Nestes dois setores, o fator “moda” é que rege a logística. Assim, estão envolvidos elementos como ciclos de transporte mais rápidos e constantes, valor agregado alto, maiores sazonalidades e particularidades de manuseio do produto, alto grau de desenvolvimento e treinamento dos colaboradores e terceiros e quantidade muito grande de SKUs, entre outros.
A logística nos setores têxtil e de vestuário envolve um ciclo de transporte mais rápido e constante. Nesses casos, a frequência do ciclo de transporte está voltada para as necessidades do consumidor, interessado ou não em uma nova coleção de moda que é lançada, tanto que, em muitas marcas, a cada quinze dias uma nova coleção é lançada, e precisa estar no ponto de venda o quanto antes.
E continua Giuseppe Lumare Júnior, diretor comercial da Braspress Transportes Urgentes (Fone: 11 3429.3262): “tudo isto aliado ao fato de que o lojista não faz estoques desses produtos de uso frequente e constante, e por isso também precisa de velocidade e preço para ter um ciclo rápido de vendas e um maior giro do capital, daí a logística precisar se adaptar ao gosto do consumidor e às características dos lojistas que vendem esses artigos de uso pessoal”.
Este pensamento é complementado pelo de Odair Bernardi, gerente nacional de vendas da MTR Transportes (Fone: 47 3321.2100). “Dentro do segmento têxtil trabalhamos com clientes de valor agregado alto e identificamos que, devido às trocas de coleções, o cumprimento de prazos de entrega, evitando devoluções, é o principal fator para estes clientes.”
Alessandro Panzan, executivo de logística do Expresso Jundiaí Logística e Transporte (Fone: 11 2152.6000), também faz uma análise parecida. “Por ser o segmento de moda, isso já faz toda a diferença, pois é uma carga com alto valor agregado. Além disso, o mercado é exigente e toda a carga relacionada com moda é quase tão urgente quanto os produtos perecíveis. O segmento de vestuário é visto como de grande potencial para as empresas brasileiras, e a perda de um único dia de venda pode ter impacto significativo no resultado de uma coleção, causando perdas irrecuperáveis”, avalia.
Maiores sazonalidades e particularidades de manuseio do produto também são apontados como diferenciais por Rodrigo Bacelar, gerente comercial e de marketing da ID Logistics (Fone: 11 3809.3400). “Na verdade – completa Thiago Oliveira, gerente regional de logística do Rapidão Cometa (Fone: 11 4002.5050) – tratamos a área têxtil como moda. O que tem de diferente é a grande sazonalidade do segmento. São, em média, 4 a 5 coleções por ano. São produtos perecíveis: por exemplo, janeiro é um mês de baixa no setor. Essa é a diferença.”
De fato, a logística dos setores têxtil e vestuário pode ser considerada mais sensível. “Os cuidados com os produtos são mais rigorosos, existindo estruturas e equipamentos dedicados a este tipo de operação. Além disto, é requerido um alto grau de desenvolvimento e treinamento dos colaboradores e terceiros”, completa Felippi Perez, diretor de projetos da Keepers Logística (Fone: 11 4151.9030).
Daniel Mayo, diretor geral da Linx Logística (Fone: 11 2103.2455), também aponta a qualificação dos envolvidos no processo. Segundo ele, os setores têxtil e de vestuário se caracterizam por quantidade muito grande de SKUs (cada modelo de produto é multiplicada por 5 tamanhos e por 3 ou 4 cores em geral). As operações de picking são geralmente por SKU e, não em caixas ou paletes, ocasionando um exaustivo trabalho operacional. Os produtos são considerados frágeis e requerem, além de uma mão de obra mais qualificada para não danificar o produto, condições especiais de armazenagem e embalagem. Cada vez mais os produtos são perecíveis, isto é, a moda muda com velocidade, e as variações climáticas (amplitude térmica em um dia, por exemplo) influenciam demais nas vendas.
Para Marcelo Flório, CEO da LOG Fashion (Fone: 11 4169.5278), a chegada em massa de muitas grifes internacionais tem gerado para o setor de logística têxtil uma necessidade imediata de automação dos processos logísticos, tanto internamente nos Centros de Distribuição, como no acompanhamento em tempo real (on-line) dos processo logísticos como um todo, até a entrega. “Estamos em um momento de grande melhoria tecnológica, buscando as melhores práticas mundiais. Com isso, a novidade, consequentemente, é a abertura do canal de e-commerce deste setor, o que terá um grande impacto logístico, diferenciado em relação aos outros segmentos”, avalia Flório.
Tratamento especial
Quando se fala na necessidade ou não de equipamentos e sistemas especiais nestes segmentos, as respostas são diferenciadas.
Por exemplo, Bacelar, da ID Logístics, e Lumare Júnior, da Braspress, dizem que não há necessidade. Este último alega que isto ocorre porque a encomenda é de fácil movimentação, fracionada e com boa ergonomia. “Muitas vezes não há a necessidade, mas se for detectada uma necessidade específica do cliente, podemos montar uma logística com uma tecnologia diferenciada para o atendimento. Isso é uma questão estratégica”, aponta Oliveira, do Rapidão Cometa. Pensamento semelhante ao de Bruna Grillo Lovato, coordenadora de marketing da transportes Translovato (Fone: 54 3026.2777): “não necessariamente é requerido o uso de equipamentos e sistemas especiais, mas possuímos etiqueta com código de barra própria ou em conjunto com os clientes e esteira para carga e descarga”.
Já Panzan, do Expresso Jundiaí, alega que os segmentos têxtil/vestuário requerem equipamentos e tecnologia que garantam a eficácia da operação de distribuição, como: tecnologia embarcada para dar suporte a um gerenciamento de risco eficaz – frota rastreada, sensores de portas, travamento de carretas/baús e baixa remota na frota de distribuição via celular conectadas a ferramentas para tracking de pedidos on-line para os clientes e equipamentos de movimentação automatizados.
E, para Toni Junior Ramos Trajano, diretor do Grupo Raupp (Fone: 51 3393.5000), também: adaptação no baú para transporte de produtos em cabides e estruturas de armazenagem. “Há necessidade de estruturas de movimentação e armazenagem especificas para estes segmentos. Exemplos são as colméias utilizadas para armazenagem de rolos de tecidos de diversos diâmetros e comprimento e, ainda, as estruturas suspensas para movimentação de peças de vestuário encabidadas. Em termos de sistemas operacionais, o próprio WMS ou ERP se adapta bem às rotinas e aos processos do segmento”, completa Perez, da Keepers Logística.
Mayo, da Linx Logística, também fala da necessidade de sistemas e equipamentos automáticos que facilitam o picking fracionado, enquanto Flório, da LOG Faschion, diz que é fundamental a utilização de equipamentos especiais e específicos, atrelados à alta tecnologia de informação. “Para o processo da cadeia logística têxtil como um todo, fazemos uso de TMS, transporte em caminhões cabideiros, WMS, sistemas cabideiros automatizados ou manuais de armazenagem e pickings automatizados, tudo integrado aos sistemas dos clientes”, explica o CEO da empresa.
Bernardi, da MTR Transportes, também aponta a necessidade de informação, segurança e garantia dos processos operacionais para que a performance seja assegurada. Os equipamentos de gerenciamento de risco e softwares são indispensáveis, diz ele. “No caso de tecidos, há necessidade de paletes especiais e, no de vestuário, de baús equipados com cabideiros, EDI e paleteiras especiais”, completa Donizete Luis Simon, administrador da Transportes Ouro Negro (Fone: 48 3461.4466).
Tendências
Em termos de logística nestes dois setores, o diretor comercial da Braspress fala que a tendência é cada vez mais a adaptabilidade dessa logística ao gosto do consumidor, até mesmo com uma grade de produtos flexíveis e um giro de transporte cada vez mais rápido e eficiente para entregar a encomenda no local e na hora certa, já que não existe grandes estoques nas lojas. “A tendência é o crescimento, com a contratação de parceiros logísticos para obter aumento da produtividade operacional, redução de custos e despesas com pessoal, diminuição do tempo de recebimento dos fornecedores e entrega aos clientes, aumento de vendas e compras, além de maior confiabilidade nos processos”, completa o executivo de logística do Expresso Jundiaí. Trajano, do Grupo Raupp, também acredita numa consolidação dos operadores, formando um grande player de mercado, dando mais robustez ao segmento e, por sua vez, maior credibilidade junto aos grandes grupos, enquanto Bacelar, da ID Logistics, aponta para a adequação e o dinamismo para atender aos picos em menor tempo.
“Estamos vivendo uma época na qual esses importantes setores estão adaptando-se às cadeias de suprimentos globalizadas, onde se destacam os fornecedores chineses e compradores da América Latina. Portanto, o ponto de discussão deste ano tem sido a logística com foco nas importações, exportações e no transporte marítimo”, aponta, por sua vez, Perez, da Keepers Logística.
Flório, da LOG Fashion, destaca que, atualmente, a demanda por serviços logísticos para o segmento têxtil está crescendo muito, devido principalmente à profissionalização do setor, às fusões e aquisições das grifes nacionais e a vinda de grifes internacionais para o Brasil, por isso, as necessidades por eficiência logística, foco no core business e redução de custos estão em evidência no setor de moda.
“Por estes motivos, atrelados às perspectivas de crescimento econômico do Brasil e ao consequente aumento do consumo, a procura por serviços logísticos no segmento têxtil é bem maior do que a oferta, desta forma, identificamos esta demanda e decidimos investir mais neste mercado. Temos certeza que nos próximos anos a terceirização da logística nestes segmentos será um diferencial estratégico para todas as empresas e, no curto prazo, o mercado buscará este serviço por conta de uma estratégia de crescimento de médio e longo prazos, já que o aumento do volume e dos pontos de vendas será uma consequência natural dos varejistas, portanto, sem o suporte logístico necessário, o crescimento será, com certeza, prejudicado”, analisa o CEO da LOG Fashion.
Já para Mayo, da Linx Logística, o e-commerce nestes setores é a “bola de vez”, enquanto Bernardi, da MTR Transportes diz que a logística reversa é uma necessidade cada vez mais forte. Ainda de acordo com ele, estratégias para reduzir prazos de entrega também são importantes, pois cada vez mais os clientes destes segmentos estarão interessados em garantir que seus produtos estejam disponíveis dentro dos ciclos das coleções.
E Agnaldo Piccilli, gerente da Piccilli Logística (Fone: 11 2941.0155), diz que a tendência é a procura por empresas que trabalhem exclusivamente nestes segmentos, que são específicos. “Nestes setores, as empresas tendem a terceirizar a logística e a focar mais na produção e venda de seus produtos. A tendência é que ocorra, também, uma sinergia entre as empresas. E isso também irá acontecer com a logística, gerando a logística de condomínio e barateando os custos”, completa Oliveira, do Rapidão Cometa.
Problemas
Com relação aos problemas logísticos enfrentados nos setores têxtil e de vestuário, pode-se dizer que muitos deles são os mesmos de OLs e transportadoras que atendem a outros setores, principalmente os relacionados à falta de infraestrutura, como a precariedade das rodovias brasileiras, o atraso das entregas provocado pelas barreiras fiscais e, ainda, as restrições de tráfego nas áreas urbanas.
“Os principais problemas do setor estão muito ligados aos altíssimos encargos sobre a mão-de-obra, transporte de entrega em centros comerciais, cujas normas não são unificadas, e, principalmente, devido às condições das rodovias e baixos investimentos em tecnologia da informação. Outra parte importante no processo logístico têxtil e de vestuário envolve as áreas retroportuárias, que precisam ter sua capacidade de armazenagem de contêineres ampliadas e ter uma atuação efetiva na desburocratização dos processos de desembaraço aduaneiro, pois moda é perecível e muito sazonal. Na Europa, por exemplo, o tempo de desembaraço é medido em horas, enquanto no Brasil leva dias ou semanas. O setor de logística têxtil tem muitas dificuldades nas áreas portuária e aeroportuária, devido também ao fato de uma grande parte dos produtos serem provenientes da China”, explica Flório, da LOG Fashion.
Bernardi, da MTR Transportes, também fala em falta de mobilidade urbana nas grandes cidades, falta de estrutura dos clientes recebedores, concorrência de produtos chineses e aumento dos custos logísticos em função do chamado Custo Brasil.
Já especificamente quanto a estes dois setores, é notório que, pelo fato de estarem geralmente ligados a datas especiais, a estações do ano e à moda, são segmentos bastante sensíveis a prazos de entregas, onde um simples atraso pode gerar o cancelamento de um pedido, diz Panzan, do Expresso Jundiaí.
“O maior problema é ter flexibilidade de demanda. Ter quatro coleções no ano significa quatro estoques no ano. A dificuldade é equilibrar a demanda X oferta. E equilibrar a necessidade de pessoal para atender essas demandas. Temos casos em que há 150 pessoas trabalhando no processo e em outros casos chegamos a apenas 50. A dificuldade é equilibrar essa previsibilidade do futuro, mão de obra e a demanda do cliente”, informa o gerente regional de logística do Rapidão Cometa, ao passo que Simon, da Transportes Ouro Negro, também fala em complexidade da operação, altos custos, informações, carga visada e especialização.
Para o diretor do Grupo Raupp, a mão de obra é um dos principais problemas, por se tratar de uma operação ainda muito manual, tanto na movimentação dos produtos quanto na aplicação dos insumos (etiquetas, cabides…). “Há uma falta de mão de obra especializada, tanto administrativa como operacional. E, também, poucos fornecedores de equipamentos, estruturas e tecnologias para esse tipo de produto, além de contarmos com OLs despreparados e um mercado restrito, com poucos OLs”, aponta Perez, da Keepers Logística. E Bacelar, da ID Logístics, elege, como problema, a logística reversa mais constante.
Para Mayo, da Linx Logística, estes setores contam com uma cadeia formada por uma indústria ainda pouco estruturada, com falta de padronização de identificação e tamanho e, também, pouca colaboração.
Soluções
Também são várias as soluções apontadas para estes problemas.
No caso comum a todas as empresas de logística, as soluções evidentemente passam pela vontade das autoridades brasileiras em melhorar a infraestutura rodoviária, bem como dos aeroportos, portos, etc., para melhorar e desafogar a distribuição de encomendas no País, segundo Lumare Júnior, da Braspress.
“Para os problemas de estrutura geral, como melhores estradas e descentralização dos centros urbanos, é preciso iniciativas e investimentos do poder público. Os embarcadores precisam investir em embalagens adequadas e identificação completa dos volumes, inclusive com informações do destinatário. Para o transportador/Operador Logístico, o desafio permanente é modernizar tecnologias e processos, para cumprir, rigorosamente o objetivo da logística: ‘assegurar a disponibilidade do produto correto, na quantidade correta, na condição correta, no lugar certo, na hora certa, para o consumidor correto por um custo ideal.’ Como em todos os segmentos, os problemas, só podem ser resolvidos ou minimizados quando todos os integrantes da cadeia pensam e agem no mesmo sentido”, aponta o executivo de logística do Expresso Jundiaí.
Na visão de Flório, da LOG Fashion, a solução para melhorar os problemas logísticos dos setores têxtil e de vestuário está concentrada em o Governo entender melhor as demandas de cada elo da cadeia logística têxtil e apresentar a melhor solução, pois as decisões do Governo muitas vezes não são compartilhadas com o setor. “As tentativas de solucionar os problemas são contornadas com estudos pouco detalhados, sem planejamento e controle. No entanto, é um processo de longo prazo, que deve ser realizado em conjunto. A partir disso, é necessário desenvolver processos específicos, personalizados por segmento, considerando, também, as melhores práticas no mundo e a experiência de profissionais especializados no mercado.”
Para Trajano, do Grupo Raupp, as soluções, sem dúvida, passam por treinamento e retenção de mão de obra especializada com investimentos em tecnologia. Já para Bacelar, da ID Logistics, envolvem velocidade na entrega.
“Acreditamos que as soluções compreendem intensificação dos investimentos por parte das empresas do segmento têxtil e vestuário, novos players no mercado de OLs que atendam às necessidades do setor, tecnologias e equipamentos mais específicos e de fácil acesso e, principalmente, uma mudança de cultura entre empresas e OLs que atendem este setor: tendo em vista que as margens dos produtos são estreitas, empresas e OLs devem procurar um denominador que beneficie os dois, atendendo às demandas do setor e remunerando de forma coerente os parceiros”, anota Perez, da Keepers Logística.
Opinião semelhante tem Mayo, da Linx Logística, para quem a conscientização dos players das restrições e dificuldades é o primeiro passo para a construção de uma cadeia colaborativa e a contratação de parceiros estruturados que ofereçam um serviço especializado no setor.
A lista de soluções de Bernardi, da MTR Transportes, inclui otimizar e consolidar operações, melhoria contínua de processos, evitar custos com processos repetidos ou obsoletos e política de vendas que leve em consideração o modelo logístico implantado, enquanto a de Simon, da Transportes Ouro Negro, compreende especialização, qualificação da mão de obra e investir em equipamentos e ferramentas.
“Com o olhar de operador logístico, três coisas são importantes para dar solução aos problemas. O planejamento, ter informações detalhadas sobre o cliente e experiência. Tudo isso aliado a uma boa gestão”, finaliza Oliveira, do Rapidão Cometa. •
Embarcador
Karsten: logística envolve parceiros comprometidos
A Karsten (Fone: 47 3331.4000), empresa do segmento têxtil voltada para produtos de cama, mesa, banho e tecidos para decoração, que acaba de completar 129 anos, está em ritmo de comemorar as conquistas mais recentes. Isso porque a empresa foi eleita uma das 500 maiores da região Sul, de acordo com o ranking da revista Amanhã, que está em sua 20ª edição, e ocupa a 50ª posição no ranking das empresas mais inovadoras.
Pelo seu porte e a sua linha de produtos, é fácil perceber a importância da logística no desenvolvimento de suas atividades. “A logística em nossa área envolve parceiros comprometidos e dedicados a nossa operação, que conheçam o setor. A logística integrada facilita a operação entre embarcador e transportador, reduzindo prazos sem prejudicar a entrega”, avaliam Silvana Schutz Wollick, coordenadora de faturamento e transportes, e Anelise Steinert, analista de transportes da Karsten.
Mas, mesmo com esta parceria, alguns problemas ainda são enfrentados pela empresa. “São clientes cada vez mais exigentes com regras de faturamento, transporte e entrega. Também vale citar a sazonalidade do setor e a concentração de vendas no comércio brasileiro, que ocorre no final do ano, o que traz dificuldades e gera custos desnecessários. É preciso muito planejamento para eliminar as adversidades que decorrem desde o carregamento até a entrega final, equilibrar todas as situações para manter os prazos assumidos e os custos logísticos dentro das metas definidas”, relaciona Silvana.
E Anelise completa: “todas as dificuldades do processo podem ser resolvidas se embarcador e operador estiverem com as mesmas informações disponíveis, onde a ordem é planejar em conjunto todas as etapas do processo e ter a estrutura preparada para qualquer eventualidade na entrega. A automatização do processo de picking e packing é fundamental para assegurar a agilidade
da operação”.
As duas especialistas também apontam as tendências nestes segmentos, com a visão do embarcador: que a indústria e o varejo trabalhem com maior variedade de produtos e com estoques reduzidos. Para isto, indústria e logística precisam trabalhar em conjunto, conseguindo o maior volume de informações possíveis e construam um processo extremamente ágil e enxuto (lean) que evite rupturas.
E, finalizando, também dão sugestões para a escolha de um OL ou transportador nestas áreas: “para nosso segmento, é importante o operador conhecer nossos clientes, as particularidades das operações, ter a estrutura adequada para a necessidade de cada embarcador e, principalmente, condições de suportar as sazonalidades inerentes. O custo adequado da operação deve ser construído em conjunto, através do bom planejamento: então, é necessário que o provedor esteja apto para integrar as operações”.









