Na Kibon, logística direta para o varejo

17/03/2008

Pelas suas características, o sorvete requer uma logística especial. A Kibon (Fone: 0800 7079933), que atua há 65 anos nesse mercado, que o diga. É o gerente de Customer Marketing de Distribuição da empresa, Marcelo Furtado, quem explica como funciona o processo logístico para distribuição de seus produtos.

A pulverização dos pontos de vendas, associada à falta de espaço para armazenagem nos mesmos, considerando que a empresa conta somente com as conservadoras para isto, além da sensibilidade do produto congelado, que requer maior atenção e cuidado com a qualidade, são fatores que fazem com que a Kibon utilize a estratégia de fornecer diretamente ao varejo. Furtado diz que ao longo dos 65 anos de experiência, a empresa vem adequando sua operação à dinâmica do mercado, e afirma que a configuração atual é reflexo deste desenvolvimento.

“Como a capacidade de estocagem no ponto de venda está restrita ao espaço da conservadora, temos a maior parcela do cadastro sendo atendida semanalmente, por vendas e distribuição”, comenta o gerente, a respeito dos prazos para suprir a demanda. Ele explica que para viabilizar este atendimento em um prazo tão curto, os CDs são estrategicamente localizados. “O atendimento direto elimina problemas como composição de estoque nos intermediários, divergências comerciais, assuntos de crédito, etc.”

De acordo com Furtado, nos clientes organizados, grandes redes e Key Accounts os pedidos são baseados na reposição, que é gerenciada por sistemas e têm os códigos de barras como item chave de controle, tanto de entrada como de saída. Já no varejo, que representa a maior parcela, a realidade é diferente, pois não há sistemas de gerenciamento de estoque nos pontos de vendas. “Neste caso, quem dá suporte ao cliente no gerenciamento de estoque são nossos vendedores, pois eles possuem o histórico de vendas de cada cliente em seus equipamentos eletrônicos de trabalho, o que, associado à experiência de atendimento, permite fazer os pedidos de acordo com as características de giro de cada ponto”, revela.

O transporte de cargas fechadas (para CDs e distribuidores exclusivos) é feito em carretas frigoríficas de 28 paletes, que operam a
– 22 ºC e recebem vários cuidados, como vistoria do estado do pneu, passando pela verificação de odores em seu interior, até a temperatura. “Ela é monitorada através de termo-registrador que acompanha a carga. No destino é rompido o lacre da porta e a temperatura conferida”, esclarece, enaltecendo a importância de preservar a temperatura correta.

Para levar os produtos diretamente aos clientes, Furtado diz que a Kibon utiliza veículos menores, considerando a restrição de tráfego nas grandes cidades e a quantidade viável de entregas diárias, já que o comércio possui restrições para recepção, segundo ele, principalmente de horário. “Neste caso, a temperatura exigida é um pouco diferente, pois o carregamento é realizado a uma temperatura de -33 ºC e, no retorno, ao final do dia, deve apresentar -18 ºC. Isto garante a qualidade do produto durante todo o processo de entrega.”

De acordo com o gerente de Customer Marketing de Distribuição, os maiores desafios encontrados em todo o processo são “atender à demanda em 24 horas, mantendo a qualidade e características físicas do produto, através da condição ideal de temperatura e higiene, além de garantir a distribuição em todo território nacional das inovações, que ocorrem em ritmo acelerado, impactando anualmente em 50% o portfólio”.

Para encerrar, Furtado diz que o forte do processo logístico da empresa é a sincronia entre Unilever – da qual a Kibon faz parte –, operadores logísticos – que realizam a armazenagem, o gerenciamento e a mani- pulação dos estoques –, transportadoras pesadas (cargas fechadas) e transportadoras leves (cargas fracionadas). Atualmente, a Kibon possui unidades fabris em Valinhos, no interior de São Paulo, e em Recife, PE. No segmento de picolés, a pioneira na distribuição de sorvetes no Brasil possui market share de 60% e, na parte de sorvetes em potes, 51%.

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