As tendências do segmento na visão dos consultores

10/08/2002

Segundo Cruz, pressionados pelo mercado, os fabricantes procuram otimizar, também, sua Cadeia de Abastecimento, buscando uma maior produtividade e eficácia em seus processos de produção e uma otimização de seus estoques.

O cenário da cadeia de “Supply Chain”, antes composta por vários elos, apresenta uma forte tendência de alteração através da busca pela fidelização do cliente e a aproximação das pontas (fabricante e cliente final).

“O óbvio somente o é quando todos o enxergam. Os ‘novos’ cenários que descrevi causam impactos significativos nas operações mais básicas de um Centro de Distribuição: armazenagem e picking. Portanto, quando falamos de tendências em armazenagem, temos que ter em mente que as estratégias adotadas na cadeia de ‘Supply Chain’ afetam as operações de picking/armazenagem e, cada vez mais, as operações dentro de um CD precisam ser flexíveis”, afirma o gerente da Treptau.

Armazém do Futuro

  • É um dos recursos mais importantes na
    Gestão da Cadeia de Abastecimento.
  • É um prestador de serviços que objetiva assumir outras atividades que agregam valor ao serviço ao cliente (montagem de kits, embalagens, fracionamento de produtos).
  • Organização do armazém é a base para a organização operacional.
  • Questiona a real necessidade do produto em relação a sua utilidade, quantidade, condições de estocagem, etc.
  • Alto aproveitamento de todos os recursos disponíveis à atividade.
  • O sincronismo operacional é fundamental para eficiência dos recursos.
  • O nível de serviço é assegurado através de uma adequada gestão da Cadeia de Abastecimento
  • A acuracidade de estoques é assegurada através da eficiência dos procedimentos operacionais.
  • Os papéis são substituídos pela tecnologia de informação (integrando "hardware, software e humanware")
  • A acuracidade das informações evita os erros operacionais.
  • Informações chegam de forma antecipada de clientes e fornecedores, permitindo um adequado planejamento operacional.
  • Possui informações arquivadas em banco de dados que suporta o Gerenciamento de
    Estoques e Operacional.
  • Sistema de Informações
    toma a maior parte das decisões, com base em informações mais adequadas.
  • Eliminação dos fluxos de informações que propiciam erros através da transferência automatizada de dados.
  • Sistemas e equipamentos operacionais adequados à realidade e às necessidades do negócio.
  • Adequado balanceamento entre o sistema de localização fixa e dinâmica conforme necessidade.
  • A correta localização dos itens permite um menor número de manuseios e movimentos operacionais.
  • Flexibiliza a condição de estocagem de acordo com as características específicas de cada item (SKU) sem perder a padronização.

Para ele, talvez flexibilidade seja a palavra chave dos novos tempos da logística e a maior tendência atual. No caso da armazenagem, significa adotar técnicas e sistemas que permitam uma mudança de estratégia, como, por exemplo, alterar o processo de picking por cliente com “apanha” no primeiro nível dos porta-paletes para um picking em duas etapas (abastecimento de uma zona de picking com as retiradas consolidadas de um grupo de clientes e picking final por cliente nessa zona).

Flexibilidade pode não custar caro, porém exige criatividade e trabalho em equipe. “Suponha que o exemplo que citei é a sua empresa, onde você verificou que a alteração da estratégia de ‘picking’ dá um ganho significativo de produtividade. Ainda suponha que você se depara com dois fatos relevantes: seu CD está totalmente ocupado por porta-paletes de simples profundidade, sem área livre para a criação de uma segunda etapa de picking, e seu atual “software” não contempla o picking em duas etapas. Como você resolveria a situação?”, pergunta Cruz.

E ele cita que uma das várias soluções possíveis seria criar a zona da segunda etapa em um ou mais corredores do armazém, no primeiro nível dos porta-paletes; consolidar os pedidos que formarão a primeira onda através de uma planilha eletrônica e, através do “software”, fazer uma transferência de endereço de armazenagem para os endereços da segunda zona; reconfigurar os endereços de picking no “software”, de forma que a retirada se dê somente na segunda zona de picking; transferir os pedidos por interface ao “software” e executar o processo “standard” do “software” para o picking.

O gerente conclui afirmando que, diz o ditado popular, “em períodos de crise, alguns choram e outros começam a vender lenços também”. Para ele, “flexibilidade tem um preço alto. Exige pouco dinheiro, muita criatividade, disposição e trabalho em equipe, mas, com certeza, é uma tendência e uma das chaves para a obtenção de excelentes resultados nos seus negócios”.

Três enfoques

José Geraldo Vantine, diretor da Vantine Consultoria, coloca que, dentro da atual importância da logística no mundo dos negócios, o tem a “Tendências em Armazenagem” pode ser colocado sob três enfoques.

O primeiro seria o estratégico. Segundo Vantine, o armazenagem é o principal elemento da política de serviços aos clientes, considerando-se principalmente o tempo e o “zero erro” no atendimento dos pedidos. As técnicas de gerenciamento estão ligadas com algumas práticas como: OTIF: On Time in Full/No error e ATP: Avaiable to promisse.

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