Segundo Cruz, pressionados pelo mercado, os fabricantes procuram otimizar, também, sua Cadeia de Abastecimento, buscando uma maior produtividade e eficácia em seus processos de produção e uma otimização de seus estoques.
O cenário da cadeia de “Supply Chain”, antes composta por vários elos, apresenta uma forte tendência de alteração através da busca pela fidelização do cliente e a aproximação das pontas (fabricante e cliente final).
“O óbvio somente o é quando todos o enxergam. Os ‘novos’ cenários que descrevi causam impactos significativos nas operações mais básicas de um Centro de Distribuição: armazenagem e picking. Portanto, quando falamos de tendências em armazenagem, temos que ter em mente que as estratégias adotadas na cadeia de ‘Supply Chain’ afetam as operações de picking/armazenagem e, cada vez mais, as operações dentro de um CD precisam ser flexíveis”, afirma o gerente da Treptau.
Armazém do Futuro
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Para ele, talvez flexibilidade seja a palavra chave dos novos tempos da logística e a maior tendência atual. No caso da armazenagem, significa adotar técnicas e sistemas que permitam uma mudança de estratégia, como, por exemplo, alterar o processo de picking por cliente com “apanha” no primeiro nível dos porta-paletes para um picking em duas etapas (abastecimento de uma zona de picking com as retiradas consolidadas de um grupo de clientes e picking final por cliente nessa zona).
Flexibilidade pode não custar caro, porém exige criatividade e trabalho em equipe. “Suponha que o exemplo que citei é a sua empresa, onde você verificou que a alteração da estratégia de ‘picking’ dá um ganho significativo de produtividade. Ainda suponha que você se depara com dois fatos relevantes: seu CD está totalmente ocupado por porta-paletes de simples profundidade, sem área livre para a criação de uma segunda etapa de picking, e seu atual “software” não contempla o picking em duas etapas. Como você resolveria a situação?”, pergunta Cruz.
E ele cita que uma das várias soluções possíveis seria criar a zona da segunda etapa em um ou mais corredores do armazém, no primeiro nível dos porta-paletes; consolidar os pedidos que formarão a primeira onda através de uma planilha eletrônica e, através do “software”, fazer uma transferência de endereço de armazenagem para os endereços da segunda zona; reconfigurar os endereços de picking no “software”, de forma que a retirada se dê somente na segunda zona de picking; transferir os pedidos por interface ao “software” e executar o processo “standard” do “software” para o picking.
O gerente conclui afirmando que, diz o ditado popular, “em períodos de crise, alguns choram e outros começam a vender lenços também”. Para ele, “flexibilidade tem um preço alto. Exige pouco dinheiro, muita criatividade, disposição e trabalho em equipe, mas, com certeza, é uma tendência e uma das chaves para a obtenção de excelentes resultados nos seus negócios”.
Três enfoques
José Geraldo Vantine, diretor da Vantine Consultoria, coloca que, dentro da atual importância da logística no mundo dos negócios, o tem a “Tendências em Armazenagem” pode ser colocado sob três enfoques.
O primeiro seria o estratégico. Segundo Vantine, o armazenagem é o principal elemento da política de serviços aos clientes, considerando-se principalmente o tempo e o “zero erro” no atendimento dos pedidos. As técnicas de gerenciamento estão ligadas com algumas práticas como: OTIF: On Time in Full/No error e ATP: Avaiable to promisse.