Segundo o Simefre – Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários, as indústrias fabricantes de implementos das linhas leve (carroçarias sobre chassis) e pesada (reboques e semireboques) devem terminar o ano de 2012 com queda de 14,3% na produção. O balanço do segmento, de janeiro a outubro deste ano, mostra queda de 16,45% sobre os emplacamentos do mesmo período de 2011. Durante os dez primeiros meses de 2012, foram comercializados 132.860 equipamentos, ante 159.016 unidades no mesmo período do ano anterior. Do total emplacado, 42.785 unidades foram da linha pesada e 90.075 da linha leve, quedas de 14,18% e 17,48%, respectivamente, em relação ao mesmo período de 2011.
A partir de outubro as vendas começaram a subir e 13.463 unidades foram comercializadas, 27,7% a mais que o mês anterior. Esse reaquecimento ocorreu devido à redução na taxa de juro de 5,5% para 2,5% ao ano no programa de financiamento para investimentos PSI-Finame, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES.
As exportações cresceram 16,6%, dentro do período de janeiro a outubro, quando foram exportadas 4.710 unidades ante 4.039 unidades em igual período de 2011. “A indústria deve terminar 2012 com 163.500 unidades emplacadas, estimativa que significa queda de 14,3% em relação a 2011, sendo 108.000 unidades da linha leve e 55.500 da linha pesada. Da produção anual, 158.000 devem ser comercializadas no mercado interno e 5.500 unidades devem ser exportadas”, afirmou Cesar Pissetti, vice-presidente do Simefre. O faturamento do setor deverá fechar em R$ 8 bilhões. Para 2013, espera-se faturamento de R$ 8,5 bilhões a R$ 9 bilhões com vendas de 172.600 unidades, sendo 167.000 para o mercado interno e 5.600 para exportação.
Já a indústria ferroviária deve fechar 2012 com o mesmo faturamento de 2011. A indústria ferroviária de veículos de carga trabalha com a expectativa de terminar 2012 com entregas de 3.100 vagões e 70 locomotivas, contra estimativa feita em dezembro de 2011 de 3.500 e 110 unidades, respectivamente. Cerca de 3.070 vagões atendem o mercado doméstico e 30 são exportados. Nas locomotivas, 56 unidades ficam no Brasil e 14 vendidas ao mercado externo. Em 2011, foram comercializadas 5.616 vagões e 113 locomotivas.
A capacidade instalada da indústria ferroviária brasileira está em 12 mil vagões de carga e 150 locomotivas, anualmente. “Em 2013, essa capacidade instalada deve aumentar. O país terá capacidade para produzir 250 locomotivas. Entre 2010 e 2019, a expectativa da indústria é fabricar e entregar 40.000 vagões e 2.100 locomotivas”, ressaltou Vicente Abate, diretor do Simefre. Cerca de 3.000 vagões de carga e 100 locomotivas devem ser fabricados em 2013.
Por Mariana Mirrha









