Em 1987, o uruguaio Fernando Cammarota, em parceria com um grupo de engenheiros, técnicos e especialistas, fundou em seu país o CEPA – Centro de Prevenção de Acidentes, para atender a falta de medidas e políticas de seguranças que tornam melhor o convívio das pessoas.
Referência mundial em sua área de atuação, o CEPA já desenvolveu programas práticos para redução de acidente para mais de 250 empresas, em 5 continentes, totalizando mais de 110 mil participantes em programas de veículos leves e médios, 80 mil em programas de transportes de cargas e passageiros e 420 mil motoristas capacitados e avaliados.
Com sede no Uruguai, a empresa conta ainda com escritórios no México e Colômbia. No Brasil (Fone: 12 2139.1966), a atuação teve início há 11 anos.
ESPECIALIZAÇÃO
Desde a sua criação, a empresa, especializada na segurança viária, desenvolve programas de controle e gestão de riscos gerados por acidentes de trânsito que auxiliam os clientes a reduzirem, em média, 30% o índice de acidentes com veículos de suas frotas.
Todos os treinamentos de direção avançada do CEPA enfocam os diversos aspectos da segurança viária. Os conceitos e as técnicas da direção preventiva são abordados e discutidos nos módulos teóricos. Já as habilidades e medidas defensivas são exercitadas nos módulos práticos, que podem ser realizados tanto em circuito fechado quanto em via pública, dependendo do tipo de treinamento realizado.
O grupo já criou vários programas, como o treinamento avançado para condutores de veículos leves, veículos com tração 4×4 e veículos utilitários. Mas, um dos mais importantes foi o treinamento avançado para veículos de transportes de carga com distintas configurações, como truck, carreta, bitrem e betoneiras, considerando adicionalmente o tipo de carga transportada – líquida, sólida, produtos perigosos, etc.
E um dos assuntos discutidos nesse modelo de treinamento são as velocidades e distâncias seguras para veículos de carga. “O condutor seguro controla sua velocidade sabendo que, assim, preserva sua integridade e não transfere o risco a terceiros”, detalha o gerente de consultoria da CEPA, Dennys Riper.
Um dos casos citados é de um caminhão-trator com semirreboque, de 19,80 m de comprimento, carregando 40 toneladas. Sua velocidade média tem de ser de 80 km/h e, para conseguir frear totalmente o veículo, o condutor precisa de aproximadamente 100 metros. Já o caso de um caminhão biarticulado, de 25 metros de comprimento, carregando 60 toneladas e trafegando na mesma velocidade, são precisos 108 metros para parar o veículo.
DIREÇÃO PREVENTIVA X DIREÇÃO DEFENSIVA
A popular direção defensiva é a ação de o motorista reagir a um risco real no trânsito. O que muitos ainda não conhecem é o conceito de direção preventiva, que não se baseia na habilidade ao volante, mas, sim, na capacidade de antecipar possíveis riscos presentes no trânsito. Nesse caso, o condutor estará agindo de forma a antecipar possíveis riscos, e não reagindo a riscos reais.
O principal objetivo da direção preventiva é evitar a ocorrência de incidentes de trânsito, ou seja, qualquer evento de trânsito com potencial para causar danos físicos ou materiais.
O conceito “direção preventiva” não é novo, somente o foco na prevenção de acidentes de trânsito foi redirecionado da habilidade ao volante para a antecipação de riscos potenciais. Na direção preventiva, o condutor precisa agir de forma mais proativa em relação aos perigos potenciais presentes no ambiente de trânsito.
“Por exemplo, ao se aproximar de um cruzamento, o condutor preventivo antecipa o possível surgimento de riscos potenciais, posicionando o pé sobre o pedal do freio – técnica conhecida como ‘cobrir o freio’ -, mesmo tendo a preferência. Dessa forma, ele estará encurtando seu tempo de reação e como resultado a distância total de parada do seu veículo”, explica o gerente de consultoria do CEPA.
Na direção defensiva, o condutor depende mais da sua habilidade ao volante, de acordo com o gerente. A direção preventiva, segundo ele, trabalha mais o comportamento seguro do condutor, ao passo que a direção defensiva trabalha mais a habilidade. Em outras palavras, a direção preventiva é mais proativa, enquanto a direção defensiva é mais reativa.
Estratégias importantes de direção preventiva, segundo os especialistas do CEPA, incluem: estar ciente das funcionalidades e condição de uso do veículo; estar ciente do seu estado psicofísico e como este estado pode afetar a segurança; realizar continuamente uma varredura visual do ambiente de trânsito ao redor do seu veículo; redobrar os cuidados e a atenção ao dirigir; ajustar sua velocidade às condições da via, do clima, da carga e do trânsito; não se deixar distrair por ações não relacionadas ao ato de dirigir (falar ao celular, por exemplo).
VELOCIDADE E DISTÂNCIA SEGURAS
A velocidade de circulação de um veículo de carga deve ser inferior aos limites máximos permitidos, pois são outros os fatores que determinam a estabilidade, particularmente sob chuva, em declives, curvas e saídas de rodovias.
A velocidade relativamente segura é aquela na qual o veículo é conduzido com máxima atenção, considerando o estado psicofísico do condutor, tipo e estado de conservação da via, clima, fluxo de trânsito, volume de carga transportada e, principalmente, o espaço frontal de segurança disponível para frear ou manobrar sem risco de perder o controle.
O gerente explica que a fadiga, a ingestão de bebidas alcoólicas e de determinados medicamentos, o uso de drogas ilícitas e as distrações podem elevar o tempo de reação do condutor e aumentar a distância total de parada.
“Distrações ao volante de um veículo de carga são ainda mais perigosas em função do porte e dos acoplados da unidade. Notáveis avanços tecnológicos vêm multiplicando estes riscos. Dispositivos eletrônicos de comunicação, transferência de dados ou localização por imagem, entre outros, juntaram-se às fontes mais conhecidas de distração”, alerta Riper.
ESPAÇO DE SEGURANÇA
Desconsiderar o espaço disponível para frear ou manobrar é a principal causa de um dos acidentes mais comuns: a colisão traseira. As consequências deste tipo de evento dependerão da velocidade de impacto.
Para evitar esse risco, o condutor de um veículo de transporte de carga deve conhecer a relação velocidade-distância de frenagem e os fatores que a alteram. Consequentemente, é necessário guardar espaço à frente que lhe permita manobrar ou parar sem risco de colidir ou perder o
controle da unidade.
“Em condições adequadas, o motorista de veículos articulados deve aplicar a regra dos seis segundos de separação do veículo da frente. Dirigindo sob neblina, chuva ou com pavimento irregular, aumente este espaço de segurança para oito segundos”, acrescenta Riper (ver box).
NEBLINA
Os especialistas em segurança no trânsito explicam que uma das causas mais perigosas de colisões no trânsito rodoviário, ou em vias rápidas em geral, é o engavetamento.
“Engavetamentos geralmente ocorrem por erro ou imprudência de um ou mais motoristas. Porém, a presença de neblina amplia o risco e deve ser advertido e controlado pelos usuários da via pública”, afirma o gerente de consultoria do CEPA.
Segundo Riper, é preciso adotar um comportamento preventivo, elevando o grau de atenção mental e visual ao dirigir em vias rápidas em geral.
O gerente afirma que, nestas áreas, o condutor deve observar e agir com suficiente antecipação, a fim de reduzir riscos. Riper destaca as seguintes recomendações:
• Observar a condição do trânsito e estimar o espaço livre disponível à frente;
• Ligar os faróis baixos e de neblina imediatamente (se é que ainda não os utiliza sempre ligados ao dirigir por estradas e rodovias);
• Ficar atento à distância dos veículos que trafegam à frente e atrás;
• Reduzir a velocidade lenta e progressivamente, evitando frenagens bruscas, antes de se aproximar da área com visibilidade reduzida;
• Conferir o espaço disponível à frente e reduzir a velocidade conforme necessário para manter um espaço de segurança frontal;
• Guardar um espaço frontal livre em que seja possível enxergar claramente uma extensão de pista igual à metade do valor da sua velocidade de circulação: por exemplo, a 30 km/h a distância de segurança frontal deve ser de no mínimo 15 metros.
“Se a condição de visibilidade não permite visualizar claramente a linha de divisão de fluxos opostos (eixo da pista) ou linha de divisão de fluxos no mesmo sentido (faixa da esquerda), o condutor deve interromper sua viagem. Recomendamos procurar um local seguro para estacionar o veículo e aguardar uma melhora nas condições de visibilidade. Lembre-se que o acostamento não é um local seguro para estacionar o veículo nestas condições”, acrescenta Riper.
O gerente afirma que faróis altos podem prejudicar ainda mais a visibilidade em caso de neblina. “Por sua altura e intensidade, o farol alto reflete nas gotículas de água em suspensão que formam o banco de neblina (nevoeiro). Isso ocasiona maior perda de visibilidade frontal para o condutor”, diz o especialista.
Para Riper, o ideal é dispor de autênticos faróis de neblina, pois sua altura máxima – de 30 cm acima da pista – oferece maior eficácia se comparado ao farol baixo.
Os faróis baixos, por sua vez, devem ser usados conforme a regulagem original de fábrica. Porém, se a altura deles estiver acima das especificações, isso poderá ser prejudicial em caso de neblina.
A regulagem da altura e do foco dos faróis deve ser verificada pelo menos uma vez ao ano ou sempre que outra ocorrência exigir nova regulagem.
Os faróis baixos devem ser utilizados sempre, particularmente em caso de neblina, pois tão importante quanto ver é ser visto pelos demais usuários, especialmente ao trafegar por estradas com pista simples e mão dupla.
Ao se deparar com uma situação de neblina intensa, onde não é possível parar o veículo com segurança, o motorista também deve seguir orientações importantes, segundo o gerente do CEPA:
• Trafegar pela faixa da direita, utilizando a linha de bordo (linha lateral que separa a faixa de rolamento do acostamento) como referência;
• Manter-se afastado da linha de divisão de fluxos opostos (eixo da via), principalmente nas curvas;
• Não se aproximar do veículo que trafega à sua frente nem realizar ultrapassagens;
• Não trafegar pelo acostamento. Caso seja obrigado pelas circunstâncias, a velocidade não poderá ultrapassar a de um pedestre caminhando e deverá retornar à faixa de rolamento assim que possível;
• Se o tráfego à frente obrigar o motorista a circular em baixíssima velocidade ou parar, recomenda-se ligar o pisca alerta e guardar um espaço livre frontal de pelo menos 15 metros.
MUDANÇAS COMPORTAMENTAIS
Estudos apontam que cerca de 90% dos acidentes de trânsito são causados por falha humana e, portanto, poderiam ser evitados com mudanças comportamentais.
Entre as principais causas estão negligência (desatenção ou falta de cuidado ao realizar um ato), imprudência (má fé: velocidade excessiva, dirigir sob efeito de álcool, falar ao celular, desrespeitar sinalização, etc.), imperícia (falta de técnica ou de conhecimento para realizar uma ação de forma segura e adequada).
Outro número alarmante está relacionado aos custos dos acidentes para os cofres públicos. Estudo realizado há quatro anos pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) avalia em cerca de R$ 25 bilhões, por ano, o custo econômico dos acidentes nas rodovias federais e estaduais.
Dirigir com segurança requer mais do que pura aptidão para operar um veículo motorizado, requer a adoção de uma atitude preventiva ou conduta segura. “Portanto, a grande maioria dos acidentes de trânsito pode ser evitada com uma simples mudança no comportamento de risco dos usuários da via pública, seja ele o condutor de um veículo, um ciclista, motociclista ou pedestre”, afirma Riper.
A VELOCIDADE E OS ACIDENTES DE TRÂNSITO
A velocidade pode ser tanto um fator agravante quanto a causa determinante de um acidente de trânsito, pois quando um carro colide com um obstáculo, na realidade ocorrem três colisões: do carro, dos passageiros com o interior do carro e dos órgãos internos do ocupante contra a estrutura do seu corpo (esqueleto). Com isso, quanto maior a velocidade, maior o impacto, mais graves as consequências da colisão e maior a possibilidade de morte.
Além disso, a velocidade também aumenta a distância percorrida durante o tempo de percepção e reação, a distância de frenagem e de parada total do veículo, o que provoca a redução das chances do condutor evitar a colisão. Quando um veículo se envolve em um acidente, a velocidade excessiva também pode aumentar a deformação na estrutura do carro, reduzir o espaço interno da célula de sobrevivência, aumentar o contato do corpo dos ocupantes com as estruturas rígidas do veículo e entre os ocupantes.
O quadro abaixo mostra como a velocidade pode interferir na distância necessária para parar totalmente um carro.
“Ainda existe no Brasil uma crença incorreta e generalizada de que o acidente de trânsito acontece porque ‘Deus assim quis’, ou seja, o acidente é uma fatalidade e nada pode ser feito para evitá-lo. Porém, como vimos anteriormente, isso não é verdade. A grande maioria dos acidentes de trânsito pode ser evitada. Uma vez consciente de sua responsabilidade, o condutor pode e deve praticar uma condução segura e preventiva, a fim de evitar os riscos presentes no trânsito”, diz Riper.
FADIGA E SONOLÊNCIA
A fadiga é a resposta natural do organismo a um esforço físico e/ou mental intenso. É comum associar fadiga a dormir ao volante. Contudo, a fadiga limita as capacidades necessárias à prática da direção segura muito antes de gerar o risco de adormecer ao volante.
“Sonolência e direção são parceiros em inúmeros acidentes de trânsito. Podemos destacar como elementos causadores de sonolência, além da ingestão de medicamentos, horas prolongadas de trabalho ou viagem, refeições pesadas durante as viagens e, principalmente, as noites mal dormidas”, explica Dennys.
Muita gente não reconhece ou valoriza os sinais de sonolência e com isso continua a dirigir, aumentando progressivamente sua exposição ao risco de se envolver em acidentes de trânsito.
São sinais de sonolência: pálpebras pesadas; cabeça caindo; sonhar acordado; necessidade constante de esfregar os olhos e piscar; sair da faixa de trânsito; irritabilidade; bocejos constantes; visão embaçada; e dificuldade para focalizar imagens.
Dirigir preventivamente, de forma a evitar acidentes de trânsito, abrange uma combinação de antecipação, identificação, decisão e ação.
METABOLIZAÇÃO DO ÁLCOOL
Muitos condutores acreditam estar aptos a dirigir após uma noite bem dormida, após uma noite intensa de bebedeira. O que muitos não sabem é que o álcool tem um tempo de metabolização e esse tempo varia de acordo com inúmeros fatores, como: sexo, peso, idade, tipo de bebida ingerida e se o condutor está bebendo em jejum, etc. Vale ressaltar que, ao dormir, o metabolismo se torna mais lento.
“Mesmo com uma noite bem dormida, o condutor pode não estar cem por cento apto para conduzir em função do álcool não ser totalmente metabolizado. Um homem de aproximadamente 80 quilos, que ingeriu 6 latas de cerveja, por exemplo, leva em média 10 horas para metabolizar o álcool em seu organismo, mas é claro que tudo depende daqueles fatores citados (sexo, idade, etc.).”
ACIDENTES NOS ESTACIONAMENTOS
Colisões em estacionamentos e ao manobrar de ré para sair de uma vaga ocorrem com frequência e podem ser perigosas, especialmente para pedestres. Muitas vezes o motorista se preocupa com sua segurança ao circular apenas por ruas, avenidas, estradas e rodovias. No entanto, ao entrar em um estacionamento em busca de um espaço ele pode se tornar desatento e/ou distraído.
“As manobras de ré, por exemplo, podem provocar pequenos incidentes, como o choque em pilastras, carrinhos de supermercado e em outros veículos. Também podem gerar graves acidentes, como é o caso dos atropelamentos”, afirma o gerente de consultoria.
Certas condições, segundo Riper, restringem adicionalmente o campo visual do condutor. A presença de outros veículos, árvores, colunas, caçambas de lixo/entulho, muros, etc., nas proximidades do carro estacionado, obstruem a visão não só daquele motorista manobrando de ré para sair da vaga, mas também daquele que está circulando pelo estacionamento.
“Outro fator que contribui para os acidentes é o ‘ponto cego’ gerado pela estrutura do próprio veículo. A dificuldade ao manobrar um veículo em marcha à ré reside justamente na limitação do campo de visão do motorista. É importante ressaltar que quanto maior a estrutura do veículo, maior será o ponto cego”, acrescenta Riper.
Caso não seja possível estacionar de ré, antes de sair o condutor deve:
• Verificar a presença de pessoas, animais ou objetos atrás e/ou ao lado do veículo (nos pontos cegos) antes de entrar e iniciar a manobra;
• Manobrar em baixa velocidade e não confiar somente nos espelhos;
• Girar a cabeça e olhar sobre o ombro para ter uma visão direta da situação atrás do veículo;
• Ao manobrar veículos de médio e grande porte, como utilitários e caminhões, o condutor deve contar com o auxílio de um observador posicionado do lado de fora do veículo.
“Todo acidente envolvendo manobra em marcha à ré é evitável, desde que o condutor demonstre a devida atenção e precaução”, destaca Riper.
Alternativa para a manobra de ré: Passar pela primeira vaga e estacionar de frente para a saída na segunda vaga. Todavia, isso só será possível naqueles estacionamentos que não possuem separação física (ilhas, canteiros, etc.) entre as vagas.
ECONOMIA
Atualmente, todas as empresas apostam na redução de custos como uma forma de obter sucesso. Neste contexto, aquelas que contam com frotas de veículos têm investido na prevenção e redução de acidentes como forma de economizar e assumir responsabilidade social.
“A redução de acidentes de trânsito traz uma economia importante para a empresa”, afirma a gerente nacional do CEPA, Rosina Cammarota.
Ela explica que, no contexto empresarial e industrial, existem processos e procedimentos específicos que visam à segurança e ao bem-estar dos funcionários dentro das grandes fábricas. Entretanto, segundo ela, existe uma mão de obra que atua sozinha no trânsito e, por isso, está mais vulnerável a acidentes.
Os acidentes de trânsito representam custos significativos para as empresas, pois estão envolvidos os custos diretos (danos materiais) e os indiretos (perda de produtividade, afastamento, gastos médicos e de seguro).
O CEPA realiza treinamentos de direção preventiva para condutores de diversos tipos de veiculo e diferentes características, de acordo a operação. São cursos teóricos, teórico-práticos ou somente práticos, em pista, trânsito e off road.
Segundo Rosina, nos cursos teóricos são utilizados materiais interativos exclusivos e de última geração para abordar todos os assuntos relativos à direção preventiva. O objetivo é conscientizar e passar informação de forma simples, mas com todo o respaldo técnico necessário, inclusive de conceitos de física aplicada à condução.
“Na parte prática, são realizados exercícios, manobras e simulações de situações de risco controlado e direção defensiva, para conscientizar o condutor e capacitá-lo com técnicas específicas”, acrescenta Rosina.
NOVO MODELO DE TREINAMENTO DE DIREÇÃO PREVENTIVA
O CEPA está lançando o e-BTW. Trata-se do único curso de Direção Segura no país que alia formação teórica on line e treinamento prático presencial.
Esse produto, que conta com toda a qualidade dos programas do CEPA, foi desenvolvido especificamente para empresas com frotas de veículos leves e tem como principal diferencial promover a atitude preventiva do condutor, reduzindo em até 30% os índices de acidentes, com custo acessível.
O treinamento e-BTW é composto por duas etapas: a primeira consiste de uma capacitação a distância (8 módulos) e a segunda de um treinamento prático presencial com instrutor do CEPA, realizado na via pública em um circuito previamente definido.
“O curso visa alavancar a segurança viária dos funcionários e motoristas, proporcionando um treinamento flexível, adaptado às necessidades da empresa. Ele tem um custo menor que um treinamento 100% presencial, otimiza o tempo e promove a redução dos gastos gerados por acidentes”, afirma o gerente comercial do CEPA, Fernando Rachetti.
E-BTW TEÓRICO
O módulo teórico do e-BTW está dividido em oito tópicos: Introdução e objetivos; Problemática do trânsito; Causalidade/Trilogia; Revisão prévia; No posto de condução; Comportamento de risco; Rotinas preventivas; Conclusão e avaliação final.
Rachetti explica que ser aprovado na avaliação final do módulo teórico é condição obrigatória para a participação na etapa prática do treinamento.
O tempo estimado para a conclusão dos oito módulos é de 75 a 90 minutos.
E-BTW PRÁTICO
De acordo com Rachetti, o objetivo da parte prática do treinamento inclui: analisar, em conjunto com o instrutor do CEPA, os resultados do módulo teórico; conhecer o veiculo e realizar o checklist de inspeção da unidade; avaliar o desempenho individual ao volante; praticar a direção segura e técnicas preventivas; revisão final e recomendações.
“Ao final do treinamento, os participantes serão capazes de identificar e corrigir hábitos e comportamentos incorretos ou de risco, identificar e antecipar fatores de risco presentes no trânsito, aperfeiçoar sua habilidade ao volante, evitar acidentes de trânsito e demonstrar conscientização sobre a necessidade de contribuir e praticar uma forma racional de condução, além de tolerância com os demais usuários do sistema de trânsito”, finaliza Rachetti.
Regra para manter a distância segura de seis a oito segundos
Marque um ponto fixo na estrada ou rodovia. Pode ser um poste, uma placa ou um viaduto.
Quando o veículo da frente passar por esse ponto, conte mil e um, mil e dois, mil e três, mil e quatro, mil e cinco, mil e seis, mil e sete e mil e oito.
Se, ao terminar a contagem, seu caminhão passar pelo mesmo ponto, você está a uma distância segura do veículo da frente.
Velocidade e atropelamento
A gravidade dos atropelamentos mantém direta relação com as características físicas e com a dinâmica dos corpos em conflito. O fato de o impacto aumentar em proporção muito maior do que a velocidade confere aos atropelamentos consequências particularmente severas em decorrência da vulnerabilidade de um corpo frente a um veículo.
O Departament for Transport Britânico* realizou um estudo que comprova a relação entre velocidade do veículo no impacto e gravidade das lesões:
Precauções ao transitar por estacionamentos
– Circular em velocidade reduzida e não se deixar distrair;
– Ligar e manter os faróis acesos, mesmo durante o dia. Desta maneira você estará mais visível para outros condutores e pedestres;
– Sinalizar suas intenções. Assim, os demais usuários poderão reagir antecipadamente às suas manobras;
– Lembre-se que é mais seguro entrar na vaga de ré ao chegar.
Medidas preventivas
– Dormir de 6 a 8 horas regularmente;
– Não dirigir por longos trechos sem estar devidamente descansado (a);
– Descansar de 10 a 15 minutos a cada duas horas ou 150 quilômetros percorridos;
– Manter uma alimentação balanceada;
– Não consumir bebidas alcoólicas ou drogas antes de dirigir;
– Facilitar a renovação de ar no interior do veículo;
– Não superestimar sua capacidade de resistir ao cansaço;
– Ao se sentir cansado ou sonolento, parar o veículo em um local seguro e descansar.









