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Centro de Distribuição 3 de setembro de 2020

Mais CDs, menos Correios: o crescimento da logística do Mercado Livre

Apenas no segundo trimestre, o Mercado Livre vendeu 5 bilhões de dólares, mais do que o dobro do que no mesmo período do ano passado. Foram 178,5 milhões de itens – desses, 157,7 milhões passaram pela divisão de logística da companhia, o Mercado Envios.

Criado em 2013, há alguns anos o Mercado Envios gerenciava apenas a tecnologia para o pagamentos de envios para a logística. Por meio do Mercado Envios, os vendedores pagavam pelo frete e imprimiam uma etiqueta para envio pelos Correios.

Nos últimos anos, a empresa avançou para ter uma malha logística nas estradas, entrega de última milha, diversos centros de distribuição e de cross docking e centenas de pontos físicos para depósito de produtos. Mais de 50% dos produtos já saem do armazém de um centro do Mercado Livre. A última etapa é fazer todo o serviço logístico para o vendedor, da gestão de estoque, preparo dos pedidos, envio e entrega. Esse serviço é chamado de fulfillment e já é usado em 20% das vendas.

“Hoje nossa malha consegue atender toda nossa demanda, que explodiu na pandemia, e estamos com uma velocidade de entrega fora de série, com pico histórico na satisfação do cliente”, diz Leandro Bassoi, diretor de Mercado Envios em entrevista à EXAME.

Correios
Com o desenvolvimento da malha logística própria, o Mercado Livre diminui sua dependência dos Correios. “Diminuir a dependência é importante não só para o Meli, mas também para os Correios. Quando um parceiro é muito grande dentro do negócio do outro, começam a aparecer situações não desejáveis para nenhum dos dois lados”, afirma Bassoi. “Estamos buscando uma série de parceiros, para manter todos saudáveis e que todos os lados ganhem dinheiro.”

Para o diretor, embora as grandes varejistas tenham investido para criar sua malha própria, essa não é a realidade da maior parte dos lojistas. Oito a cada dez varejistas online de pequeno e médio porte dependem dos Correios como fonte principal dos fretes aos clientes. Com a greve dos Correios, esses varejistas podem ficar desassistidos. Para o Mercado Envios, é uma oportunidade para conquistar ainda mais clientes para o seu serviço.

Outros varejistas também ganham com a paralisação. Segundo os dados do Bling, um negócio de tecnologia dedicado a sistemas de gestão para microempreendedores, pequenas e médias empresas com vendas online, quem mais ganhou negócios no primeiro dia de paralisação foram transportadoras particulares. Pela ordem, ganharam a paulistana Intelipost (28% de aumento em relação ao período anterior à greve), Total Express (25%), Mandaê (16%), Mercado Envios, braço de logística da gigante do e-commerce Mercado Livre (9%) e B2W, dona das marcas Americanas e Submarino (1%).

Fonte: Exame

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