Para garantir que a história da ferrovia, que faz parte do patrimônio material e imaterial de inúmeros munícipios no país, seja preservada e conhecida por novas gerações, a VLI – administradora da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) –, em parceria com a Agência de Iniciativas Cidadãs (AIC), criou o Programa Estação de Memórias, que nos últimos anos recebeu mais de R$ 10 milhões para a reforma de seis ativos. Para este ano de 2023, a companhia investirá mais de R$ 2,4 milhões no resgate da memória ferroviária, com um conjunto de ações de fortalecimento dos acervos de estações ferroviárias de importância histórica e de promoção da cultura das comunidades. O investimento é realizado por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet).
Em 2022, o programa chegou a Matozinhos, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), e a Cachoeira, na Bahia. Neste ano, além de Três Rios, no Rio de Janeiro, e Divinópolis, no Centro-Oeste Mineiro, o projeto está previsto para ser implantado em Contagem e Santa Luzia, na RMBH; São João del-Rei e Tiradentes, no Campo das Vertentes, em Minas Gerais; Uberaba, Araguari e Campos Altos, no Triângulo Mineiro; Formiga e Carmo do Cajuru, no Centro-Oeste Mineiro.
O Estação de Memórias reconta o passado, a partir de um processo de cocriação com as comunidades. Encontros e entrevistas identificam casos, lembranças e histórias de quem vivenciou o vai e vem dos trens. Esse conteúdo é transformado em um acervo de fotos e vídeos que é disponibilizado na estação.
“A preservação do patrimônio histórico e da memória ferroviária é um dos pilares da estratégia de atuação social da VLI. Ao resgatar e preservar a memória ferroviária, a companhia reforça seu conceito de que, para pensar no futuro, é preciso valorizar o passado. Preservar as histórias para a presente e futuras gerações faz parte de nosso compromisso de deixar legado e compartilhar valor com a sociedade”, frisa a gerente-geral de Sustentabilidade da VLI, Francielle Pedrosa.
ICMS Cultural
No caso de Minas Gerais, a inauguração da Estação de Memórias nos municípios, além de resgatar a memória ferroviária, também é fundamental para elevar a pontuação deles no Programa ICMS Patrimônio Cultural. O bom desempenho é medido pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha), que encaminha a pontuação definitiva para a Fundação João Pinheiro, instituição responsável por calcular os valores que as prefeituras irão receber do Governo de Minas. Com o impulso na preservação patrimonial e cultural, as cidades recebem verbas para manter ainda mais preservada sua memória cultural e ferroviária.