No Brasil, o transporte de medicamentos e vacinas enfrenta desafios estruturais que comprometem diretamente a segurança e a eficácia desses produtos. Segundo a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), 20% dos medicamentos sensíveis à temperatura sofrem danos durante o transporte devido a variações térmicas. Esse problema resulta em perdas anuais estimadas entre US$ 2,5 bilhões e US$ 12,5 bilhões.
Para AliceAna Paiva, diretora comercial da Tragetta, marca de transporte do Grupo FEMSA no Brasil especializada em cargas fracionadas, a preservação da temperatura ideal durante o trajeto é determinante. “Garantir que os medicamentos cheguem ao destino em condições seguras não é apenas uma questão operacional, mas também de saúde pública. É primordial que esse processo seja conduzido com todo cuidado e atenção necessárias, evitando prejuízos financeiros e comprometimento da integridade dos produtos”, afirma.
As falhas no transporte e no armazenamento de produtos farmacêuticos trazem consequências que vão além das perdas financeiras. Há também o risco de comprometer o abastecimento de medicamentos e vacinas fundamentais para a população.

Monitoramento em tempo real no transporte de medicamentos
Segundo AliceAna, é fundamental que empresas do setor logístico adotem práticas eficazes para assegurar a integridade das cargas. No caso da Tragetta, a companhia trabalha com soluções customizadas, que incluem carga seca, monitorada ou controlada, além de equipamentos de ponta para medição de temperatura, umidade e movimento. O uso de monitoramento em tempo real e de sistemas de gerenciamento de riscos tem como objetivo reduzir variações de temperatura e garantir entregas mais seguras e previsíveis.
“Essas iniciativas permitem maior controle das condições do transporte, redução de variações de temperatura e entregas com segurança e previsibilidade”, acrescenta a executiva.
Integração entre tecnologia e logística no setor farmacêutico
Outro ponto ressaltado por AliceAna é que a integração entre tecnologia e operação logística é indispensável para o transporte farmacêutico. O objetivo, segundo ela, vai além da eficiência operacional, alcançando também a criação de confiança em toda a cadeia de suprimentos.
“Com as soluções adotadas, conseguimos acompanhar cada carga em tempo real, antecipar possíveis falhas e garantir que os medicamentos cheguem ao destino em condições ideais, protegendo tanto os pacientes quanto os recursos investidos”, conclui.









