Boas Notícias – Ed. 39 Dig.

04/07/2020

Medidas do BC liberam até R$ 255,5 bilhões em crédito
Os bancos ganharam um incentivo para destravar o crédito a micro, pequenas e médias empresas. O Banco Central (BC) facilitará o empréstimo para companhias com faturamento anual de até R$ 100 milhões. A medida integra um novo pacote de enfrentamento à crise provocada pelo coronavírus, que tem o potencial de liberar até R$ 255,5 bilhões em crédito para a economia.
Somente o destravamento do crédito de capital de giro pode injetar até R$ 127 bilhões. A medida vale para operações do tipo contratadas entre 29 de junho e 31 de dezembro. O BC aceitou melhorar a qualidade de ativos decorrentes de diferenças temporárias usadas para melhorar os requerimentos mínimos de capitais que devem ficar retidos desde que os bancos concedam empréstimos para micro, pequenas e médias empresas.
Entre os ativos classificados como “decorrentes de diferenças temporárias” estão provisões para passivos contingentes e marcação a mercado de títulos (oscilações dos preços de títulos no mercado). Atualmente, a manutenção desses ativos no valor de R$ 127 bilhões exige que os bancos deixem R$ 105 bilhões retidos como capital. Com a medida, se esses mesmos R$ 127 bilhões estiverem emprestados para empresas de menor porte, os bancos teriam de reter R$ 11 bilhões de capital.
Segundo o BC, os financiamentos de capital de giro para as micros, pequenas e médias empresas precisarão ter prazo mínimo de três anos e carência de seis meses (seis meses para pagar a primeira parcela). O risco de inadimplência deverá ser assumido exclusivamente pela instituição financeira.

CNI lança parceria com o SOSA para impulsionar inovação na indústria brasileira
A Confederação Nacional da Indústria – CNI e o SOSA, maior plataforma internacional de inovação aberta, firmaram parceria estratégica que colocará empresas e startups brasileiras em contato com o que há de mais avançado em termos de tecnologia no mundo.
O acordo possibilitará que indústrias e startups no Brasil tenham acesso a ecossistemas de tecnologia em Nova York e Tel Aviv, inaugurando um processo de engajamento e colaboração com as tecnologias 4.0 mais disruptivas em desenvolvimento fora do país. Com sede em Israel, um dos países mais inovadores do mundo, o SOSA mantém uma plataforma que levará para empresas brasileiras soluções e produtos desenvolvidos nos ecossistemas de inovação mais avançados do planeta. As startups nacionais também vão poder usar a plataforma e levar suas ideias para o mundo.

Plano Safra 20/21 terá maior subvenção do Prêmio do Seguro Rural da história
O Plano Safra 2020/2021 apresentado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) vai destinar 1,3 bilhão de reais para subvenção do Prêmio do Seguro Rural. Trata-se do maior valor já registrado desde a sua implantação e vai viabilizar a contratação de 298 mil apólices e cobertura de 21 milhões de hectares, em um total de R$ 52 bilhões de bens segurados.
De olho em rede ferroviária, grupo anuncia investimento de R$ 40 milhões
A perspectiva de Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso, vir a se tornar um eixo ferroviário fundamental para o escoamento da produção de grãos torna o município destino de investimentos de empresas que atuam no agronegócio. Com a chegada da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico), da Rumo, e da Ferrogrão, Lucas do Rio Verde se tornará o maior porto seco da América Latina e atrairá muitos outros investimentos.
Por todos estes fatores, a Bestway, do grupo Comfrio e que atua no segmento de logística e armazenagem de sementes, resolveu investir na construção de uma nova unidade na localidade.
Localizado à margem da MT-449, no Complexo Industrial Senador Attilio Fontana, próximo à BRF, o empreendimento, com investimento superior a R$ 40 milhões, deverá ser inaugurado no começo de outubro. O novo projeto não envolve apenas a refrigeração de sementes, mas será uma unidade de armazenamento de semente em ambiente refrigerado com uma TSI (Tratamento de Semente Industrial) e, provavelmente, em meados do próximo ano, deve começar o novo projeto para armazenagem de crop protection, ou seja, uma unidade para armazenamento de defensivos agrícolas.

Faturamento do e-commerce cresce 56,8%
Segundo estudo realizado pelo Movimento Compre&Confie, em parceria com a ABComm, o faturamento do e-commerce totalizou R$ 41,92 bilhões nos cinco primeiros meses de 2020. Isto representa uma alta de 56,8% em relação ao mesmo período do ano passado. No período, houve alta de 65,7% no número de pedidos, de 63,4 milhões para 105,06 milhões.
Indústria de Materiais de Construção mostra otimismo
A pesquisa Termômetro, divulgada pela Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção – Abramat, mostra que para 34% das empresas associadas o desempenho nas vendas em maio foi considerado bom ou muito bom. Já em junho essa mesma expectativa subiu para 44% das empresas, enquanto 43% vislumbram um período regular. Para o mês de julho, a expectativa de ter vendas com desempenho bom ou muito bom permanece em 44%. A pesquisa também indica que, apesar dos impactos da crise, a pretensão de investimentos no médio prazo subiu de 43%, em maio, para 52% em junho. O nível de utilização da capacidade instalada registrado foi de 64% em junho, contra 53% no mês anterior. Fonte: Gironews
Energia solar pode acelerar a recuperação econômica no pós-pandemia
O setor global de energias renováveis poderá alcançar a marca de 29,5 milhões de empregos no mundo até 2030, com políticas públicas de recuperação econômica e transição energética no pós-pandemia. Os dados são do novo estudo da Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA) intitulado “The post-covid recovery: an agenda for resilience, development and equality”, divulgado no final de junho. Para a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica – ABSOLAR, as fontes renováveis, em especial a solar fotovoltaica, têm demonstrado forte resiliência frente ao cenário atual e podem alavancar a retomada econômica nos países. O relatório da IRENA aponta que investimentos em energias renováveis nos programas de estímulo e recuperação econômica poderão contribuir com a geração de 29,5 milhões de empregos até 2030. Deste total, a fonte solar lideraria em novos postos de trabalho, representando cerca de 11,6 milhões de empregos, ou seja, mais de 39% do total. O estudo mostra, ainda, que o mundo poderá chegar a 100 milhões de novos trabalhadores no setor de energia até 2050, cerca de 40 milhões a mais do que hoje. Isso inclui até 42 milhões de empregos no segmento de renováveis, hoje com 11 milhões de empregos totais. Uma transição energética acelerada poderia adicionar 5,5 milhões de empregos a mais até 2023 do que o cenário de referência. Segundo levantamento da ABSOLAR, o setor solar fotovoltaico brasileiro já gerou mais de 165 mil empregos desde 2012, espalhados por todas as regiões do País. Com 5,7 gigawatts (GW) de potência operacional total, somando a geração centralizada e os sistemas de pequeno e médio portes (geração distribuída), o setor trouxe mais de R$ 30 bilhões em novos investimentos privados ao Brasil. Nos primeiros cinco meses de 2020, o setor criou mais de 37 mil empregos no País, mesmo com a queda da atividade econômica decorrente da pandemia da Covid-19. Somente em maio, foram gerados 7,2 mil postos de trabalho, trazendo R$ 1 bilhão em novos investimentos e uma arrecadação de mais de R$ 424,5 milhões aos cofres públicos.

CMN altera juros e prazos para cerealistas investirem em armazéns
O Conselho Monetário Nacional – CMN aprovou resolução para adequar a linha de crédito exclusiva para cerealistas investirem na construção ou ampliação de armazéns às novas condições de juros e prazos do Plano Safra 2020/21.
A linha para as empresas terá juros de 6% ao ano e 13 anos de prazo para reembolso, sendo três de carência. São R$ 200 milhões disponíveis via BNDES até 30 de junho de 2021. A alteração segue as condições do Programa de Construção e Ampliação de Armazéns (PCA) do Plano Safra que atende produtores rurais. (Fonte: Valor Econômico)

Porto de Santos bate recorde mensal de movimentação pela quarta vez consecutiva
A movimentação de cargas pelo Porto de Santos registrou recorde histórico para o mês de maio e para o total acumulado no período. Ao atingir 12,98 milhões de toneladas, maio superou em 13,9% a até então maior marca para esse mês, ocorrida em 2017, e em 18,1% o verificado no mesmo mês do ano passado. É a quarta vez consecutiva que o Porto de Santos bate o recorde mensal.
A significativa alta mensal elevou o acumulado no ano para 58,00 milhões de toneladas, ultrapassando em 8,2% o maior acumulado para o período, ocorrido em 2018, e em 11,5% o verificado em 2019, sempre na comparação janeiro-maio.
O movimento mensal foi fortemente impulsionado pelo aumento de 27,6% nos embarques, liderados pelo crescimento de 40,2% de exportações de soja em grãos e farelo (4,50 milhões de toneladas), carga de maior participação na movimentação total do complexo, e de 94,3% nos carregamentos de açúcar (2,25 milhões de toneladas), segunda maior carga escoada por Santos.
No total acumulado, o quadro é semelhante, com os embarques acusando alta de 13,7%, também impulsionados pelo complexo soja (18,86 milhões de toneladas), que cresceu 22,4%, seguido pelo açúcar (6,67 milhões de toneladas) com aumento de 35,1%.
Outro destaque nos embarques foi o crescimento de 209,6% de óleo combustível (246,5 mil toneladas) no mês, elevando em 70,6% o total no período (881,35 mil toneladas). Nos desembarques, ressalta-se o crescimento de 67,3% nas descargas de adubo (653,3 mil toneladas) no mês, incremento de 32,2% no acumulado dessa carga (2,14 milhões de toneladas).

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