Precursor na adoção do asfalto ecológico,
o Rio Grande do Sul vem aumentando a quilometragem do produto, constituído
por pneus velhos que, agora, não ameaçam mais o equilíbrio
da natureza.
Desde 2001, já foi aplicado em 263,2 quilômetros de
estradas. A iniciativa evita que o material seja descartado em rios
e áreas verdes.
“O destino dos pneus velhos é um problema mundial,
e a utilização dessa borracha como asfalto resolve
em parte a questão”, diz Luciano Pivoto Specht, doutor
em misturas asfálticas com borracha e professor da Universidade
Regional do Noroeste – Unijuí.
A primeira experiência foi feita há cinco anos, com
o consórcio Univias. Os resultados inspiram mais concessionárias
a testar o produto em rodovias gaúchas, sempre em parceria
com universidades. Embora seja cerca de 15% mais caro do que a pavimentação
tradicional (um quilômetro de asfalto ecológico custa
R$ 240 mil, enquanto o comum fica em torno de R$ 200 mil), a durabilidade
é 40% superior à do asfalto tradicional, justificando
o investimento também pela economia.
De acordo com Rui Klein, engenheiro da Ecosul, que administra o
pólo de Pelotas, o desempenho compensa na relação
custo-benefício.
Pelo processo de confecção, os pneus velhos são
picados, congelados e moídos em partículas, adicionadas
ao ligante asfáltico e misturadas ao asfalto convencional.
Em média, cada quilômetro utiliza mil pneus de carro
de passeio. (Fonte: Zero Hora/RS)









