores.

René Genofre, head of airfreight Brazil da Panalpina (Fone: 11 2165.5500), também fala nas oportunidades. “Soluções inovadoras, que propiciem eficiência e economia de escala aos clientes, serão fatores decisivos para o fechamento de novos negócios. Além das oportunidades em exportações que o câmbio atual nos possibilita.” A empresa, por exemplo, projeta expansão em termos de volume de carga operado, grande parte alavancada pela oferta de solução em conectividade com aeronave cargueira para o aeroporto de Viracopos, SP.

De acordo com Vera Lima, diretora de operações da FedEx (Fone: 3003.3339), o tamanho do desafio para este ano irá depender dos movimentos econômicos e políticos do país. A empresa está aproveitando essa fase para rever alguns processos e buscar novas maneiras para atender as demandas que estão surgindo. “Além de soluções operacionais e comerciais, que atendem a todos os tipos de cliente, estamos investindo em campanhas para incentivar a exportação entre as PMEs, por exemplo”, conta. Para ela, o transporte aéreo de carga sempre terá espaço, tanto para envios nacionais quanto internacionais, devido à agilidade e à segurança que oferece.

Segundo Maurício Coelho, diretor de produto aéreo da DHL Global Forwarding (Fone: 11 5542.5500), o mercado deve permanecer estável em comparação a 2015, com alguns setores apresentando crescimento, como o de carga perecível e o aeroespacial, ambas as áreas de atuação da empresa.

Apesar das más expectativas, Jacinto Souza dos Santos Júnior, superintendente da Aeropress, divisão rodoaérea da Braspress (Fone: 11 2177.1400), tem perspectivas positivas, sobretudo no segundo semestre, quando a companhia espera crescimento significativo. “O aumento da produção interna, que deve ocorrer em função da diminuição das importações, irá aquecer o mercado de carga aérea nacional. O segmento do mercado de luxo, no qual já atuamos fortemente, continuará entre nossos alvos, pois ele cresce ano a ano, independentemente das questões econômicas internas”, expõe.

De forma otimista também analisa Luis Quintiliano, diretor-geral da TAM Cargo (Fone: 0300 1159999). “Após um período em que o mercado de transporte aéreo de cargas apresentou uma tendência de baixa, a perspectiva para 2016 é de que o crescimento das exportações, impulsionado pela desvalorização do real, possa gerar uma melhora no fluxo de mercadorias para outros países, beneficiando o modal”, considera.

Quintiliano acrescenta que no Brasil ainda existem alguns mercados a serem explorados e muitos deles voltados ao setor de entregas rápidas, geradas pelo e-commerce, e encomendas de pessoas físicas e micro e pequenas empresas. “Nesse sentido, está em fase piloto um produto voltado para estes setores. Também acreditamos no crescimento do transporte de mercadorias de maior valor agregado, como fármacos e eletrônicos.”

A Nac Air Log Transportes Logísticos e Armazenagem (Fone: 11 2704.7732) também está esperançosa. “Empresários do setor visam a um crescimento de no mínimo 15% a 20%. Tratando-se de cenários geográficos extremamente variados, continuará sendo ótima a integração nacional”, expõem Anaxandra Ribeiro, diretora financeira, Augusto Soares, diretor operacional, Edson Dias, diretor comercial, Emerson Viana, diretor administrativo, e Angela de Paula, assistente de marketing.

Pela análise de Vanessa de Oliveira Corneo, da área comercial da ECX Global Logistics (Fone: 51 3271.2900), o transporte aéreo de cargas é uma modalidade especial. Qualquer embarque desse segmento implica em, necessariamente, urgência. Sendo assim, o cuidado, o manuseio e a prioridade devem ser redobrados, tanto em embarques nacionais quanto internacionais. “Acredito que a urgência com que as coisas precisam acontecer está mais apurada neste ano. Novos negócios e novas possibilidades estão sendo pensadas e, para isso, a resolução precisa ser rápida. A situação econômica atual requer esse tipo de condução dos assuntos e, portanto, os embarques aéreos são bastante procurados. Tanto com relação a novos mercados, quanto a novos produtos, o envio de amostras e a consolidação junto a clientes são prioridades. O transporte aéreo permite esse serviço diferenciado e a certeza de que o tempo, tão precioso, não será desperdiçado”, expõe.

Como estratégia para o cenário não muito animador, a UPS Brasil (Fone: 11 5694.6600) está apostando em mercados emergentes, como o Brasil, que recebeu investimento na sua operação para expansão regional. “O potencial do país ainda é bastante amplo e cresce com a maturação do mercado e com o desenvolvimento econômico, mesmo com o período atual da economia. Os investimentos em infraestrutura ampliam as perspectivas de crescimento para o setor nos próximos anos”, descreve Mauro Ribeiro, gerente de air cargo.

Além disso, a UPS expandiu a operação especializada em saúde com a inauguração de um novo Centro de Armazenamento e Distribuição em Cajamar, SP, que também atende à área de Tecnologia.

De acordo com Ribeiro, as PMEs representam um dos maiores potenciais de crescimento para empresas de todos os tamanhos especializados em diversos produtos e serviços. “Numa perspectiva da indústria, os segmentos de saúde, automotivo e de alta tecnologia estão no topo”, adiciona.

“Embora tenhamos enfrentado condições macroeconômicas incertas, continuamos a investir no crescimento lucrativo. Nossa orientação para o lucro diluído por ação para o ano inteiro de 2016 registra um aumento de 5% a 9% em relação aos resultados ajustados de 2015. Excluindo-se os créditos fiscais de 2015, a taxa de crescimento prevista para 2016 é de 7% para 11%”, revela o gerente.

Também fazendo uma análise do segmento para 2016, Iltenir Junior, CEO da Pront Cargo Logística Personalizada (Fone: 11 2626.2815), diz que o setor brasileiro de carga aérea passa por uma fase curiosa. “Nunca tantos investimentos foram realizados nos mais diversos terminais do país. Concessões, como a de Guarulhos, contribuem, e muito, para a melhoria dos terminais.”

Iltenir Junior acredita que o ano de 2016 vem sendo desafiador para o mercado de carga aérea no Brasil, com retração de volume e demanda de modo geral. “Mesmo diante deste cenário, temos observado a reestruturação das empresas aéreas, terminais verticalizados, plataformas de rastreabilidade e incrementos na segurança. Isso demonstra que o nosso mercado ainda é visto como promissor”, completa.

Influenciadores

O segmento é diretamente influenciado pela economia nacional e pelo comércio exterior, conforme explica Fernando Fetter, diretor de produto aéreo da DB Schenker (Fone: 11 3318.9220). Segundo ele, as tendências econômicas vigentes já há algum tempo devem continuar, o que significa a estagnação das exportações e a queda das importações. “Todos os analistas procuram identificar sinais para a melhoria tão esperada neste quadro, mas as teses mais otimistas apontam para uma possível retomada somente a partir do final deste ano”, revela.

Fetter diz que, na exportação aérea, a estagnação apresentou leve queda no volume transportado em 2015, em relação ao ano anterior, de cerca de 3%, e precisa ser analisada com cuidado. Enquanto as exportações de bens manufaturados, especialmente no setor automotivo, tiveram significativa queda, da ordem de 20%, as commodities, como as frutas, mantiveram-se estáveis ou mesmo com ligeiro aumento de volume, por conta do câmbio favorável.

Já os investimentos na produção brasileira, que se refletem em importações de máquinas e insumos, caíram em igual medida (20% aproximadamente), por conta da situação político econômica grave, gerando incerteza no mercado e, assim, uma cautelosa estratégia de contenção, continua o diretor da DB Schenker.

“Contudo, o mercado aéreo é estimulado às vezes pelas frequentes dificuldades no setor marítimo, com atrasos nas longas rotas da América do Sul, causando rápidas transferências de embarques marítimos para o modal aéreo, em caráter de emergência. Há nichos de mercado que apresentam estabilidade ou mesmo crescimento no volume transportado, como o farmacêutico”, acrescenta.

Fetter expõe, ainda, que a evolução do câmbio tem efeito direto nas vendas de produtos de consumo agrícolas, como frutas, sucos e carnes, transportados via aérea. “No caso de desvalorização forte do real, podemos esperar um desenvolvimento oposto na exportação de perecíveis. Uma possível estabilidade política e melhores perspectivas para a economia poderiam abrir as portas para investimentos contidos hoje, fomentando um acréscimo nas importações voltadas para a indústria e consumo.”

Outro fator externo que também poderá influenciar marcadamente o tráfego aéreo, de acordo com o diretor da DB Schenker, é a concorrência de outros países. Colômbia, Peru, México e Chile têm mercados bem desenvolvidos no modal aéreo e até passam o Brasil em volume de exportações, mesmo que suas economias sejam menores.

Na opinião de Eliane Marchioro Barros Seixas, diretora da Ágile Global Logistics Curitiba (Fone: 41 3372.8806), o cenário político nacional instável e a falta de credibilidade do governo no exterior acabam prejudicando a imagem do país e afastando novos investimentos. Apesar disso, ela acredita que alguns países percebem o Brasil ainda como um mercado interessante devido a sua dimensão e ao potencial em determinados nichos da indústria.

Fatores macroeconômicos como a taxa do dólar sempre vão influenciar o setor na opinião de Coelho, da DHL. “Mas, mais importante que alto ou baixo, o dólar precisa encontrar o ponto de equilíbrio em relação ao real e estabilizar-se. Dessa forma, nossos parceiros comerciais terão mais segurança em fazer negócios com o Brasil”, observa.

Por sua vez, Santos Júnior, da Aeropress, diz que a superação de obstáculos políticos será muito importante para a volta do crescimento. “Precisamos focar no Brasil que produz e na retomada do emprego, pois com isso certamente a nossa economia ressurgirá, uma vez que temos um parque fabril competente e já instalado, além de um imenso mercado consumidor”, declara.

Calderon, da GOL, acredita que a esperada queda do PIB vai reduzir o transporte de cargas em 2016. “Entretanto, o aumento dos casos de roubos de carga em rodovias e o consequente crescimento do custo com segurança para utilização deste modal para transporte de cargas de alto valor agregado poderá mitigar o impacto da queda geral esperada”, acrescenta.

A equipe da Nac Air Log diz que a busca por mais eficiência, produtividade, ampliação de parceiros público-privados e aceleração do desenvolvimento da infraestrutura seriam alguns planejamentos viáveis para o setor que poderiam influenciar positivamente nas atividades neste ano.

Segundo Vanessa, da ECX, é a balança entre preço e qualidade de atendimento que definirá o crescimento ou o recuo do setor. “Havendo equilíbrio entre valores competitivos e um atendimento personalizado e qualificado, o modal tende a crescer em grande escala, pois o tempo vem sendo a grande prioridade para as empresas”, expõe.

Mesmo com o perceptível ceticismo, Genofre, da Panalpina, percebe um movimento importante entre os embarcadores que buscam novas soluções e parceiros. “As margens de lucratividade hoje em dia são menores e a eficiência passou a ser condição sine qua non de existência para todas as companhias. Estamos sendo procurados por empresas de vários setores em busca de nossa expertise para desenvolver, implementar e gerenciar operações logísticas com serviços e soluções diferenciadas”, ressalta.

“Falando de nossa empresa, com foco no atendimento de transportes expressos, acreditamos que as Olimpíadas poderão aquecer o mercado com cenários de última hora, proporcionando demanda de transportes emergenciais para o cumprimento de prazos cada vez mais enxutos”, completa o CEO da Pront Cargo.

 Subutilização

Apesar das vantagens do modal, não há dúvidas de que ele poderia ser mais utilizado no país. Segundo Quintiliano, da TAM Cargo, a representatividade do transporte aéreo de cargas é de aproximadamente 0,05% quando comparado aos modais rodoviário, ferroviário, fluvial e por oleoduto, enquanto nos Estados Unidos essa participação é de quase 1%. No caso brasileiro, a própria dimensão territorial do país é um incentivo a ser explorado. “Para a demanda de carga aérea crescer, é preciso descentralizar as regiões produtivas no Brasil, ainda muito concentradas no Sul e Sudeste”, completa Iltenir Junior, da Pront Cargo.

Com a expansão das rotas e das frotas aeronáuticas, a melhoria da infraestrutura e a retomada do crescimento, esse mercado poderá crescer 58% até 2020, conforme estimam estudos da Abear.

Genofre, da Panalpina, lembra que houve grandes avanços após a privatização de alguns dos mais estratégicos aeroportos brasileiros, como Viracopos e Guarulhos, em SP, Galeão, no RJ, e o Internacional de Brasília, que apresentam hoje intensa qualidade dos serviços e da infraestrutura dedicada à carga.

Outras concessões estão programadas e à medida que os demais aeroportos brasileiros realizem investimentos e adequações, Genofre acredita que o modal aéreo será beneficiado, abrindo a possibilidade para, por exemplo, receber aeronaves mais modernas e de maior porte que hoje não operam em vários aeroportos do país.

Ele destaca que as carências em infraestrutura afetam a eficiência da operação nos acessos aos complexos aeroportuários, mas que a falta de informatização e de integração dos processos tem igual impacto negativo, dando margem à intensificação da burocracia e da ineficiência. Por isso, considera que é preciso harmonizar a tecnologia com todo o setor de cargas aéreas.

Entretanto, conta que o Brasil tem avançado bastante no tema do E-freight, que reduz fortemente o manuseio de papeis e o seu consequente custo para toda a cadeia logística. “Mundialmente, o E-freight já tem uma penetração bastante expressiva. No Brasil já temos avanços neste processo e a Panalpina participa ativamente do grupo de estudo e do desenvolvimento do E-freight importação, como também participou dos pilotos do E-freight exportação. A integração de dados entre todos os elos da cadeia, incluindo autoridades aduaneiras e aeroportuárias, é a chave para o ganho de eficiência”, expõe Genofre.

A responsabilidade de incentivar o maior uso do modal deve ser compartilhada entre os agentes de carga e as companhias aéreas, na opinião de Santos Júnior, da Aeropress. “É preciso transmitir ao usuário a confiança necessária com relação à pontualidade e à frequência dos embarques. Muito vem sendo feito neste sentido e o serviço hoje é muito melhor do que já foi no passado. Precisamos também desmistificar a questão do custo da tarifa. Em algumas situações, ao considerar o valor agregado do produto e o prazo da entrega, o preço pelo modal aéreo é muito atraente”, salienta.

Também na visão de Coelho, da DHL Global Forwarding, ao longo dos últimos anos, o mercado tem ganhado competitividade e agora, com o crescimento da taxa de juros no Brasil e o consequente aumento do custo de estoques, as empresas importadoras e exportadoras passaram a olhar de forma diferente para o que, a princípio, pode ser mais caro, mas ao se colocar todos os custos diretos e indiretos, se torna mais vantajoso.

Fetter, da DB Schenker, acredita que o Brasil precisa se planejar melhor. Ele observa que a indústria ainda tem o modal aéreo como uma aberração, solução de emergência não planejada, sendo poucos os exportadores e importadores que o incluem em seus planos logísticos para fornecimentos regulares. “É preciso configurar melhor o produto para se adequar a uma cadeia logística eficiente, não como válvula de escape, mas como opção viável. Devemos, também, modernizar os fluxos de procedimentos aeroportuários e das companhias aéreas”, cita.

Para ele, o Brasil é singular no mundo, onde as companhias aéreas não operam seus próprios terminais, uma vez que a própria legislação é quase impeditiva ao investimento privado, por razão dos regimes de concessão nas áreas primárias e das tarifas impostas por lei e não pelo mercado. “As novas administrações em Guarulhos, Viracopos, Rio de Janeiro e Belo Horizonte já implementaram significativas melhorias operacionais, mas ainda falta muito”, considera.

Para Vanessa, da ECX Global Logistics, é preciso tornar comum às empresas e às pessoas o fato de que é possível realizar o transporte aéreo sem onerar consideravelmente os custos da operação e, consequentemente, o valor final do produto. “Pensar logisticamente é, justamente, encontrar soluções ágeis e práticas com investimento mais acessível, proporcionando comodidade para todos os envolvidos – desde a fábrica até o consumidor final. Hoje ainda há um tabu muito grande em as pessoas acreditarem que o transporte aéreo inviabiliza uma operação. O incentivo está em mostrar que o tempo que se economiza e as possíveis consequências disso podem, em certas ocasiões, trazer mais benefícios que custos”, finaliza.

Fatores que impedem o desenvolvimento do modal no Brasil

  • Infraestrutura dos aeroportos. Nas grandes capitais, o tempo que se leva para despachar as cargas é desproporcional ao tempo do voo;
  • Falta de investimentos neste setor;
  • Alta carga de impostos;
  • Custos logísticos bastante significativos;
  • Carência de tecnologia avançada;
  • Secretarias da Fazenda (SEFAZ), tendo em vista a morosidade na liberação das cargas para entrarem em rotas de entregas;
  • Seguidas quedas nas tarifas aéreas, desestimulando as companhias a colocarem seus voos no Brasil. Alguma capacidade ociosa na exportação propicia maior competitividade, mas ao mesmo tempo compromete a oferta, uma vez que as operadoras retiram capacidades do mercado por conta da tarifa não remunerativa;
  • Falta de apoio do governo para que se tenha uma movimentação da balança comercial favorável a todos os setores, e não apenas a algumas commodities;
  • Longa distância entre os terminais e os aeroportos, o que gera mais custos para a operação e recursos para garantir a segurança da carga;
  • Custo de querosene de aviação em comparação ao custo do diesel;
  • Falta de aviões cargueiros;
  • Cultura de exportação muito focada em preços;

• Falta de credibilidade dos outros países em relação ao Brasil.

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