Como praticamente triplicou de tamanho nos últimos 13 anos e já faltava espaço para o armazenamento dos produtos, a Coop – Cooperativa de Consumo (Fone: 11 4991. 9500), com mais de 55 anos de história e considerada a maior cooperativa de consumo da América Latina, concluiu recentemente a ampliação de seu Centro de Distribuição, localizado no bairro de Utinga, em Santo André, na região do Grande ABC Paulista.
O principal motivo para o investimento de R$ 11 milhões foi o crescimento da rede. Segundo o gerente comercial e de logística da cooperativa, Luiz Gustavo Maldi Ramos, a ampliação era necessária devido ao aumento do número de lojas e do mix oferecido aos cooperados, que são mais de 1,5 milhão.
Atualmente, o CD localizado no ABC é responsável por 45% das compras da Coop e pelo atendimento das mercadorias dos setores de limpeza, perfumaria, mercearia seca, líquida, ração animal e commodities (incluindo leite UHT) a todas as lojas da rede.
A estrutura opera com um módulo do sistema integrado Coop, que gerencia, controla e endereça todas as mercadorias dentro dos armazéns. Além das atividades de transferência de mercadorias para as unidades Coop, o CD é responsável pela entrega em domicílio de todas as mercadorias dos setores de eletro – linhas branca e marrom, além de eletroportáteis.
Mesmo com a ampliação, a abrangência de atendimento do CD continuará mantida num raio de 200 km, abastecendo todas as unidades Coop, inclusive no interior e litoral. A diferença – explica Ramos – é que foi aumentada a concentração de itens centralizados, reduzindo o fluxo de entregas de pequenos veículos nas unidades, proporcionando redução de custo com fretes e melhoria de vida da comunidade no entorno das unidades Coop em todas as praças onde atua.
Com a ampliação da área de 1.512 m² para 2.275 m², além de unir os dois armazéns existentes, as operações de abastecimento por cross-docking foram intensificadas em quase 70%. Assim, o fluxo mensal de 500 toneladas de produtos enviadas às unidades anteriormente aumentou para cerca de 870 toneladas por mês.
“As operações via cross-docking possibilitam inúmeros ganhos, já que graças a esse sistema as cargas fazem uma passagem rápida pelo CD, sem necessidade de armazenamento prolongado. Geralmente são produtos de baixo e médio giro, como esmaltes, doces em compota e molho de pimenta, adquiridos pela Coop num único pedido com base na previsão do consumo global das unidades”, comenta Ramos.
Ele conta que assim que são descarregadas no CD, as cargas de cada produto são separadas, aglutinadas em lotes e transportadas às unidades em apenas um caminhão. “Além disso, as mercadorias que ficariam estocadas por uma semana, por exemplo, não demoram mais do que 24 horas para chegarem às prateleiras das lojas, liberando mais espaço no CD”, destaca.
Segundo o gerente comercial e de logística, ao receberem produtos de diversos fornecedores num único veículo, as unidades da rede deixam de registrar acúmulo de caminhões de pequeno porte em suas áreas de recebimento, evitando, assim, comprometimentos no trânsito local das comunidades onde atuam. “Outro benefício importante é a diminuição de custos com frete, já que as entregas são realizadas no CD, e não nas lojas”, acrescenta Ramos.
Também graças ao investimento na ampliação da estrutura, os processos de recepção e expedição de mercadorias ficaram mais ágeis por conta do número de portas, que aumentou de seis para 17, todas com niveladores de docas embutidos. Quem também foi contemplada com a ampliação do CD foi a área de câmaras frias. Com isso, a Coop poderá comprar mais produtos perecíveis e distribuir às unidades conforme a demanda.
Com os R$ 11 milhões investidos, foi possível realizar melhorias também nas áreas de segurança, canais de monitoramento e sistemas de controle e gestão de estoques.
Voltando ao assunto da ampliação da estrutura em Santo André, o gerente da Coop diz que a expectativa é que, com este investimento, o atual CD comporte as atividades até 2020 sem necessidade de grandes alterações. Posteriormente, se a expansão dos negócios continuar, a cooperativa precisará pensar em alternativas como, por exemplo, um novo CD. O de Santo André, caso seja necessário, ainda comporta uma segunda fase de ampliação, que aumentaria o pé-direito de seis para 12 metros.
Para encerrar, Ramos revela outra novidade: “não temos outro CD e nem teremos em médio prazo”.









