O setor de transporte rodoviário de cargas (TRC) no Brasil dá sinais de transformação ao ampliar a presença feminina em suas operações. Segundo dados do Instituto Paulista do Transporte de Cargas (IPTC), o número de mulheres contratadas no setor em São Paulo cresceu 61%, refletindo uma mudança cultural em um ambiente historicamente masculino. A Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) aponta que apenas 3,4% dos condutores de caminhões, ônibus e carretas no país são mulheres, mas esse número tende a crescer com iniciativas de inclusão em empresas do setor.
Entre as companhias que têm apostado em maior equidade de gênero está a Jamef, que vem promovendo a inclusão feminina em funções operacionais e tradicionalmente ocupadas por homens, como motoristas de carreta e profissionais de movimentação de cargas. A empresa afirma que a diversidade é estratégica para o crescimento sustentável da logística.

“Nós acreditamos que a diversidade fortalece nosso time, impulsiona nosso desempenho e aprimora os nossos serviços”, afirma Sergio Povoa, Diretor de Gente e Gestão da Jamef. “Quando investimos na inclusão de mulheres, estamos também apostando em mais competência, sensibilidade e inovação para o setor logístico.”
Histórias como a de Márcia de Carvalho Pires, motorista de transferência há 12 anos, ilustram essa evolução. Aos 51 anos, ela percorre semanalmente o trajeto entre São Paulo e São José do Rio Preto, transportando mercadorias adquiridas online. “Na empresa anterior eu só dirigia carros menores. Aqui, me deram a chance de manobrar carreta, e depois passei a fazer viagens. Foi a Jamef que me abriu essa porta”, conta.
Além da inserção em cargos operacionais, a Jamef também investe em apoio à jornada múltipla das colaboradoras, oferecendo capacitações práticas, monitoramento de bem-estar por telemetria e infraestrutura nas filiais que favorecem qualidade de vida, como espaços de descanso, alimentação equilibrada e suporte emocional.
Márcia é exemplo dessa realidade. Enquanto trabalha como motorista, também estuda Logística e cuida da mãe, da filha e da neta. “Quando chego de viagem, aproveito a adrenalina para estudar, fazer prova e cuidar da casa. Eu não gosto de parar, quero sempre evoluir”, diz.
A valorização dessas profissionais tem gerado impacto também fora do ambiente corporativo. “Cada história construída aqui planta uma semente de transformação. Ao abrir portas para mais mulheres no transporte logístico, estamos contribuindo para um futuro mais justo, diverso e eficiente”, finaliza Povoa.









