Luís Felipe Machado – Vice-Coordenador da COMJOVEM SP – Comissão de Jovens Empresários e Executivos no SETCESP – Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região. Formado em Administração de Empresas pela Faculdade Ruy Barbosa, pós-graduado em Marketing pela Fundação Getúlio Vargas, atualmente cursa especialização em Gestão de Negócios na Fundação Dom Cabral. Com experiência de mais de 10 anos no setor de transportes, é diretor na Formato Transportes, empresa familiar com foco no Nordeste do país.
Muitos são os comentários em torno das transformações que a blockchain deverá causar na nossa vida tecnológica, além de ser um tema que vem emergindo, a cada dia, nos eventos sobre inovações e nos corredores das organizações.
Para nós, parcialmente leigos em linguagem de programação, a blockchain ainda é um termo a desvendar, principalmente, no propósito de buscar entender a sua lógica na prática. Quer algo mais assustador do que isso?
Sabemos que a complexidade sobre o tema nos limita a “pensarmos além”. Esse aprisionamento passa justamente por termos a necessidade de fazer conexões lógicas sobre tudo o que temos na mão, o não entendimento gera insegurança, que gera resistência, e isso se torna um problema para nos adaptar ao novo. Uma forma de amenizar este cenário é gerar a experimentação.
Experimentando é possível sentir na pele qual o impacto e resultado das novidades. Talvez ainda continuemos na dúvida sobre sua lógica, mas se entendermos o efeito já daremos um grande passo em busca do conhecimento.
É esse pilar que a COMJOVEM São Paulo e o SETCESP estão oferecendo aos associados e ao mercado do transporte rodoviário de cargas e logística. Criar uma experimentação de blockchain para gerar entendimento sobre o que fazer com a ferramenta. Se ela de fato será o futuro da internet e das relações digitais, por enquanto não dá para garantir, mas imagino que ninguém quer ficar para trás quando o assunto é inovação. Além disso, a iniciativa é uma tentativa concreta de criar um meio no qual dados relevantes para o nosso setor, e que geram ganhos para todos envolvidos sem afetar logicamente o know how de cada empresa e negócio, possam ser compartilhados, ou seja, um grande e antigo sonho do setor.
O primeiro objetivo em meio a esse projeto foi identificar um ponto chave e comum que nos envolve, de forma macro e nas subdivisões do complexo TRC. Assim chegamos a um dos maiores geradores de informações, conteúdo, foco, esforço do nosso setor: o motorista. A importância dele é tão significante que sua representatividade é vista de forma ímpar por todo o mercado consumidor e sabemos, também, o quão é imprescindível uma busca por melhoria contínua dessa mão de obra.
Levando em consideração esta premissa de alta relevância, partimos para a definição que responda à pergunta: como usar a blockchain para gerar resultados?
Percebemos que era possível criar valor nas nossas operações avaliando os motoristas em alguns critérios básicos como: pontualidade, cumprimento de jornada, utilização de equipamentos de segurança, cordialidade, dentre outros, compartilhando por meio de uma blockchain privada esses dados entre os participantes.
Com esses dois principais objetivos estamos montando a primeira blockchain do setor visando a experimentação.
Muito ainda é necessário para se alcançar uma efetividade do seu uso, mas demos o passo. E sem medo de errar.
Sempre haverá a dependência do comprometimento e envolvimento das nossas organizações, mas acredito que a tecnologia tende a facilitar progressivamente essas ações de compartilhamento. A blockchain deverá ser uma delas, prometendo maior segurança, inviolabilidade, transparência, controle, capilaridade e tantos outros benefícios.
Realmente tem todo potencial para nos convencer a abrirmos nossa caixinha e pensarmos fora dela, ou melhor, usarmos o que tem fora dela.
Mais informações estão disponíveis no site www.setcesp.org.br, ou pelo telefone 11 2632.1082, com Silmara Balhes.