Com a inauguração da pedra fundamental do Terminal Rodoferroviário de Fertilizantes de Uberaba (TFER), em 9 de novembro, as indústrias do polo industrial de fertilizantes de Uberaba, no Triângulo Mineiro, darão mais um passo para se consolidarem como um dos maiores centros produtores do país.
O TFER integrará o Distrito Industrial da cidade com o Porto de Santos. A solução logística trará economia aos produtores de fertilizantes locais, que poderão ampliar a participação no mercado brasileiro do agronegócio. Uberaba é o segundo maior distrito produtor de fertilizantes do país.
Todos os anos, saem da região de Uberaba cerca de 7 milhões de toneladas de açúcar, milho, soja e farelo para o porto de Santos. “Com essa nova operação, eles descerão carregados com grãos e retornarão com fertilizante, gerando economia na logística e aumentando a competitividade do setor produtivo para o agronegócio”, afirma Juliano Silva, diretor de logística da Link.
Além de melhorar a logística, a iniciativa traz mais segurança ao transporte das cargas e menor emissão de CO². O projeto multimodal integrado consumirá cerca de R$130 milhões em investimentos por meio de uma parceria entre a VLI, a Construtora Terraço e a Link Logistic Group, empresas que administram o Terminal.
Ao integrar porto, ferrovia, rodovia e indústria, o TFER permitirá substituir o modal rodoviário no fluxo de transporte de fertilizantes entre São Paulo e Minas, oferecendo uma opção de transporte mais barata, sustentável e eficiente.
O funcionamento do Tfer, que tem capacidade de movimentar 1 milhão de toneladas, deve ampliar os investimentos e a expansão do agronegócio em Minas Gerais, atendendo à crescente demanda da região do Triângulo Mineiro, além de ajudar na distribuição de fertilizantes por todo país.
Expansão ferroviária
O investimento vem no momento em que o Brasil planeja dobrar, em 10 anos, a participação das ferrovias no transporte de cargas. A ideia é que 40% do transporte seja feito por meio dos trilhos. Para atingir essa marca, o governo federal espera que sejam investidos mais de R$ 90 bilhões por meio da MP 1065 /2021.
“Hoje, 62% do transporte no Brasil é feito por meio de rodovias, 21% por ferrovias, 13%, por água e 4% distribuídos pelos demais modais de transporte. A Link sempre teve o DNA ferroviário. A maior parte dos projetos dos nossos terminais é rodoferroviária e o plano é expandir essa atuação nos próximos anos, oferecendo soluções mais sustentáveis e econômicas aos produtores nacionais”, completa Silva.