Modal Marítimo – Ed. 39 Dig.

04/07/2020

Brado aumenta a movimentação de algodão por ferrovia para o Porto de Santos
A operação de transporte de pluma e caroço de algodão por ferrovia em contêineres segue em crescimento na Brado. De agosto de 2019 a abril deste ano, a empresa movimentou 10.500 TEUs entre o seu terminal de Rondonópolis, MT, e o Porto de Santos, SP, onde o produto é entregue para exportação. O pico foi no primeiro trimestre de 2020, quando o volume foi 200% maior em relação ao mesmo período do ano passado.
A empresa atende 16 clientes desse segmento, de produtores a tradings, que decidiram adotar a multimodalidade no lugar de modelos tradicionais de logística, como o rodoviário.
O caroço e a pluma de algodão chegam ao terminal da Brado por caminhão, em trechos que abrangem distâncias entre 150 e 600 quilômetros. Ao receber a carga, a empresa faz o inventário dos produtos, realiza a estufagem e fumigação dos contêineres, articula a vistoria técnica do Ministério da Agricultura e, em seguida, realiza o transporte ferroviário. Com todos os procedimentos feitos antes da ferrovia, a carga chega pronta para o embarque nos terminais de Santos. De Rondonópolis a Santos, o algodão é movimentado por 1.500 quilômetros de via férrea.

Exportação de grãos pelo Porto de Paranágua deve crescer 8,5% no 3º trimestre
Os operadores de graneis sólidos de exportação do Porto de Paranaguá preveem aumento de 8,5% na movimentação para o 3º trimestre do ano
De julho a setembro, eles esperam movimentar cerca de 7,6 milhões de toneladas, 600 mil a mais que o exportado no mesmo período, em 2019.
Na expectativa, divulgada pela Portos do Paraná, estão as projeções de 12 terminais que movimentam soja, em grão e farelo, milho e açúcar pelo porto paranaense, com base no desempenho dos dois primeiros trimestres do ano.
Os operadores portuários consultados pela Portos do Paraná avaliam que a soja seguirá como o produto mais movimentado. São cerca de 4,97 milhões de toneladas do grão e do farelo esperados – 30,8% a mais que as 3,8 milhões de toneladas exportadas no terceiro trimestre do ano passado.
De açúcar a granel, o volume esperado para os próximos três meses é de 1,45 milhão de toneladas. O projetado é 74,74% maior que as 829.791 toneladas exportadas do produto, em 2019, de julho a setembro.
Tradicionalmente, a exportação de soja é mais forte no primeiro semestre e a de milho, no segundo. O que deve acontecer em 2020. O setor espera movimentar cerca de 1,2 milhão de toneladas do produto no próximo trimestre, quase 50% menor que as 2,42 milhões de toneladas exportadas no mesmo período do ano passado. Mas o segmento está animado. “Nossa expectativa é muito positiva. As safrinhas do Paraná e Mato Grosso do Sul já estão sendo colhidas e serão volumosas, apesar da quebra pela seca; o câmbio e os preços estão atrativos; e temos capacidade logística. Ou seja, todas as condições são favoráveis e o Porto está pronto para a demanda”, acrescenta Helder Catarino, gerente do Terminal da Interalli, principal operadora do produto pelo Porto de Paranaguá.

Santos Brasil inaugura Centro de Controle Operacional no Tecon Santos
A Santos Brasil inaugurou seu novo Centro de Controle Operacional (CCO) no Tecon Santos, maior terminal de contêineres da América do Sul, localizado no Porto de Santos. Nele está reunida toda a gestão do sistema utilizado para administrar as diversas operações do terminal (TOS – Terminal Operation System).
Do centro de controle, a equipe de planejamento de operações da Santos Brasil acompanha de maneira integrada informações detalhadas sobre navios (como atracação nos berços), portêineres, atividade dos gates, recebimento e entrega de cargas, movimentação na ferrovia, posicionamento de contêineres nos armazéns, housekeeping do pátio, índices de utilização de recursos e faróis de alerta operacionais, entre outros.
Os profissionais monitoram também as 50 câmeras instaladas nas diferentes áreas do Tecon e as câmeras do sistema alfandegado do terminal. Essa rede de informações proporciona uma leitura integrada e ágil das atividades, dos fluxos operacionais e seus gargalos, viabilizando intervenções rápidas e assertivas.
Entre os equipamentos que integram o novo CCO estão computadores, rádios, controle dos OCR’s dos gates e dos portêineres, além de um videowall com 16 monitores, que contam com uma nova tecnologia cujo sistema tem mais capacidade de funcionamento e flexibilidade de conteúdo a ter apresentado. Ou seja, é possível ter câmeras direcionadas para um navio em um grupo de monitores e, em outro grupo, o pátio. Isso faz com que os coordenadores tenham uma visão global e facilitada do todo. O sistema foi projetado para agregar, quando necessário, implantações futuras de novas tecnologias desenvolvidas a partir de inteligência artificial e machine learning.

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