Chuva afeta operação portuária em Porto Alegre

20/10/2015

Depois do clima ter atrapalhado o transporte hidroviário no começo da semana, novamente a chuva e o vento que assolaram o Estado na quarta-feira impactaram o desempenho do modal. No caso do porto da Capital, a operação de carga e descarga foi comprometida. Já quanto às vias fluviais, a ligação entre Porto Alegre e Rio Grande, pela Lagoa dos Patos, não foi interrompida para o fluxo de navios. Contundo, por questões de segurança, o canal do rio Jacuí (nas proximidades do município de Triunfo) continua interditado. O impedimento ocorreu no domingo, também por motivos climáticos.

O diretor substituto de portos da Superintendência de Portos e Hidrovias (SPH), Bruno Almeida, comenta que a tempestade da noite de quarta-feira levantou várias telhas de armazéns do porto da Capital e um funil, usado na operação portuária, afundou no Guaíba. No dia seguinte, a chuva paralisou as atividades de carga e descarga no complexo. Almeida explica que não pode estar chovendo para trabalhar com fertilizante (a carga que estava sendo movimentada). O navio alemão IC Phoenix está desde o dia 8 de outubro atracado no porto gaúcho aguardando condições climáticas para descarregar o total de 9 mil toneladas de fertilizantes. A expectativa é de que nesta sexta-feira, se não estiver chovendo, a ação seja retomada.

O diretor de hidrovias da SPH, Cristiano Nogueira da Rosa, complementa que a medição do nível da água no porto de Porto Alegre, na metade da tarde dessa quinta-feira, estava estável marcando 2,60 metros. O dirigente reitera que a navegação, entre Porto Alegre e Rio Grande, manteve-se normalmente. Porém, o canal do rio Jacuí seguia interditado até o final da tarde de quinta-feira e não havia previsão para ser liberado. Além dos problemas de navegação, provocados pelo clima e o aumento do nível d’água e da correnteza, duas torres de energia caíram e alguns cabos acabaram dentro do rio Jacuí.

Com a interdição, ficam inacessíveis para embarcações terminais como o Santa Clara, da companhia Braskem, localizado no polo petroquímico gaúcho. Também fica impedida a operação das embarcações que fazem mineração de areia no local. Rosa informa que havia equipes avaliando a situação e trabalhando para repor as boias de sinalização, que saíram das suas posições originais. A decisão quanto a desinterditar o canal é de competência da SPH e da Marinha.

Ainda na Região Metropolitana, a operação do catamarã, da empresa CatSul, teve alteração apenas no final da tarde dessa quinta-feira. Como medida preventiva devido às chuvas e pela baixa demanda apresentada, o transporte foi cancelado em três horários no sentido Porto Alegre – Guaíba (16h35min, 17h43min e 18h47min) e em outros três no sentido inverso (17h08min, 18h16min e 19h18min). Os demais horários foram mantidos normalmente.

Em Rio Grande, a assessoria de imprensa do porto informou que das 11h da quarta-feira até às 15h30min de quinta-feira o porto do Rio Grande estave impraticável (ou seja, sem a possibilidade dos profissionais conhecidos como práticos poderem assessorar a entrada ou saída de grandes navios do complexo). O motivo eram os fortes ventos e a correnteza. Porém, depois desse período, a restrição tornou-se parcial. Apesar do problema acarretado para o trânsito das embarcações, quanto à infraestrutura portuária não houve danos relevantes.

MBS firma acordo com SPH sobre área para instalação de estaleiro

Como novidade positiva, o diretor substituto de portos da SPH, Bruno Almeida, revela que foi assinado com a MB Serviços de Manutenção e Reparos Industriais (MBS) contrato de aluguel de área para que a empresa inicie a construção do seu estaleiro em Porto Alegre (conforme previsto em acordo de intenções firmado com o governo do Estado no ano passado). O acerto tem duração de 18 meses, renovável por mais 18 meses. Se houver acréscimo de demandas para o complexo, o contrato pode ser prorrogado por até 60 meses.

O espaço que será aproveitado é próximo à rodoviária de Porto Alegre, entre os cais Mauá e Navegantes. A área possui cerca de 36 mil m2 e custará, de aluguel, em torno de R$ 70 mil ao mês. Futuramente, além desse terreno que teve o contrato assinado agora, a MBS deverá disputar o uso de uma área próxima à Arena do Grêmio.

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