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Embarcadores de vários segmentos expõem sua logística e Supply Chain. E também mostram os investimentos e as novidades

Nesta matéria especial, acompanhe o que empresas diversas colocam em prática para garantir a entrega e a satisfação de seus clientes, sejam eles dos mais vários tipos. E também as novidades que estão sendo implementadas em seus processos logísticos.

H. Egidio Group inaugura unidade da Hospdrogas em Sergipe e incrementa logística no Nordeste

O H. Egidio Group adquiriu a empresa Mais Saúde, localizada em Aracajú, SE, transformada em uma nova unidade matriz da Hospdrogas, distribuidora de produtos hospitalares, com sede em Aparecida de Goiânia, GO. “Com a inauguração da unidade Aracajú, teremos ampla possibilidade de aumentar o nível de serviço de atendimento da região Nordeste, e será possível fazer entregas em 24 horas após a geração do pedido de venda. Esse tempo de entrega é muito condizente com as necessidades de atendimento do público da saúde e impactará os setores hospitalar, de distribuição hospitalar e clínicas humanas e veterinárias. O atendimento express, onde um pedido poderá ser produzido e entregue em 2 horas, também poderá marcar um novo modelo de atendimento para os parceiros da região”, explica Enos Viana, gerente de Logística da Transplexlog, empresa do H. Egidio Group.

O projeto de atendimento ágil a todos os clientes do Grupo é parte de um grande estudo de mapeamento e realocação de recursos que permitam distribuir com agilidade e a qualidade do H. Egidio Group. E, para que seja possível atingir esse lead time, foram inaugurados Centros de Distribuição por todo o Brasil. “Estamos em pontos estratégicos para o melhor atendimento: Itapevi, SP, Serra, ES, Brasília, DF, Aparecida de Goiânia, GO, e Aracajú, SE, além de estarmos em processo de abertura novas unidades na região Sul do país. Todo esse investimento permitirá um tempo de atendiento adequado para os nossos clientes.”

Ainda de acordo com Viana, a nova unidade deverá adotar tecnologias avançadas e práticas sustentáveis na operação logística e distribuição de produtos. “Soluções como picking by voice, picking by light, sorter de separação, esteiras automáticas, RFID, radiofrequência, rastreadores de veículos, medidores de temperatura a distância, coleta de assinatura por tablet ou celulares poderão ser utilizados nessas operações, tudo isso integrado a nossa solução de SAP.” Ele também ressalta que a aquisição da Mais Saúde contribuiu para os planos de expansão do Grupo no mercado nacional de forma estratégica, pois foi possível acelerar o início das operações, levando aos clientes da região uma melhora substancial no atendimento das suas solicitações.

Com os investimentos em frota e estoques, além da contratação de cerca de 50 colaboradores numa primeira etapa, os investimentos do H. Egidio Group em Sergipe ultrapassarão os R$ 60 milhões.

Expansão – A abertura da nova unidade em Aracaju é parte importante da expansão do Grupo empresarial na região. Esse movimento passa pela distribuição de produtos hospitalares e a construção de uma nova fábrica da Equiplex Indústria Farmacêutica às margens da rodovia BR-101, em terreno recém-adquirido de 92 mil metros quadrados, próximo à cidade de Aracaju. Esta nova fábrica permitirá um atendimento mais célere, mais dedicado aos estados do Nordeste. “Ela trará novas oportunidades de trabalho e renda para os sergipanos, mas também vai permitir que todo o Nordeste conte com um tempo de entrega muito menor do que o hoje praticado pelo mercado”, esclarece Viana. Vale destacar, ainda, que a BR-101 é um importante canal de distribuição para todo o país, especialmente o Nordeste.

No local também será construído um condomínio logístico da Transplexlog, em Parceria Público-Privada (PPP). Segundo Viana, o projeto visa levar à região uma solução voltada para atender as necessidades de gestão de armazéns, e será um espaço dedicado às boas práticas de armazenagem. “Nele será possível operar em galpões atualizados com as boas práticas da logística de armazenagem, picking e expedição, dos mais variados segmentos. Para a unidade Aracaju, esse condomínio servirá para ampliação das operações no Nordeste, dando suporte ao crescimento tanto do H. Egidio Group, quanto para dos nossos atuais e futuros clientes.”

Com a operação em Sergipe, o Grupo empresarial projeta alcançar mais de 3,3 mil municípios de oito estados brasileiros, realizando entregas em até 24 horas num raio de 500 quilômetros. “Tudo o que um hospital da região comprar da gente, entregaremos no dia seguinte”, afirma Marcelo Carvalho, diretor de Operações do H. Egidio Group.

Viana comenta que o Nordeste brasileiro concentra uma boa parcela de consumo do público do Grupo e, por isso, entendem ser necessário a expansão na região, que é marcada pela distância dos fornecedores de produtos que comercializam – os principais desafios enfrentados são a distância e a falta de infraestrutura que possa dar suporte a operações que exigem uma determinada especificidade, como é o setor de medicamentos.

Mas, num contexto geral, ele comenta que o Brasil tem um tamanho continental e a distância é um desafio para os vários parceiros sobre o quesito distância, “principalmente por termos como principal meio de distribuição o modal de transportes rodoviário, causando de forma intensa uma sobrecarga nas movimentações em todo o país. O segmento hospitalar tem suas particularidades, controles bem rígidos, inclusive de temperatura, o que leva a ser um nicho de mercado onde os fornecedores necessitam de uma especialização no manuseio e transportes de mercadorias.”

O Grupo também possui iniciativas destacadas para a implementação de soluções sustentáveis na logística, como o uso de veículos elétricos ou alternativas de transporte de baixo impacto ambiental. “Temos em nossa frota veículos elétricos e veículos novos que promovem baixa emissão de poluentes. O projeto do Grupo é que a frota seja migrada para opções mais sustentáveis à medida que o mercado fornecer equipamentos com menores níveis de emissão de poluentes. O H. Egidio Group possui várias iniciativas de proteção do meio ambientes, como controle dos descartes de insumos e equipamentos utilizados na operação, paper less (programa que elimina o uso de papel nas operações internas do Grupo), recuperação de nascentes e plantio de árvore.

Investimentos – Como já mencionado, a aquisição da Mais Saúde faz parte de um amplo plano de expansão nacional do H. Egidio Group, que prevê investimentos de R$ 1 bilhão até 2027. A empresa adquirida se encaixou nessa estratégia por ser uma oportunidade de reforçar a presença do Grupo goiano no Nordeste e de ampliar seu canal de distribuição. “Estão sendo mapeados novos Centros de Distribuição em outras regiões do país, onde será possível melhorar o tempo de entrega e o mix de serviços regionalizados. Essa expansão passa também por ampliações nas operações já existentes, além de possíveis aquisições voltadas para o core do negócio”, comenta o gerente de Logística da Transplexlog.

A unidade de Aracaju é a terceira inaugurada da Hospdrogas em 2024. Antes foram abertas filiais em Serra, ES, e em Itapevi, SP. Há previsão de inauguração de mais duas filiais em 2025. Em outubro último, o H. Egidio Group liderou aporte de R$ 10 milhões na startup Central da Visão e continua buscando novas oportunidades de expansão. Esse crescimento vem ocorrendo não apenas de forma orgânica, com a abertura de novas filiais, mas também por meio de fusões e aquisições.

Sobre o Grupo – Com sede em Aparecida de Goiânia, GO, o H. Egidio Group está presente na maior parte do País, com mais de 6 mil clientes ativos atendidos pelas empresas Equiplex (fabricação de medicamentos injetáveis hospitalares), Hospdrogas (distribuição de medicamentos) com atuação nas linhas Humana, vetpet (saúde animal), estética avançada, oncologia, materiais e produtos hospitalares; Transplexlog (armazenamento e operações logísticas); H. Company (tecnologia); H. Trade (importação e exportação); e HT3 (investimentos e finanças).

Ypê é reconhecida por revolucionar a logística com seu CD 4.0

A Ypê, empresa 100% brasileira e uma das maiores fabricantes de produtos de higiene e limpeza, foi reconhecida no Prêmio Seal 2024 – que aponta as empresas que se destacaram ao implementar soluções tecnológicas avançadas, impactando positivamente diversos setores, como logística, indústria, varejo e educação – na categoria Transformação Digital no CD por seu investimento contínuo em tecnologia e modernização no projeto inovador que transformou o seu principal Centro de Distribuição, localizado em Amparo, SP, em um dos mais modernos da América Latina. A conquista é fruto da implementação de tecnologias avançadas, como voice picking, coletores de dados, leitores RFID e a modernização da infraestrutura de redes. Inaugurado em 2022, o projeto CD 4.0 resultou no aumento da eficiência operacional, na redução de erros e na otimização do processo logístico, alinhados à premissa de melhoria contínua da qualidade dos serviços prestados aos clientes da empresa.

“Nossa estratégia sempre foi antecipar tendências e adotar soluções que otimizem a cadeia de valor, garantindo eficiência, qualidade e sustentabilidade. O CD 4.0 representa a materialização desse compromisso, ao conciliar tecnologia de ponta e automação total para elevar a capacidade de armazenamento e expedição com máxima precisão e agilidade, para que nossos produtos cheguem a mais de 95% dos lares brasileiros. O projeto, realizado em parceria com a E80 Group, referência mundial em armazéns automatizados, também reflete nossa visão de longo prazo, orientada pela modernização de processos e pelo desejo de tornar a empresa uma referência em logística no Brasil e na América Latina”, explica Eduardo Beira, diretor Executivo de Operações da Ypê.

Mais que um compromisso, a implementação de tecnologias avançadas revolucionou a gestão de inventário e a preparação de pedidos. O voice picking permite que os colaboradores sejam guiados por comandos de voz, resultando em maior precisão e agilidade na separação de produtos. Coletores de dados e leitores RFID automatizam o rastreamento e a identificação de mercadorias, reduzindo erros humanos e aumentando a acuracidade dos estoques.

O diretor Executivo de Operações também lembra que a empresa tem alguns indicadores de logística que atestam melhorias significativas nos serviços prestados aos clientes Ypê e na eficiência dos processos. “Nessa direção, em pouco mais de dois anos desde a inauguração do CD 4.0, temos celebrado números expressivos de produtividade, como o aumento de 19% na capacidade de recebimento de paletes/hora, que passou de 205 em 2022 para 244 em 2023.”

Já o CRM teve um aumento de 43% em 2023 quando comparado a 2022, refletindo a melhoria dos aspectos relacionados à gestão do atendimento aos clientes e evidenciando a qualidade dos serviços entregues com base em critérios objetivos previamente estabelecidos para a empresa. Nessa mesma direção, os erros de carregamento foram reduzidos em 19% entre 2022 e 2023, somados à acuracidade de inventário próxima a 99,9%.

Por outro lado, o aumento de 45% nas posições de armazenagem e de 17% na capacidade de expedição apoiam a redução de rupturas no pedido do cliente. “Com isso, fechamos o ano de 2023 com um Case Fill Rate (CFR) de 93,45%, indicador que é calculado com base na quantidade de caixas enviadas ao cliente na remessa inicial versus a quantidade de caixas solicitadas.”

Os benefícios também incluem um aumento de 30% na capacidade de expedição, redução de 95% nos erros de separação de pedidos e um tempo de carregamento de caminhões até 50% mais rápido. Além disso, a automação total permitiu uma gestão integrada e online de toda a operação, proporcionando maior previsibilidade e agilidade nas entregas.

Também equipado com transelevadores, veículos guiados automaticamente (LGVs) e robôs para montagem de paletes, o CD 4.0 de fato reflete o investimento contínuo da Ypê na inovação de seus processos. Com uma operação 100% autônoma, esses equipamentos trouxeram automação integral para o armazenamento e movimentação de mercadorias. “Os transelevadores otimizam o uso do espaço vertical, aumentando a capacidade de armazenagem. Os LGVs transportam cargas de forma precisa e segura, eliminando a necessidade de empilhadeiras tradicionais e reduzindo riscos operacionais. O layer picking, que é um sistema de robôs utilizado para montagem de paletes, permite a preparação automática de pedidos com diferentes SKUs, aumentando a produtividade e garantindo uniformidade e estabilidade nas cargas. Essa automação resultou em ganhos expressivos de eficiência, segurança e velocidade”, explica Eduardo.

Além das tecnologias já mencionadas, a estrutura conta ainda com caminhões autônomos fabricados pela Mercedes-Benz do Brasil com tecnologia Lume Robotics, sendo os primeiros com nível 4 de automação vendidos no país e que já circulam na Ypê em fase de teste, ligando as unidades fabris ao CD 4.0, o que permite à empresa automatizar o processo de logística de ponta a ponta. “Num futuro próximo, planejamos adotar soluções de inteligência artificial para previsão de demanda, robótica avançada para processos de manufatura e logística e tecnologias sustentáveis que otimizem o uso de recursos naturais. A digitalização e a automação seguirão guiando nossas iniciativas para entregar valor com responsabilidade e inovação.”

Por outro lado, continua Eduardo, a automação trouxe mais segurança e eficiência para o dia a dia dos colaboradores, eliminando tarefas repetitivas e aumentando o foco em atividades estratégicas e de controle. Sistemas como o voice picking e veículos autônomos reduziram esforços físicos e minimizaram riscos de acidentes. O ambiente altamente tecnológico também oferece uma experiência de trabalho moderna e estimulante, com processos intuitivos e ferramentas que melhoram o desempenho.

Tanto é o sucesso desta instalação que a Ypê já está estudando a expansão do conceito CD 4.0 para outros Centros de Distribuição e explorando novas tecnologias que aprimorem ainda mais a operação. Segundo Eduardo, a inovação contínua é parte da essência da empresa, e os próximos passos incluem ampliar o uso de inteligência artificial e automação avançada para elevar a competitividade.

Desafios – Em meio às comemorações pelo recebimento do Prêmio Seal 2024, o diretor Executivo de Operações da Ypê também cita os maiores desafios enfrentados durante a implementação do projeto CD 4.0. “Um dos maiores foi implementarmos todas as alterações em meio à pandemia de Covid-19, considerando todas as restrições impostas pelo contexto. Além disso, foi necessário gerenciar a transição de processos manuais para uma operação 100% automatizada sem comprometer o funcionamento da estrutura anterior, o fluxo contínuo de produtos e o atendimento aos clientes.”

Para superar essa etapa, Eduardo lembra que foram feitos investimentos em treinamento intensivo das equipes, preparando-as para operar tecnologias avançadas. Somado a isso, a implementação do projeto demandou uma abordagem colaborativa com fornecedores de soluções tecnológicas e uma gestão detalhada do cronograma, a fim de garantir que cada etapa fosse executada com precisão. “A integração dos sistemas de logística com a produção também exigiu personalizações para atender às especificidades da nossa operação, o que resultou em processos sob medida para nossas necessidades.”

O projeto CD 4.0 também trouxe uma mudança significativa no perfil dos profissionais contratados pela Ypê. “O CD 4.0 demandou profissionais com habilidades em tecnologia, análise de dados e operação de sistemas automatizados. Refletindo o cuidado com a nossa gente, valor inegociável para a Ypê, investimos em programas de treinamento contínuos, capacitando a equipe para operar e gerenciar tecnologias avançadas. Também promovemos parcerias com instituições de ensino para desenvolver talentos alinhados às necessidades da Indústria 4.0”, explica o diretor Executivo de Operações.

Ele também não esquece que a participação do time interno foi fundamental. “Desde a concepção do projeto, nossas equipes de logística, tecnologia e engenharia trabalharam em conjunto para desenhar processos personalizados e selecionar as soluções tecnológicas mais adequadas. O espírito colaborativo e o engajamento de todos foram essenciais para enfrentar desafios e garantir que a implementação ocorresse de maneira fluida e integrada.”

Já se referindo às práticas sustentáveis incorporadas ao CD 4.0, Eduardo destaca que toda a movimentação de cargas é feita automaticamente pelos LGVs, que são movidos a baterias de lítio. Com isso, as antigas empilhadeiras e transpaleteiras movidas a combustíveis fósseis foram substituídas, “o que nos apoia na redução das emissões de GEE provenientes do processo”.

Além disso, o CD 4.0 conta com iluminação em LED, fatores que reforçam o compromisso da empresa com práticas responsáveis, promovendo uma operação mais verde e alinhada à preservação ambiental.

Sobre a Ypê – Presente em mais de 95% dos lares brasileiros, a Ypê é líder em importantes categorias no segmento de higiene e limpeza do Brasil, com um portfólio de mais de 450 produtos em 23 categorias, incluindo as marcas Assolan, Atol, Tixan, Perfex, Flor de Ypê, Siene e Action de Ypê. Fundada em 1950, é uma empresa 100% brasileira com matriz em Amparo, no interior de São Paulo, e mais seis complexos fabris: Salto, SP, Simões Filho, BA, Anápolis, GO, Goiânia, GO, Itajubá, MG, e Itapissuma, PE.

Planejamento robusto permite à Cestas Super Brilho gerenciar suas operações logísticas também em períodos de alta demanda

Há mais de 30 anos produzindo cestas básicas e de Natal, com grande variedade de produtos, a Cestas Super Brilho tem clientes em todo o Brasil, o que lhe garante poder de negociação e expertise para oferecer qualidade com preços competitivos.

Paulo Lucci, gestor comercial da empresa, conta que para gerenciar sua cadeia de suprimentos de modo à continuidade das operações, especialmente em períodos de alta demanda, como o Natal, e no caso específico das cestas básicas, foi investido em um planejamento robusto da sua cadeia de suprimentos, com previsões detalhadas de demanda e parcerias estratégicas com fornecedores-chave. “Durante períodos de alta demanda, como o Natal, reforçamos nossos estoques e aumentamos a capacidade logística para atender os pedidos com pontualidade e eficiência. Além disso, mantemos uma comunicação constante com nossos parceiros para antecipar possíveis desafios e garantir a continuidade das operações.”

Lucci também aponta as estratégias que a empresa utiliza para manter o equilíbrio no estoque de itens essenciais, como arroz, leite em pó e café, considerando a volatilidade do mercado de commodities: “adotamos estratégias como contratos de longo prazo com fornecedores e monitoramento contínuo dos preços de commodities. Isso nos permite antecipar oscilações de mercado e tomar decisões rápidas para garantir o equilíbrio de nosso estoque. Também buscamos diversificar fornecedores, o que reduz os riscos associados à volatilidade e assegura a disponibilidade dos itens essenciais”.

Ainda se referindo a itens que compõem as cestas, como café e arroz, além de caixas de papelão, Lucci comenta sobre como a empresa lida com os desafios logísticos relacionados ao aumento dos custos destes itens, e como essas variações impactaram diretamente na estratégia de preços e compras. “Enfrentamos esses desafios com planejamento estratégico e negociações constantes com fornecedores. Revisamos nossas operações para identificar e eliminar desperdícios, o que ajuda a minimizar o impacto dos aumentos de custos. Apesar das oscilações, buscamos manter nossos preços competitivos, equilibrando margens e garantindo a sustentabilidade do negócio.”

Outro dado interessante é que a empresa conseguiu realizar mais de 25 mil entregas apenas no primeiro semestre do ano passado e garantir a qualidade no atendimento ao cliente. O gestor comercial conta que, para isso, contam com um sistema logístico bem estruturado e de uma equipe altamente comprometida. “Trabalhamos com rotas otimizadas, gestão eficiente de frota e parcerias com transportadoras confiáveis. Além disso, monitoramos cada etapa do processo de entrega, garantindo que nossos clientes recebam suas cestas dentro do prazo e com a qualidade esperada.” E, para monitorar a demanda e otimizar a gestão de estoque durante o ano, a empresa utiliza sistemas integrados de gestão que permitem monitorar a demanda em tempo real e prever tendências. Esses sistemas também ajudam a gerenciar estoques de forma eficiente, garantindo que a empresa tenha a quantidade ideal de produtos para atender os clientes, sem excessos ou rupturas.

Já para garantir a qualidade e a segurança na entrega de cestas, principalmente em um mercado tão competitivo e com uma ampla gama de produtos perecíveis, a Super Brilho conta com processos rigorosos de seleção e armazenamento dos produtos. Além disso, utiliza embalagens adequadas para proteger as cestas. “Nossos protocolos de entrega são projetados para manter a integridade das cestas até chegarem ao cliente”, diz Lucci, aproveitando para relacionar os principais desafios logísticos enfrentados, considerando a distribuição das cestas em todo o Brasil e as questões relacionadas ao transporte e armazenamento. “Os desafios incluem a vasta extensão territorial do Brasil, as variações de infraestrutura entre regiões e o aumento dos custos logísticos, como combustíveis e pedágios. Para superá-los, investimos em tecnologia, na otimização de rotas e na ampliação de nossa rede de distribuição. Também priorizamos parcerias locais para facilitar o transporte e reduzir custos.”

Já sobre como a empresa mantém suas negociações com fornecedores otimizadas, especialmente diante de altas expectativas de preços de produtos-chave, ela foca em relações de longo prazo com fornecedores e na construção de parcerias baseadas na confiança e na transparência. “Negociações regulares e a busca por condições vantajosas permitem que possamos manter os custos controlados, mesmo em períodos de alta. Além disso, avaliamos constantemente novos fornecedores para garantir competitividade.” Por outro lado, a fidelização de seus clientes, especialmente em tempos de aumento de preços e mudanças no mercado, é garantida, segundo Lucci, com produtos de qualidade, cumprimento dos prazos de entrega e um atendimento ao cliente de excelência. “Além disso, criamos soluções personalizadas e mantemos uma comunicação próxima com nossos clientes, demonstrando nossa preocupação em atender às suas necessidades, mesmo em tempos desafiadores.”

Em fase deste sucesso, a empresa tem vários planos para o ano de 2025 em termos de expansão da capacidade logística e melhorias na eficiência da cadeia de suprimentos. O gestor comercial conta que planejam investir na ampliação da sua infraestrutura, incluindo novos Centros de Distribuição. “Também estamos implementando tecnologias avançadas para aprimorar o gerenciamento da cadeia de suprimentos e aumentar a eficiência operacional.”

Ciser: Peso e o volume dos produtos oferecidos impõem práticas específicas para otimização do transporte

A Ciser é uma marca reconhecida no mercado por oferecer um amplo portfólio de produtos para os mais diversos segmentos – agronegócio, energia solar, indústria moveleira, metalomecânico, construção civil, estruturas metálicas, automotivo, linha branca e marrom, óleo e gás, eletrônica e varejo da construção civil –, atendendo clientes em mais de 25 países ao redor do mundo. A empresa possui uma história sólida de 64 anos e é reconhecida como a maior fabricante de fixadores – como parafusos, por exemplo – da América Latina.

No Brasil, a Ciser possui três unidades operacionais, sendo uma fábrica em Araquari, SC, cujo perfil de produção é na grande maioria MTS (Make to Stock), uma fábrica em Sarzedo, MG, cujo perfil de produção é exclusivamente MTO (Make to Order) – a matéria-prima necessária à produção desta unidade é preparada nas trefiladoras de Araquari – e uma operação logística baseada em Joinville, SC, dedicada exclusivamente aos produtos produzidos em Araquari.

O CD de Joinville possui área de 20.000 m² e 30.000 posições de armazenagem e picking. A unidade de Sarzedo é dedicada ao setor automotivo, onde a coleta e entrega nos pontos de consumo é por conta dos clientes. No caso das vendas feitas na modalidade CIF, a unidade de Santa Catarina conta com a parceria de 14 transportadoras para a distribuição em todo o território nacional. Já o mercado externo é atendido a partir de 4 unidades operacionais, sendo duas no Brasil (Joinville e Sarzedo), uma no Peru e outra na China. Na etapa de execução (S&OE), logística, vendas e produção há rotinas diárias de monitoramento do plano. Este processo tem ajudado a antecipar às flutuações de demandas sazonais. Vale destacar que a maioria dos equipamentos utilizados na logística (paleteiras, empilhadeiras e rebocadores) são elétricos, colaborando com a redução na emissão dos gases de efeito estufa.

Segundo conta Agnaldo Casagrande, gerente de Logística e Suprimento da Ciser, o grande desafio logístico enfrentado em relação à diversificação dos segmentos atendidos é a gestão do portifólio x OTIF. “São mais de 20.000 SKU’s, a grande maioria MTS. Em 2024 estruturamos o processo de S&OP e com ele alcançamos melhoria significativa na performance de entrega, consolidando nossa marca como a mais ágil no mercado de fixadores. A partir desta conquista, o desafio passa a ser a otimização dos estoques em todos os níveis do fluxo de valor.” Ainda com relação aos setores atendidos pela empresa, há se considerar que os de construção civil e eletroeletrônica apresentam demandas sazonais ou flutuações de mercado. Para lidar com estes segmentos, a Ciser tem estruturado o processo de S&OP/S&OE. Na etapa de planejamento, é feito o plano colaborativo da demanda, onde a participação direta dos executivos de vendas ajusta as previsões geradas pelas técnicas estatísticas. Ainda na etapa de planejamento, também de forma colaborativa, os profissionais da área financeira contribuem com a simulação dos resultados operacionais, prevenindo desvios de desempenho e gaps na apuração de resultados. “A matéria-prima base do negócio Ciser é o aço, especificamente o fio máquina. Os fornecedores são poucos e globais.”

E considerando e peso e o volume dos produtos oferecidos, a empresa possui práticas específicas para otimização do transporte. Há uma área focada na gestão de transportes, que envolve a inbound, outbound e a logística interna. No caso da logística outbound, a maioria dos embarques é fracionado e quando os pedidos formam carga fechada, há uma rotina para a otimização de carga. A Ciser está em fase final de implantação de uma Torre de Controle, que garantirá, ainda no primeiro semestre de 2025, a rastreabilidade dos pedidos, desde o faturamento até a entrega no cliente, com monitoramento de performance em tempo real. “Esta ferramenta nos colocará um passo à frente da concorrência, como uma empresa de excelência no atendimento.“

Na logística interna, a rastreabilidade dos pedidos é por meio de uma plataforma digital que gerencia o ciclo dos pedidos, desde a cotação até o faturamento e embarque. No CD, toda a operação de preparação, embalagem e expedição é gerenciada por WMS embarcado no ERP SAP. Todos os operadores interagem com o sistema e com o estoque, via coletores de dados que, em tempo real, controlam a produtividade da operação. “No planejamento de produção, a Ciser está iniciando a implantação de uma solução de planejamento avançado da produção (APS) que, integrada ao Sistema de Gestão da Manufatura (MES), proverá rastreabilidade total do planejamento e execução da produção”, garante Casagrande. Também a aplicação de IA nos processos de Supply Chain é um dos próximos investimentos planejados para melhorar a logística e a cadeia de suprimentos da Ciser.

Já se referindo às métricas ou indicadores de desempenho que a empresa utiliza para avaliar a eficiência logística e o atendimento ao cliente, o gerente de Logística e Suprimento diz que, na dimensão de atendimento, o principal indicador é o OTIF (On Time in Full); já na dimensão de estoques, é a cobertura de estoque em dias de ROL; e na dimensão de custo é Custo Logístico/ROL.

Para atuar no mercado externo, Forbal Automotive enfrenta uma logística desafiadora

Fundada em 2004, a Forbal Automotive produz peças e componentes para a indústria de implementos rodoviários, agrícolas, automotivos e máquinas em geral, além de desenvolver itens especiais de acordo com o projeto do cliente. Tem sede em Flores da Cunha, RS, e presença no mercado internacional desde 2015 – os principais mercados são, pela ordem, México, Chile, Peru, Bolívia e Uruguai.

“Nos primeiros anos de sua internacionalização, o sucesso da Forbal foi impulsionado por sua localização estratégica em Flores da Cunha, RS, ao lado do principal polo metalmecânico do Estado, o que facilita o acesso a matérias-primas e tecnologia. Além disso, sua certificação ISO 9001, obtida em 2005, destacou a qualidade de seus produtos, ajudando a empresa a conquistar a confiança de fabricantes de implementos rodoviários e distribuidores em mercados exigentes ao redor do mundo”, conta Morgana Piccoli Cavalli, coordenadora de Negócios Internacionais.

As exportações da Forbal Automotive tiveram início em 2015, em um momento em que o mercado interno estava enfraquecido e onde foi necessário buscar outras alternativas para a manutenção do nível de negócios. Após esta inicial inserção no mercado externo, os negócios com outros países mostraram-se bastante viáveis e a empresa decidiu investir fortemente no segmento de exportação. “O mercado global é extremamente potencial para a Forbal Automotive, pois seus produtos têm excelente aceitação e procura. O fato de ser fornecedora original de diversas montadoras e implementadoras, aliado à qualidade brasileira que é muito bem vista no exterior, foi de grande auxílio para a expansão dos negócios internacionais da empresa”, comemora Morgana.

A exportação representa, aproximadamente, 10% do faturamento global da empresa, mas há pretensão de que atinja 20% nos próximos anos. Há um robusto planejamento estratégico para isso, onde a exportação é parte inerente do negócio. Além disso, encontra-se em fase de expansão dos negócios para outros mercados e continentes, que avançam além da América Latina. Para atingir estes resultados, a empresa foca em marketing estratégico, através de apoio a clientes chave em cada mercado, além de manter-se sempre próximo ao cliente. Outra estratégia bastante utilizada é o desenvolvimento de produtos especiais para cada mercado. A empresa busca focar em produtos-chave por país e desenvolve, em parceria com os clientes, itens novos em seu portfólio. Assim, consegue entrar em países que tem concepções distintas em relação ao mercado brasileiro.

Em 2022, deu-se início ao projeto Forbal USA, realizando estudos naquele país para avaliação de viabilidade de negócios por lá, através da abertura de uma unidade local para atendimento ao mercado americano e mexicano. Esse estudo avançou em 2023 e a abertura de um warehouse foi efetuada em 2024. Após análise minuciosa junto a potenciais clientes americanos, entendeu-se que estar presente localmente e ter estoque disponível para envio imediato seriam grandes diferenciais, por isso a empresa apostou nessa estratégia e espera iniciar em breve as operações na nova unidade norte-americana.

Logística – Neste contexto, é interessante saber como a empresa estrutura sua cadeia de suprimentos para garantir a consistência e a eficiência nas exportações. Para tanto, possui fornecedores nacionais e internacionais e sempre busca as melhores opções de fornecimento, considerando qualidade, custo e agilidade de entrega. “Para cada novo item projetado pela nossa engenharia, o setor de compras e importação efetua pesquisas e cotações com diversos fornecedores ao redor do mundo. Temos parcerias estratégicas com fornecedores de longo prazo, mas também sempre estamos de olho no mercado buscando por novos materiais e melhores condições, a fim de nos tornarmos cada vez mais competitivos perante nossos clientes.”

Todo material importado é controlado pela qualidade e recebimento da Forbal Automotive, a fim de evitar possíveis falhas/defeitos e garantir que os materiais estocados estejam em perfeitas condições de uso. A empresa valoriza parcerias com fornecedores certificados, exigindo padrões de qualidade que reforçam a competitividade global de seus produtos.

Morgana também lembra que estão sempre acompanhando as tendências e alterações logísticas internacionais em seus diversos modais, para estar sempre atentos às dificuldades ou facilidades que possam existir em cada um deles. A logística mundial tem se mostrado desafiadora nos últimos anos e é importante fazer um acompanhamento dessas variações para buscar, junto ao cliente, a melhor forma de envio dos produtos, destaca a coordenadora. “Prezamos por parcerias duradouras, com transportadores e agentes de longa data, que sempre tentam conseguir as melhores alternativas para os nossos desafios logísticos, buscando a todo tempo otimizar os tempos de entrega ao cliente.”

Falando sobre as principais adaptações logísticas que a empresa implementou para lidar com os desafios do comércio internacional, especialmente em relação às flutuações cambiais e custos de transporte, Morgana enfatiza que, em 2024, houve uma forte desvalorização do Real perante o Dólar, o que encareceu as importações. Além disso, a logística internacional, principalmente da Ásia, onde estão os principais fornecedores da empresa, enfrentou diversos desafios. O ano passado foi extremamente complexo em diversos aspectos quando se fala em importação marítima. “Tivemos alguns acontecimentos que agravaram a situação logística mundial, entre eles o fechamento do Canal de Suez, a diminuição nos níveis de água do Canal do Panamá, ataques de piratas no Mediterrâneo, Guerra na Palestina, entre outros. Mesmo assim, tentamos organizar nossas importações com antecedência e também contamos com agentes parceiros que são especializados em lidar com esse tipo de situação logística, para nos auxiliar a buscar sempre a melhor e mais ágil forma de recebimento de nossos materiais.”

Retornando à questão da localização da empresa, em Flores da Cunha, RS, Morgana destaca que um fator positivo é o fato de estarem a poucos quilômetros e minutos de Caxias do Sul, principal polo metalmecânico do Estado. Por ser uma região muito industrial e voltada ao segmento automotivo, grandes empresas se encontram por lá, bem como sua rede de fornecedores, o que facilita o conhecimento da região por parte de muitos compradores internacionais. “Além disso, a consolidação de cargas é facilitada, já que nossos clientes geralmente trabalham com diversos fornecedores na região, o que facilita o envio das mercadorias com maior frequência.”

Quanto à infraestrutura logística da cidade e arredores, há pontos positivos e negativos, segundo a coordenadora. “Estamos próximos ao Porto Seco de Caxias do Sul, o que acaba facilitando a logística de comércio exterior. Por outro lado, estamos distantes do Porto de Rio Grande, de onde enviamos nossas cargas FCL. Isso acaba encarecendo o frete e nos tirando competitividade. Quanto às cargas LCL no modal marítimo, precisamos enviá-las a Santos, SP, para poder consolidar e realizar o embarque, fato esse que encarece a operação.”

PACCAR Parts Brasil incrementa estratégias logísticas para atender o aumento da demanda

A PACCAR Parts Brasil celebrou resultados expressivos na Fenatran 2024, realizada no início de novembro último. A empresa registrou um aumento de 138% nas vendas de peças e acessórios em comparação à edição de 2022, e mais de 50% dos caminhões DAF comercializados no evento daquele ano serão entregues equipados com acessórios da PACCAR Parts.

Vale lembrar que desde 1973 a PACCAR Parts é uma divisão da organização global PACCAR e tornou-se líder no segmento de peças e serviços de pós-venda para caminhões, carretas e ônibus. Com sede em Ponta Grossa, PR, a empresa comercializa mais de trinta mil itens por meio das concessionárias DAF e lojas TRP. Seu portfólio é composto das peças genuínas DAF, peças genuínas PACCAR e peças multimarcas TRP, além de carregadores elétricos veiculares.

Logicamente, estratégias logísticas foram e serão implementas para garantir a entrega eficiente de peças e acessórios, especialmente considerando o crescimento expressivo de vendas registrado durante a Fenatran 2024. “Implementamos diversas estratégias logísticas que priorizam a inovação e a melhoria contínua. Realizamos melhorias sistêmicas em nossos processos, aumentando a agilidade e a precisão nas operações. Nossa equipe está sempre engajada em projetos de melhoria contínua, avaliando e refinando nossas operações para antecipar as necessidades do mercado. Além disso, contamos com uma equipe focada em inteligência logística, visando a otimização de rotas e tempos de entrega. Essas iniciativas asseguram que a PACCAR Parts mantenha sua posição de destaque em eficiência logística e qualidade no fornecimento”, diz Antenor Frasson, diretor geral da PACCAR Parts América Latina.

Já sobre como a empresa gerencia o aumento de demanda por peças e acessórios durante eventos como a Fenatran, e como ela ajusta sua cadeia de suprimentos para lidar com os picos sazonais de vendas, Frasson diz que, para estes casos, trabalham a quatro mãos com o departamento de Vendas para entender o comportamento da demanda a ser gerada na Fenatran e, com antecedência, compartilham um Forecast (previsão) com os seus fornecedores. “Ao longo dos meses após o evento vamos acompanhando no detalhe a evolução da demanda e fazemos ajustes necessários com fornecedores, sempre respeitando o tempo de produção e período firme de ordens.”

Em termos gerais, a equipe de materiais da empresa é responsável pela disponibilidade de cada peça, no lugar e quando ela é demandada pelo cliente final. Para isso a PACCAR tem uma equipe de Planejamento de Inventário, responsável por trabalhar junto com a cadeia de fornecedores, mantendo disponibilidade de peças em seus Centros de Distribuição, e uma equipe de MDI, responsável por auxiliar a rede de concessionária a maximizar a disponibilidade de peças para o cliente no ponto de venda. Além disso, trabalham com um software que faz um Forecast estatístico para cada peça que tem demanda, projetando o que vai ser vendido e, assim, auxiliando no cálculo do estoque de segurança. Esse software é atualizado diariamente com as vendas e dá alerta sempre que há picos ou alguma outra exceção no comportamento da demanda. Também contam um uma área, dentro do departamento de Materiais, focada em analisar todas estas exceções e converter isso no melhor número para Planejamento. Tudo isto é usado para manter a disponibilidade de mais de 30 mil itens em estoque, considerando a diversidade e a especificidade de suas linhas de produtos, incluindo peças específicas e multimarcas. Também vale lembrar que a PACCAR Parts tem uma rede de fornecedores homologados e reconhecidos no mercado, para garantir qualidade na aplicação das peças em caminhões DAF e multimarcas. As equipes de desenvolvimento de produto realizam reuniões com os integrantes desta rede, com visitas técnicas e treinamentos constantes para que os componentes tenham eficiência em suas atividades.

Frasson lembra que a empresa possui um modelo de gestão eficiente, que garante agilidade e previsibilidade nos pedidos para que as entregas sejam realizadas de acordo com as necessidades dos clientes. Mas, mesmo assim, existem os desafios logísticos que precisam ser enfrentados, como a distância entre o Centro de Distribuição de Ponta Grossa em relação a algumas unidades de concessionárias DAF e as lojas TRP. Para mitigar este desafio, a empresa trabalha com uma gestão de estoque que garante o abastecimento das lojas com antecedência, criando pequenos Centros de Distribuições dentro destas unidades, para evitar problemas como a falta de peças.

CD – “Com a robusta estrutura de 15.000 m² de seu Centro de Distribuição (PDC) em Ponta Grossa e sua capacidade de atendimento, a empresa garante um nível de acuracidade de entrega superior a 98%, tornando-se referência dentro do Grupo PACCAR. Tal porcentagem é alcançada também devido à implantação da ferramenta MDI (Managed Dealer Inventory), que gerencia os estoques das concessionárias e auxilia na decisão de compra baseada na quantidade de produtos armazenados e no volume de vendas. Pelo sistema, a empresa ganha redução do tempo de análise da área de compras, foco em itens com movimento, qualidade do estoque e redução de itens obsoletos”, acrescenta o diretor geral.

A gestão de estoque da PACCAR Parts também já prevê as possibilidades de personalização de acessórios e a demanda por itens específicos, como defletores e centrais multimídia, que podem exigir um processo logístico diferenciado. Os lançamentos são anunciados já com uma grande variedade de peças em estoque no CD, para atender a demanda das concessionárias de acordo com as solicitações e necessidades locais.

Este CD tem o mesmo nível de tecnologias dos demais centros da PACCAR Parts no mundo. Isso representa softwares e hardwares de última geração, voltados à automatização, segurança, redução de movimento dos operadores e ganho de produtividade. São diversos sensores, câmeras, esteiras automatizadas e scanners, que trabalham em conjunto com as mais modernas tecnologias de planejamento de materiais e logística disponíveis.

Diariamente são feitas entregas em todo o Brasil, e o CD também consegue suprir, no momento, a demanda de diversos países da América do Sul com peças comercializadas pela PACCAR Parts. Entretanto, para reforçar a presença da empresa na América Latina e garantir o abastecimento de mercados que contam com grandes frotas de caminhões do Grupo PACCAR, um Centro de Distribuição foi inaugurado em julho de 2024 em Bogotá, na Colômbia.

A PACCAR Parts tem planos ligados ao aprimoramento de suas tecnologias de gestão de estoque e à rapidez para atender todos os estados brasileiros com peças para os mais diversos modelos de caminhões. “Também estamos estudando a implantação de um novo Centro de Distribuição para fortalecer nossa presença de mercado”, finaliza Frasson.

Interco Trading vence desafios logísticos do setor externo e exporta mais de 500 toneladas de feijões especiais

A Interco Trading – startup no segmento de commodities que atua no mercado de importação de derivados de petróleo, com foco no Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), e também desenvolve projetos em outras áreas, como fertilizantes e exportação de pulses (sementes secas de leguminosas) –, se associou ao Instituto Brasileiro de Feijões e Pulses (IBRAFE) para o desenvolvendo do projeto de exportação de feijões especiais no Brasil com a introdução de uma terceira safra, mesmo diante de desafios climáticos e logísticos.

De acordo com a empresa, que também é associada a Global Pulses Confederation (GPC), esse projeto é impulsionado pela crescente demanda de mercados internacionais, como os da Ásia, do mundo árabe e da África. Segundo dados da Future Market Insight, o mercado global de pulses, que inclui feijões especiais como o mungo verde, matpe preto e o feijão marrom, foi avaliado em US$ 71,76 bilhões em 2022, com projeção para atingir US$ 122,89 bilhões até 2033, a uma taxa anual composta de crescimento (CAGR) de 4,9%.

Entre os mercados que receberão os feijões especiais brasileiros, destaca-se a Índia, que importa cerca de 3 milhões de toneladas anualmente, representando cerca de 20% do consumo global de pulses. A China, outro grande importador, deve apresentar um crescimento anual de 6,4% até 2033, o que faz desse mercado uma oportunidade significativa para exportadores brasileiros. Em uma recente viagem a Macau, o diretor executivo da Interco Trading, Nicholas Taylor, participou de um evento em que a pauta foi a exportação de feijões. Segundo ele, o mercado está aquecido e o Brasil está bem-posicionado para aproveitar esse cenário.

Para este ano, a Interco Trading já programou embarques de 500 toneladas dessas leguminosas. Aqui, a sincronização entre produção, armazenamento e exportação para cumprir os prazos estabelecidos se mostra essencial. E, explica Marcos Ferraz, diretor de Commodities e Trading da empresa, “hoje, todo nosso processo passa por gerenciar bem os nossos parceiros na cadeia de fornecimento, busca pelos melhores serviços, pelo melhor cuidado com a carga e agilidade e sincronização de operações. Mas esse modelo é complexo e, claro, não estamos imunes a problemas operacionais, falta de equipamento, atraso e rolagem de bookings, etc.”

Obviamente, atingir os mercados internacionais exige um planejamento detalhado de transporte e distribuição. “Mais até do que planejamento, nosso trabalho é tentar entender a dinâmica e como ela pode se alterar ao longo do tempo, tanto do lado do mercado consumidor quanto dos outros mercados fornecedores. Entendendo isso temos a possibilidade de antever mudanças na geografia e, aí sim, poder planejar e entregar o melhor resultado, e essa entrega nem sempre passa por uma solução padrão, e essa talvez seja nossa maior virtude, de poder nos adaptar facilmente à necessidade do cliente, propondo soluções customizadas.”

Há dois grandes aliados nesse cenário: o projeto APEX Brazil Superfoods e o próprio IBRAFE. Ambos promovem missões e encontros com grandes compradores em eventos realizados em embaixadas de mercados prioritários. Além disso, há negociações em andamento com diversos governos para reduzir tarifas sobre os feijões nacionais. “Um destaque importante são as tratativas com o governo chinês, cujo mercado de pulses, avaliado em mais de US$ 10 bilhões anuais, representa um marco potencial para o setor brasileiro, devido ao alto nível de competitividade dos nossos produtores e à qualidade dos produtos”, explica.

A Interco Trading também utiliza o projeto APEX Brazil Superfoods e sua parceria com o IBRAFE para melhorar a logística e fortalecer sua presença no mercado global. O diretor de Commodities e Trading destaca que o IBRAFE tem atuação mais direta como entidade representante dos exportadores e um papel muito importante na interlocução com os órgão e autarquias governamentais na busca de soluções e segurança operacional e jurídica. “Temos, por exemplo, ações sendo propostas junto a terminais portuários e Antaq em relação a entendimento e regularização de cobranças indevidas por parte de terminais e armadores. Já a Iniciativa APEX Brazil Superfoods, segundo nossa visão, tem um papel muito importante no desenvolvimento futuro dos pulses, o que daria maior peso para a cadeia e, consequentemente, poder de negociação para o setor como um todo.”

Desafios logísticos – O maior desafio logístico enfrentado pela Interco Trading na exportação de feijões especiais, considerando o cenário de infraestrutura portuária brasileira – que se encontra colapsada, segundo Ferraz –, é a falta de capacidade operacional dos armazéns alfandegados – não há novos se credenciando como Redex e em Santos, nosso principal porto de exportação, hoje não há mais terremos disponíveis e viáveis para expansão da capacidade. “Além disso, o período de maior volume de exportação de feijão coincide com outras grandes commodities já consolidadas, como algodão e açúcar, mercados com maior volume e capacidade de previsibilidade, permitindo que façam contratos de garantia de espaço.”

Para superar estes gargalos logísticos no curto prazo, o grande objetivo da Interco Trading é tentar ser a mais eficiente possível, trabalhando em sistema de Cross Docking com lotes menores e fracionando os embarques, dando maior liberdade para trabalhar com vários terminais e armadores sem que a sua operação se torne um gargalo para eles. “No futuro, à medida que as operações se tornem maiores, vislumbramos investimentos em um hub operacional que possa nos ajudar a superar gargalos momentâneos de espaço e operação, tanto internos quanto portuários.”

Outro impecílio enfrentado pela empresa refere-se à falta de previsibilidade nas políticas econômicas do Brasil, impactando diretamente as operações de logística e a cadeia de suprimentos. “Não somos diferentes de outros setores exportadores, somos influenciados diretamente pelo câmbio. Temos em nossa matriz de custo um peso muito relevante em relação a custos logísticos internos, já que as principais áreas produtoras estão no interior, distantes dos portos de escoamento, e têm influência direta do preço dos combustíveis, etc. Além disso, somos originadores em um setor que se tornou muito dependente do crédito ao longo dos anos, seja ele público, bancário ou privado da indústria como um todo, impactado diretamente na matriz de custo pela taxa de juros. Estamos vivendo, por exemplo, uma crise de desconfiança e credito no setor agrícola como um todo, e perdemos até de vista o que é causa e consequência entre aumento de custo e consequente aumento de preços (inflação) e aumento na taxa de juros.”

Qualidade e Tecnologia – O diretor da Interco Trading também comenta como a empresa se organiza para garantir a qualidade dos feijões exportados, desde a produção no campo até o embarque nos portos. “Apesar de não termos uma estrutura grande no campo, o trabalho inicial foi identificar bons produtores com capacidade para entregar o produto na qualidade necessária para atender nossos clientes. Além disso, buscamos parceiros comprometidos com a qualidade, uma vez que o próprio mercado de feijões, diferentemente de outras commodities, é de qualidade, e não de quantidade.”

Para a seleção de produtores parceiros na estratégia da Interco Trading de agregar valor e fortalecer sua cadeia de suprimentos, o primeiro critério hoje é conhecimento e capacidade técnica, alinhados ao desejo de se tornarem cada vez mais independente estruturalmente. Historicamente, o mercado de pulses era tratado de maneira secundária ou até mesmo terciaria pelos produtores, mas hoje já há uma preocupação de alguns em investir na capacidade própria de beneficiamento, trabalhar com sementes certificadas e não semente salvas, entender sobre as exigências externas. “Tudo isso com o único objetivo de garantir a sustentabilidade da cadeia de fornecimento.”

Quanto às tecnologias ou práticas inovadoras que estão sendo adotadas pela Interco Trading para tornar sua cadeia de suprimentos mais eficiente e sustentável, Ferraz diz que estão sempre atentos ao desenvolvimento de novas tecnologias e práticas. “Creio que nossa maior contribuição até o momento nessa curta história tenha sido a operacionalização de ponta a ponta, quase que um just in time para viabilizar a primeira exportação de pulses via Santos.”

Nestlé capacita mulheres para o cargo de operadora de empilhadeiras

A Nestlé está ampliando o horizonte de oportunidades profissionais para muitas mulheres, dentro e fora da organização. O “Mulheres em Movimento”, iniciado em 2023 e que acontece por meio do SENAI, oferece capacitação gratuita para o cargo de operadora de empilhadeiras, cadeira historicamente ocupada por homens. A razão para isso está diretamente relacionada à natureza da atividade, que envolve o manuseio de cargas pesadas, uma ação que, no inconsciente coletivo, apenas homens têm a capacidade de desempenhar.

A partir da iniciativa de diversidade e inclusão promovida pela Nestlé, a realidade tem se mostrado muito diferente – e para melhor. Além das possibilidades de avanço em sua força de trabalho, a empresa percebeu que as mulheres costumam estar mais atentas aos cuidados e no manuseio das empilhadeiras. Com isso, as perdas e os prejuízos tendem a ser reduzidos.

“Queremos ser o espelho da sociedade brasileira, diverso e plural. Respeitamos a diversidade e investimos na inclusão para que todos e todas tenham oportunidades iguais nas operações Nestlé” afirma Douglas de Oliveira Sartori, gerente executivo de Gestão de Pessoas.

Para que as novas empilhadeiristas pudessem desempenhar a função em condições adequadas, tanto as empilhadeiras como as instalações das fábricas e operações da Nestlé passaram por adaptações, com vestiários reformados e salas de amamentação. Em outra frente, foi necessário também preparar as lideranças para a mudança e reforçar como a iniciativa fortalece o valor da diversidade para toda a empresa.

Desde 2023, o projeto formou mais de 50 mulheres – 30 delas contratadas para trabalhar na Nestlé –, nas cidades de Ribeirão Preto, Cordeirópolis e São Bernardo do Campo, todas em São Paulo. O objetivo é levar a capacitação para toda a cadeia logística da Nestlé, comenta Sartori.

Atualmente, já existem 30 mulheres operadoras de empilhadeiras na Nestlé e, até o final do ano passado, foram formadas mais 48 profissionais. Para fazer o curso é preciso ter mais de 18 anos, ensino médio completo e habilitação A/B.

Frooty: Operar com o açaí, desde o produtor, requer uma logística diferenciada

Umas das principais marcas de açaí do mercado, a Frooty dá atenção especial à sua logística para garantir que seus produtos, que desafiam as condições tradicionais de transporte e armazenamento, cheguem frescos a todos os pontos de venda no Brasil e em mercados internacionais. “Temos rigorosos controles em todas as áreas, sejam eles no processo de expedição da nossa fábrica até nos indicadores que cada Operador Logístico possui, para garantir a qualidade dos nossos produtos no cliente final. Nosso sistema de estocagem e dos nossos Operadores Logísticos operam com a temperatura de refrigeração adequada, procedimentos e controles que garantem o armazenamento dentro de um padrão ótimo de qualidade. Nossos Operadores Logísticos e parceiros distribuidores são homologados e passam por validações anuais.”

A informação é de Ivo Kazutoshi Asanuma, gerente de Logística da empresa. Ele também ressalta que, para exportação, a Frooty tem ampla experiência na cadeia de logística refrigerada dentro de uma estrutura completa com procedimentos e padrões de contêineres, suportados por um check list reconhecido internacionalmente para garantia da qualidade do produto.

Certificação orgânica – Ainda segundo Asanuma, a Frooty é a única empresa de açaí no Brasil com a certificação For Life, FSSC 22000 e, também, certificação orgânica. Para conseguir essas certificações são necessários diversos requisitos, todo processo deve ser respeitado e rigorosamente auditado em toda cadeia logística, assim como em todos os seus fornecedores.

São mais de 600 produtores de açaí que participam de um amplo programa de sustentabilidade e suporte dado pela Frooty às comunidades de ribeirinhos. Nestes produtores garante-se a origem sustentável através de treinamentos, conscientização e suporte para se ter um fruto sustentável e com qualidade. As áreas produtoras são monitoradas por inspetores capacitados que utilizam um software para avaliar periodicamente, monitorar e garantir que não haja degradação, desmatamento ou eliminação de vegetação nativa, bem como, na parte social, a conscientização de não se permitir o trabalho infantil, de promover a educação das crianças com a matrícula nas escolas e prêmios por assiduidade nas escolas, além de garantir a segurança no processo de extrativismo fornecendo equipamentos de proteção.

Estas atividades também geram a rastreabilidade de cada produtor e de cada área, dando sequência à rastreabilidade com os lotes de produção nas unidades Frooty, desde o processamento da polpa de açaí até a unidade Industrial onde é produzido o sorbet. Vale destacar que os programas e as fortes parcerias com produtores ajudam na disponibilidade e qualidade dos frutos, isto dentro de uma cadeia de suprimentos sustentável, o que permite a Frooty atuar em diversas regiões dentro dos estados do Pará e Amazonas com eficácia no abastecimento dos clientes e consumidores finais. “Resumindo, temos uma cadeia de Supply Chain que engloba o cadastro das áreas onde é produzido o açaí, o cadastro de todos os produtores e todas as contratações de transportes fluviais e terrestres até nossas unidades de produção de polpa de açaí – tudo é visitado e revisto periodicamente. Nas nossas unidades de polpas de açaí contamos com uma rede de empresas de transportes homologadas e contratadas para o transporte até a região Sudeste do país, com armazenagens internas em nossa unidade industrial e em Operadores Logísticos em regiões estratégicas”, diz o gerente de Logística.

A empresa também tem outros sistemas de suporte, como a inteligência artificial aplicada ao processo de tracking, automatizando processos operacionais e reutilizando recursos para trabalhos analíticos e de tomada de decisões. “Nossa malha logística é ampla e diversificada, é a única empresa que tem o seu sorbet comercializado em todas as regiões do Brasil, desde redes atacadistas, como de varejo e de pequenos negócios. Para esse tipo de cliente temos uma solução logística própria e importantes e competentes parceiros para a distribuição.”

Com a inauguração das primeiras lojas no Brasil, Tropicool incrementa a logística

A Tropicool, marca de açaí e superalimentos, acaba de lançar suas primeiras lojas no Brasil. Rafael Prado, Head Global da empresa, fala sobre a importância desse movimento no mercado nacional. “Nós estamos presentes em mais de 10 países e com 120 pontos de venda ao redor do mundo, com um portfólio que vai além do açaí. Agora no Brasil, a intenção é mostrar a força de um produto de qualidade premium. A Tropicool tem no seu menu frutas, como manga, açaí zero, coco e não vamos parar de inovar. Smoothies com receitas únicas de superalimentos harmonizados, sucos de frutas tropicais, toppings selecionados, tudo pensado para que sempre sigamos melhorando nossa decisão e proposta alimentar”, enfatiza o executivo.

A empresa aposta na inovação e qualidade para o mercado, se diferenciando, radicalmente, das tradicionais lojas do produto existentes no mercado brasileiro. Pensando em uma durabilidade de qualidade, a Tropicool desenvolveu uma polpa de açaí que viaja em embalagens, com um tempo de validade de um ano. O açaí é resfriado quase que automaticamente no momento de consumo, ao passar por máquinas de sorvete ou frozen yogurt. O produto da Tropicool é orgânico, sem conservantes ou corantes.

Com a chegada da inauguração da primeira loja, a empresa planeja ações no mercado brasileiro. “O nosso plano é expandir e terminar até o ano de 2026 com mais de 100 pontos, sendo a maior parte no formato de franquia, segmento que temos expertise mundial, e por meio de estratégias robustas e parcerias estratégicas.”

Na Europa, a empresa firmou um contrato com um master franqueado que irá operar em países como França, Espanha, Itália, Alemanha e Andorra. As primeiras lojas estão prestes a ser inauguradas nas cidades de Paris e Lyon (França) e em Barcelona (Espanha), marcando o início de um plano ambicioso de crescimento nesse mercado. Já na região do GCC (Conselho de Cooperação do Golfo), a Tropicool fechou recentemente um contrato com outro master franqueado que será responsável por gerenciar novas lojas e expandir a presença em uma área onde a marca já é bem consolidada, reforçando ainda mais o alcance. “Enquanto externamente planejamos a inauguração de 40 lojas, reforçando nossa visão de crescimento global, no Brasil temos a previsão de abrir 30 novas lojas ao longo deste ano,” revela Mariana Rinehart, gerente de Operações e Logística da empresa.

Falando sobre como a Tropicool garante a rastreabilidade e a qualidade dos superalimentos desde a origem na Amazônia até o consumidor final, especialmente considerando a distância e as condições climáticas, Mariana diz que a colheita do açaí vem de pequenos produtores e das comunidades ribeirinhas na Amazônia, e por ser uma colheita muito pulverizada, é difícil manter o rastreio de tudo. “Mas, para não afetar o consumidor, garantimos a qualidade do produto final através de um processo fabril asséptico, onde amostras são coletadas e monitoradas para garantir que o consumidor tenha o melhor produto em sua mão.”

E também há os desafios logísticos para transportar produtos perecíveis como o açaí, mantendo suas propriedades nutricionais e organolépticas. “Recebemos a polpa do açaí pronta do nosso fornecedor e a partir daí manipulamos. Nossa responsabilidade logística entra a partir do produto já processado e embalado na SIG.”

Tendo como principais mercados consumidores a Austrália, GCC, Brasil, Europa Ocidental, Índia, Africa do Sul e Estados Unidos, entre outros, a empresa adapta sua logística para atendar à demanda desses diferentes mercados usando um sistema flexível para atender variadas exigências regulatórias e culturais. Dentre as adaptações logísticas necessárias para atender esses diferentes mercados, a empresa tem: equipe dedicada para gerenciar certificações e requisitos alfandegários, desenvolvimento de infraestruturas de apoio logístico regionais, parcerias com hubs logísticos estratégicos na região para atender vários países rapidamente, relacionamento direto com franqueados através de plataformas digitais que permitem realizar pedidos, rastrear remessas e acessar relatórios de desempenho logístico e prazos de entrega ajustados para atender as operações das lojas de maneira consistente, entre outros.

A Tropicool também garante a entrega rápida e eficiente de seus produtos para mercados internacionais por meio de uma combinação de planejamento estratégico e gestão da cadeia operacional, com excelentes parceiros, além da gestão de estoque dos clientes finais para conseguir trabalhar com um forecast robusto e evitar quebra de estoque.

Falando sobre o futuro do mercado de superalimentos e quais os principais desafios e oportunidades para a logística nesse setor, Mariana diz que o futuro é promissor, com projeções de crescimento constante devido ao aumento da conscientização sobre saúde, bem-estar e sustentabilidade. A demanda global por alimentos naturais, funcionais e nutritivos, como o açaí, chia, spirulina e maca, tende a crescer, impulsionada por consumidores mais conscientes sobre os benefícios desses produtos.

Mas, há os desafios: diferentes mercados possuem regulações específicas (por exemplo, aprovação do FDA nos EUA ou normas da União Europeia), criando barreiras logísticas e de compliance. “Para marcas como as da Tropicool, que opera globalmente, o sucesso no mercado de superalimentos dependerá de um planejamento logístico robusto que equilibre custo, eficiência e sustentabilidade. Expandir para mercados como Oriente Médio, Europa e EUA demanda um sistema flexível para atender diferentes exigências regulatórias e culturais, enquanto mantém o compromisso com a qualidade e a sustentabilidade. Já as oportunidades envolvem estabelecer Centros de Distribuição próximos aos mercados-alvo pode reduzir custos e tempos de entrega”, completa Mariana.

Sobre a Tropicool – A empresa foi fundada em 2019, e tem a expertise de levar superalimentos e superfrutas da Amazônia para o mundo. Nenhuma etapa da produção da Tropicool usa plástico ou outro material que interrompa o ciclo natural de reaproveitamento de qualquer matéria-prima. A empresa tem um projeto em parceria com a ONG SOS Amazônia para plantio de árvores frutíferas que oferecem retorno para as comunidades e entidades locais. “Ou seja, nosso atual compromisso com a sustentabilidade está no plantio de arvores na Amazônia e no fato de não usarmos plástico nas embalagens. E temos o selo FSC em nossas embalagens”, diz Mariana.

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