Com o crescimento da produção agrícola brasileira, a logística assumiu papel cada vez mais estratégico para o agronegócio. Segundo levantamento do Esalq-LOG, em parceria com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), 54,2% da produção de grãos do país foi escoada por meio do transporte rodoviário. O dado reforça a dependência das estradas e evidencia a necessidade de soluções tecnológicas que garantam eficiência e previsibilidade ao setor.
De acordo com André Pimenta, CEO da Motz, transportadora digital que conecta cargas e destinos, o setor logístico é um elemento-chave para o avanço da cadeia produtiva agrícola. “Hoje, esse segmento é um elemento-chave para o crescimento da cadeia produtiva, pois vai além do simples transporte, utilizando tecnologia para otimizar rotas, evitar imprevistos e consequentemente garantir mais segurança nas operações. Com monitoramento de carga em tempo real e processos automatizados, garantimos que os produtos cheguem ao destino sem atrasos e com qualidade, tornando toda a operação mais eficiente”, afirma.

Nos últimos anos, a Motz intensificou sua atuação no agronegócio, ampliando a base de motoristas — que já ultrapassa 100 mil profissionais cadastrados — e investindo em soluções digitais para atender à crescente demanda por eficiência e escala nas operações. Com base na experiência acumulada, André Pimenta destaca três pilares fundamentais que tornam a logística moderna um diferencial competitivo para o agronegócio: eficiência operacional, previsibilidade e expansão de mercado.
Eficiência operacional e conectividade na logística do agronegócio
Uma logística bem estruturada alia eficiência operacional e conectividade, aproveitando rotas e motoristas de forma inteligente. Dessa forma, cargas são entregues mesmo em trajetos que antes retornariam vazios. O uso de ferramentas digitais facilita a contratação e a gestão de cargas e documentos, tornando o processo mais ágil e confiável.
“A crescente digitalização aproxima a logística do ritmo do agro, em que o embarcador tem a necessidade do acompanhamento de carga em tempo real, com visão mais clara dos processos e garantia de segurança em cada etapa da entrega”, explica Pimenta.
Previsibilidade e agilidade no transporte rodoviário
O transporte rodoviário continua sendo o principal meio de escoamento da safra e de abastecimento de insumos agrícolas. A previsibilidade, segundo o CEO da Motz, é essencial para o funcionamento sincronizado do setor. “A previsibilidade permite que o setor funcione de forma sincronizada, antecipando desafios e ajustando operações com agilidade, algo que só um processo bem planejado e baseado em dados pode garantir”, afirma.
Além disso, a entrega eficiente de insumos agrícolas como fertilizantes, sementes e defensivos é fundamental para o cumprimento das janelas de plantio. “A logística que garante o abastecimento no momento certo sustenta o equilíbrio entre o plantio e a colheita, sendo tão estratégica quanto o próprio escoamento da produção”, acrescenta o executivo.
Expansão de mercado e alcance comercial no agronegócio
Por fim, a logística eficiente é um fator decisivo para ampliar o alcance comercial do agronegócio, conectando produtores a novos mercados e compradores em diferentes regiões. “Um produto bem produzido precisa chegar ao destino de forma eficiente e segura, e isso só é possível com a operação bem estruturada”, afirma o CEO da Motz.
Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), entre 2023 e 2025 o agronegócio brasileiro abriu 200 novos mercados internacionais, alcançando cerca de 60 países, incluindo Angola, Rússia e Coreia do Sul.
“O agronegócio brasileiro deve continuar crescendo e se consolidando como um dos motores da nossa economia, e a logística seguirá como peça central nesse avanço. Nos próximos anos, a tendência é vermos cadeias cada vez mais conectadas, integração digital e uma busca constante por eficiência e práticas conscientes. Nosso papel é seguir evoluindo junto com o setor, entendendo suas necessidades e oferecendo soluções que acompanhem esse ritmo de transformação”, conclui André Pimenta.









