A Kellanova, companhia global de alimentos que detém marcas como Sucrilhos® e Pringles®, concluiu com sucesso uma bateria de testes para uso da cabotagem em Manaus, em caráter experimental. O modal, considerado mais sustentável do que o transporte rodoviário, foi utilizado no abastecimento da região Norte por meio de parceiros locais especializados no transporte fluvial.
Os ensaios tiveram início em março de 2025 e foram oficialmente conduzidos ao longo de maio, com uma média de oito cargas mensais realizadas exclusivamente por navegação. Durante esse período, a empresa deixou de utilizar rotas rodoviárias tradicionais, priorizando a operação via rios.

Segundo estimativas internas, a iniciativa pode economizar até 35 rotas de caminhões por dia, resultando na redução de 364 quilos de CO₂ diários. Em escala anual, isso representa a economia de mais de 100 toneladas de dióxido de carbono, reforçando o compromisso da empresa com a logística sustentável.
O diretor de logística da Kellanova no Brasil, Daniel Augusto, destaca que a estratégia ainda está sendo avaliada com base em fatores operacionais e econômicos. “Decidimos tomar a dianteira em nosso segmento para ampliar ações logísticas com impacto ambiental positivo. A Companhia segue empenhada em identificar soluções que façam sentido para a operação, otimizem custos e garantam o melhor atendimento aos clientes”, afirma.
Cabotagem: vantagens para logística e sustentabilidade
A cabotagem, também conhecida como navegação costeira ou fluvial entre portos nacionais, tem ganhado força como alternativa ao transporte rodoviário, especialmente em regiões com redes hidroviárias extensas como o Norte do Brasil. Ainda pouco utilizada em comparação ao modal rodoviário, a cabotagem possui um alto potencial de crescimento, impulsionado por incentivos governamentais e investimentos em infraestrutura portuária.
Entre os benefícios do modal, destacam-se:
- Redução de custos logísticos em rotas de longa distância;
- Menor emissão de gases poluentes, com eficiência energética superior;
- Alívio das rodovias, diminuindo congestionamentos e desgaste;
- Segurança, com menor risco de acidentes e roubos de carga;
- Integração regional, promovendo desenvolvimento econômico local;
- Fomento à indústria naval, com estímulo à construção de embarcações.
Com os primeiros testes concluídos, a companhia avalia a expansão da cabotagem para outras rotas no Norte do país, equilibrando viabilidade financeira, eficiência operacional e impacto ambiental.









