Nova detentora da marca de empilhadeiras Clark inaugura planta em Valinhos, SP
Empresa pertencente ao grupo coreano Young An desde 2003 e detentora da marca de empilhadeiras Clark também desde 2003, a Dabo Material Handling está ampliando seus investimentos no Brasil com a recém-inauguração de uma planta em Valinhos, SP, e o lançamento de uma linha de equipamentos.
Na solenidade de inauguração, ocorrida no dia 14 de junho último, estiveram presentes S. S. Baik, vice-presidente da empresa, Kevin Reardon, vice-chairman, Gustavo Maack, da Clark do Chile, e Euclides C. Azenha, diretor de operações no Brasil.
Segundo Azenha, as atividades da empresa vão ter início com o fornecimento de peças de reposição, e até o final deste ano deverá ser iniciada a montagem de empilhadeiras no regime de CKD, complementada com peças de fornecimento local.
Mercado brasileiro
Localizada em uma área total de 2 000 m2, sendo 1 300 m2 de área construída, a nova planta recebeu, numa primeira etapa, investimentos de US$ 250 mil para a construção de uma área coberta destinada a peças de reposição. E, até o final de 2005, estão previstos novos investimentos, de cerca de US$ 500 mil, para o início de montagem de empilhadeiras – a capacidade de produção/montagem será de 800 unidades/ano. A máquina escolhida para a montagem é a CMP25, a combustão e com capacidade para 2,5 toneladas, que responde por 80% do volume de negócios da empresa, sendo que a produção mensal deverá atingir 50 unidades. A nacionalização de peças com o CKD deverá ser, no início, de 10% a 15%, devendo atingir 60% em dois anos.
Sobre a participação da Clark no mercado brasileiro em 2004, Azenha diz que foi de 8%. “Este ano, até abril, já atingimos 16% de participação, e temos projeção de chegar a 20% até o final do ano. Já para 2006/2007, estamos prevendo uma participação de 25%, ou seja, queremos atingir ¼ do mercado de empilhadeiras a combustão interna”,diz ele.
Ainda em termos de mercado de empilhadeiras no Brasil, Azenha diz que, em 2004, o crescimento foi atípico, chegando a 80%, número que dificilmente se repetirá. “Por exemplo, para este ano, estamos prevendo um crescimento de 8 a 10%”, diz ele.
“Esperamos faturar 1 milhão e oitocentos mil dólares em peças/ano, enquanto que, com a venda de máquinas, pretendemos atingir 20 milhões de dólares”, completa, acrescentando que a Clark conta, no Brasil, com 10 distribuidores e 23 pontos de venda exclusivos.
Chapéus
O Grupo coreano Young An, que adquiriu os ativos da Clark Material Handling Company, detentora da marca de empilhadeiras, tem atuação em vários segmentos, sendo considerando o maior fabricante de chapéus do mundo – atende a 30% do mercado mundial. Além disso, atua com a fabricação de ônibus e celulares, tendo também negócios no setor de agropecuária e presta assistência social na Coréia e em vários locais do mundo. “O Grupo tem participação de 16% no mercado mundial de chapéus, 48% de ônibus, 34% de empilhadeiras e 2% em outros setores”, informa o diretor de operações da Clark no Brasil.
No caso da empresa de empilhadeiras, Azenha explica que a produção está dividida em dois blocos. Um é de manufatura de fábrica, contando com uma fábrica na Coréia, sendo que uma segunda fábrica está em construção na China – quase em fase final de conclusão. A terceira fábrica deverá ser criada em 2007, no México.
O segundo bloco é formado pelas empresas comerciais, como a instalada na América do Norte – em Lexington, no Kentucky -, com unidade CKD e peças, e as outras no México e na Coréia. Na Europa – em Duisburg, na Alemanha – já existe uma unidade operando desde 2004 e duas novas para distribuição de peças serão criadas na Espanha e na Inglaterra. Também há a Clark no Chile e no Brasil, com o centro logístico de peças.
Somente no nome Clark, o grupo coreano deverá investir 50
milhões de dólares até 2007, incluindo a nova
fábrica no México. Desde a compra da marca, segundo
Baik, já foram investidos 70 milhões de dólares.
E, para se ter uma idéia do potencial que a China representa,
enquanto a fábrica da Coréia produz 12 000 máquinas/ano,
incluindo CKD, para atender a todo o mercado mundial, a fábrica
da China, que começa a produzir em 2006 somente para atender
ao mercado interno, terá capacidade para produção
de 10 000 unidades/ano. Já a do México terá
capacidade para 5 000 máquinas/ano.
Novas
empilhadeiras
A Clark também está lançando três modelos
de empilhadeiras mundiais. A primeira é a máquina
elétrica cushion modelo TMX, com capacidade de 1 300 a 2
000 kg, dotada de motores que não utilizam escovas e, sim,
de freios regenerativos, que permitem a frenagem sem acionar o pedal
de freio.
A outra novidade é a máquina pneumática modelo
EPG, com capacidade de 1 500 a 3 000 kg, enquanto o terceiro modelo
novo é a máquina de pneus cushion e pneumático
Gênesis, com capacidade de 1 500 a 3 000 kg. Esta última
conta com vários sensores de alta proteção
contra mau uso, como, por exemplo, se o operador tentar saída
com a máquina com freio de mão acionado, ela não
responde aos comandos.