Operação logística traz, da China, a primeira roda-gigante panorâmica do Nordeste, com 45 metros de altura

Mais de 22 contêineres, sendo 15 deles com excesso de dimensões, e cerca de 22 carretas foram necessários para viabilizar a operação logística que trouxe ao Brasil a primeira roda-gigante panorâmica do Nordeste. Com 45 metros de altura, a estrutura exigiu uma logística minuciosa desde seu embarque no porto de Yantian, na China, até a chegada ao Porto de Suape, no Brasil, em um lote único. Todo o processo foi concluído em tempo recorde, levando menos de quatro meses. 

“Entre os equipamentos empregados, estavam 11 contêineres do tipo 40′ Flat Rack, nove do tipo 40′ Open Top e dois do tipo 40′ High Cube. O principal desafio foi viabilizar o embarque em apenas um lote, especialmente durante um período de altos custos de frete”, explica Dimitri Mattos, Head de Carga Projeto e especialista da ES Logistics, empresa que oferece transporte internacional marítimo, aéreo, rodoviário e ferroviário, atendendo importadores e exportadores com projetos personalizados. “Além disso, as peças maiores, transportadas em Flat Racks, tinham dimensões de 10,40 metros de comprimento, 2,30 metros de largura e 3,57 metros de altura, com peso aproximado de três toneladas cada, exigindo cuidados redobrados para garantir um transporte seguro e eficiente”. 

Esse projeto exemplifica os desafios enfrentadas pelo setor de transporte de carga projeto, que segue como uma das operações logísticas mais complexas de 2025. Como as dimensões e peso são fora dos padrões para o embarque em contêineres convencionais, necessitam de estratégias customizadas. Segundo o especialista, um dos principais obstáculos é justamente a disponibilidade de fornecedores especializados, já que esse tipo de transporte exige equipamentos específicos e equipes altamente capacitadas. 

Outro fator crítico é a necessidade de avaliação rigorosa do percurso para evitar atrasos e imprevistos. “Infraestrutura precária, limitações de altura e peso em pontes, curvas acentuadas e restrições urbanas impactam diretamente a viabilidade do transporte. Por isso, cada detalhe deve ser planejado para certificar que a carga chegue em perfeitas condições”, acrescenta Mattos.  A escolha do modal adequado também é decisiva. “Em muitos casos, a combinação de diferentes modais, como rodoviário, ferroviário, marítimo e aéreo, é necessária para otimizar custos e deixar a operação mais eficaz”, acrescenta o especialista. Para evitar atrasos, custos extras e falhas operacionais, o monitoramento em tempo real e o uso de tecnologias de rastreamento são fundamentais. “Contar com um operador capacitado, que assegure a integração dessas estratégias e ofereça segurança operacional, é essencial. Proteger a integridade da carga, das vias e dos trabalhadores envolvidos é a prioridade, exigindo inspeções rigorosas e capacitação técnica constantes”, finaliza.

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